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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - Biblioteca Digital ...

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evolução das práticas e costumes, reivindicaram para si uma participação mais atuante<br />

na sociedade. As conquistas femininas nesse primeiro momento foram fundamentais<br />

para a ampliação dos horizontes femininos. A partir do momento em que as mulheres<br />

conquistam o direito à instrução em todos os níveis, de exercer diversas profissões até<br />

então vedadas e o direito à participação política pelo voto, por exemplo, elas<br />

aumentaram sua atuação na esfera pública ganhando maior visibilidade perante a<br />

opinião pública.<br />

Esta primeira onda feminista no Brasil não rompeu com as<br />

representações e práticas que legitimavam a divisão social entre os gêneros, uma vez<br />

que não questionou as conseqüências de se impor à mulher a responsabilidade total<br />

pelas atribuições domésticas e maternais. A maior participação na esfera pública não<br />

provocou numa reformulação no domínio das obrigações familiares. Grande parte das<br />

mulheres continuou a ter sua vida limitada ao espaço doméstico, longe das instituições<br />

escolares e das bancadas políticas. O ambiente doméstico continuou como o mais<br />

conveniente à mulher o que gerou segundo SOIHET, “uma mulher dividida, culpada,<br />

quando obrigada a trabalhar fora do lar, considerando sua atividade profissional como<br />

algo secundário em relação à atividade principal de esposa e mãe, dando lugar à<br />

discriminação salarial, profissional e sindical 224 ”. Somente a partir da década de 1960 é<br />

que estas questões seriam retomadas e uma nova onda feminista invadiria o país,<br />

reivindicando o fim desses paradigmas sobre a inferioridade feminina.<br />

224 SOIHET, Rachel.VIOLÊNCIA SIMBÓLICA: Saberes masculinos e representações femininas. In:<br />

Revista Estudos Feministas. Vol 5 n. 1/97: IFCS/UFRJ, 1997.p.26<br />

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