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Março de 2011 - Vol 18 numero 1 - Sociedade Portuguesa de ...

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14 Sumário das recomendações<br />

Suporte Avançado <strong>de</strong> Vida no Adulto<br />

As alterações mais importantes nas recomendações ERC 2010<br />

6, 15<br />

para o Suporte Avançado <strong>de</strong> Vida (SAV) incluem:<br />

• Acentua-se a importância das compressões torácicas <strong>de</strong><br />

elevada qualida<strong>de</strong>, com o mínimo <strong>de</strong> interrupções durante<br />

qualquer das intervenções <strong>de</strong> SAV: as compressões só <strong>de</strong>vem<br />

ser interrompidas, para permitir intervenções específicas<br />

e pelo mínimo tempo possível<br />

• Incentiva-se o uso <strong>de</strong> “sistemas <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção e alerta <strong>de</strong> doentes<br />

em <strong>de</strong>terioração” nos hospitais, para permitir o tratamento<br />

atempado e que previna a PCR<br />

• Aumenta-se a atenção aos sinais <strong>de</strong> alarme associados a<br />

risco potencial <strong>de</strong> morte súbita pré-hospitalar<br />

• Retira-se a recomendação para fazer um período pré <strong>de</strong>finido<br />

<strong>de</strong> SBV, antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfibrilhar, nas PCR em ambiente<br />

pré-hospitalar e não testemunhadas pelos operacionais do<br />

SEM<br />

• Recomenda-se a manutenção das compressões torácicas<br />

enquanto se carrega o <strong>de</strong>sfibrilhador – para minimizar o<br />

tempo <strong>de</strong> pausa pré-choque<br />

• Desvaloriza-se o papel do murro précordial<br />

• Defen<strong>de</strong>-se a aplicação <strong>de</strong> três choques seguidos em caso<br />

<strong>de</strong> fibrilhação ventricular (FV) / taquicardia ventricular sem<br />

pulso (TVsP) que ocorre durante a cateterização cardíaca<br />

ou no pós-operatório imediato <strong>de</strong> cirurgia cardíaca<br />

• Não se recomenda a administração <strong>de</strong> fármacos por via traqueal<br />

– se não se consegue acesso ev os fármacos <strong>de</strong>vem<br />

ser administrados por via IO (intra-óssea)<br />

• No tratamento das FV/TVsP <strong>de</strong>ve-se administrar 1mg <strong>de</strong><br />

adrenalina <strong>de</strong>pois do 3º choque, logo que as compressões<br />

torácicas tenham sido retomadas e repeti-la a intervalos <strong>de</strong><br />

3-5 min (ciclos alternados). A amiodarona, 300mg ev, também<br />

se administra <strong>de</strong>pois do 3º choque<br />

• Já não se recomenda o uso, por rotina, <strong>de</strong> atropina na assistolia<br />

ou activida<strong>de</strong> eléctrica sem pulso (EAsP)<br />

• Reduz-se a ênfase na entubação traqueal a menos que possa<br />

ser efectuada por operacional altamente qualificado e com o<br />

mínimo <strong>de</strong> interrupção das compressões torácicas<br />

• Aumenta-se a ênfase na utilização <strong>de</strong> capnografia para<br />

confirmar a posição do tubo traqueal, avaliar a qualida<strong>de</strong><br />

do SBV e como indicador precoce do retorno da circulação<br />

espontânea (RCE)<br />

• Reconhece-se a potencial utilida<strong>de</strong> da ecografia durante o<br />

SAV.<br />

Reconhece-se que a hiperóxia <strong>de</strong>pois do RCE po<strong>de</strong> ser prejudicial:<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> estabelecido o RCE a saturação da hemoglobina<br />

no sangue periférico (SaO 2<br />

) po<strong>de</strong> ser a<strong>de</strong>quadamente monitorizada<br />

por oximetria <strong>de</strong> pulso ou gasometria do sangue arterial,<br />

ajustando a fracção <strong>de</strong> O 2<br />

no ar inspirado para ter a SaO 2<br />

entre<br />

94 - 98%.<br />

• Dá-se muito maior ênfase ao tratamento da síndrome pós-<br />

-paragem cardíaca.<br />

• Reconhece-se que a implementação <strong>de</strong> um protocolo <strong>de</strong><br />

tratamento pormenorizado e estruturado po<strong>de</strong> aumentar a<br />

sobrevida das vítimas <strong>de</strong> paragem cardíaca <strong>de</strong>pois do RCE.<br />

• Aumenta-se a ênfase na utilização <strong>de</strong> intervenção coronária<br />

percutânea primária em doentes com indicação (incluindo<br />

os que estão em coma) com RCE estabilizado <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

paragem cardíaca.<br />

• Revêem-se as recomendações para controlo da glicemia:<br />

no adulto com RCE estável <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> PCR e recomenda-se<br />

o tratamento da glicemia>10 mmol L -1 (><strong>18</strong>0 mg dl -1 ) evitando<br />

hipoglicemias<br />

• Utilização <strong>de</strong> hipotermia terapêutica em sobreviventes <strong>de</strong> PCR<br />

<strong>de</strong> ritmos iniciais não <strong>de</strong>sfibrilháveis ou <strong>de</strong>sfibrilháveis, em<br />

coma. Reconhece-se o baixo nível <strong>de</strong> evidência disponível,<br />

quando estão em causa ritmos não <strong>de</strong>sfibrilháveis.<br />

• Reconhece-se que muitos dos indicadores <strong>de</strong> mau prognóstico<br />

nos sobreviventes <strong>de</strong> paragem cardíaca em coma não<br />

são fiáveis, em particular nos doentes tratados com hipotermia<br />

terapêutica.<br />

Abordagem inicial das síndromes<br />

coronárias agudas<br />

As alterações das recomendações <strong>de</strong> 2005, na abordagem das<br />

7, 16<br />

síndromes coronárias agudas incluem:<br />

• Introduziu-se a <strong>de</strong>signação síndrome coronária aguda - enfarte<br />

do miocárdio sem supra-<strong>de</strong>snivelamento do ST (SCA<br />

- EM sem SST) para incluir EM sem SST e a angina instável<br />

porque o diagnóstico diferencial <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> biomarcadores<br />

que po<strong>de</strong>m só ser <strong>de</strong>tectados horas mais tar<strong>de</strong>, enquanto<br />

a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da apresentação e das<br />

manifestações clínicas.<br />

• Anamnese, exame clínico, biomarcadores, critérios ECG e<br />

índices <strong>de</strong> risco não são confiáveis para i<strong>de</strong>ntificar doentes<br />

que po<strong>de</strong>m ter alta precoce em segurança.<br />

• O papel das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dor torácica (UdT) é i<strong>de</strong>ntificar doentes<br />

com indicação para tratamentos invasivos, repetindo<br />

o exame clínico, ECG e biomarcadores. Po<strong>de</strong>m-se incluir<br />

testes <strong>de</strong> provocação, em doentes seleccionados, incluindo<br />

exames <strong>de</strong> imagem como a tomografia cardíaca computorizada,<br />

ressonância magnética, etc<br />

• Devem-se evitar anti-inflamatórios não esterói<strong>de</strong>s (AINES).<br />

• Os nitratos não <strong>de</strong>vem ser utilizados para diagnóstico.<br />

• Só se <strong>de</strong>ve administrar oxigénio suplementar aos doentes<br />

com hipoxémia, dispneia ou congestão pulmonar. A hiperóxia<br />

po<strong>de</strong> ser prejudicial no enfarte não complicado.<br />

• As recomendações para utilização <strong>de</strong> ácido acetil salicílico<br />

(AAS) foram mais liberalizadas; o AAS <strong>de</strong>ve ser administra-

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