UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - Biblioteca Digital ...
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eduzido pôde freqüentá-las e seguir carreiras de prestígio, pois, além de superar a<br />
desaprovação social, era necessário, segundo a legislação vigente, passar pelo ensino<br />
secundário para se ter acesso ao ensino superior. Escolas secundárias femininas,<br />
somente particulares, em geral, caras e de qualidade duvidosa. No colégio Dom Pedro<br />
II no Rio de Janeiro, que era a melhor escola secundária pública do Brasil, as mulheres<br />
chegaram a ser admitidas num curto período em meados da década de 1880, mas em<br />
seguida as portas do renomado colégio se fecharam para elas. Apenas no século XX -<br />
várias décadas após o acesso das mulheres ao ensino superior ser conquistado - foi<br />
permitida a co-educação no colégio Dom Pedro II, o que nos revela o desinteresse que<br />
as elites brasileiras tinham pelo aperfeiçoamento da educação feminina 62 .<br />
1.1 O SEXO FEMININO: <strong>DE</strong>FESA ABERTA DA INSTRUÇÃO FEMININA PARA A<br />
EMANCIPAÇÃO DA MULHER<br />
1.1.1 A imprensa no Brasil<br />
A imprensa surge tardiamente no Brasil. A Coroa portuguesa sempre<br />
criou obstáculos para o seu desenvolvimento com o objetivo de impedir que as críticas<br />
ao governo português se propagassem. Os livros eram vistos com desconfiança no<br />
Brasil. <strong>Biblioteca</strong>s só existiam em mosteiros e colégios. Só em fins do século XVII,<br />
começaram a aparecer bibliotecas particulares; a maior parte era composta por poucos<br />
livros e em sua maioria de origem religiosa. Os livros chegavam ao Brasil de forma<br />
clandestina - salvos os permitidos pela censura. Muitas vezes obras consideradas<br />
62 HAHNER, op. cit.<br />
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