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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - Biblioteca Digital ...

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XX, as atenções se voltam para o movimento sufragista. As mulheres consideravam<br />

agora que, sem participação política de fato, elas não seriam emancipadas.<br />

Em Minas Gerais temos exemplos das duas categorias de jornais<br />

femininos. O jornal A PÉROLA da cidade de Oliveira é um exemplo do primeiro caso.<br />

Publicado no final do século XIX, trazia em suas páginas artigos que valorizavam a<br />

mulher dentro do espaço doméstico, junto da família. Exaltava as qualidades femininas<br />

sempre relacionadas com a beleza, delicadeza e meiguice esperada das<br />

representantes do chamado sexo frágil.<br />

Nas últimas décadas do século XIX, surgiram novos jornais fundados<br />

por mulheres em cidades com maior desenvolvimento nas quais elas tinham mais<br />

oportunidades para se instruírem. Apesar de muitas estarem agora publicando jornais<br />

feministas, elas estavam de certa forma isoladas. Não havia até então um movimento<br />

coeso entre elas. Havia jornais feministas em várias regiões do Brasil, mas poucos se<br />

articulavam entre si 81 . Os jornais feministas publicavam também artigos informativos e<br />

de entretenimento. Como na imprensa brasileira de forma geral, publicavam contos e<br />

romances literários. Era nestes jornais também que muitas escritoras tinham espaço<br />

para mostrar suas produções literárias seja em forma de poesias, contos, ensaio, etc.<br />

Em Minas Gerais, o maior exemplo deste grupo no período era<br />

Francisca Senhorinha da Motta Diniz que, juntamente de suas filhas, funda, em 1873 na<br />

cidade de Campanha, o jornal O Sexo Feminino. Este periódico feminista defendia a<br />

emancipação feminina principalmente através da educação e contestava os papéis<br />

legados a mulher pela sociedade. Outro periódico que seguia a mesma linha era o<br />

81 HAHNER, op. cit.<br />

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