Março de 2011 - Vol 18 numero 1 - Sociedade Portuguesa de ...
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Suporte <strong>de</strong> vida neo-natal 9<br />
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ragem cardíaca sem resposta a outras medidas, apenas <strong>de</strong>ve<br />
ser administrado após a RCP garantir ventilação e circulação<br />
a<strong>de</strong>quadas. Nessas circunstâncias, uma dose <strong>de</strong> 1 a 2 mmol<br />
kg -1 po<strong>de</strong> ser administrada, por injecção intra-venosa lenta.<br />
Fluidos<br />
Perante uma suspeita <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> sangue ou se o recém-nascido<br />
parece estar em choque (pálido, com má perfusão e pulsos<br />
fracos) e se não respon<strong>de</strong>u a outras medidas <strong>de</strong> reanimação,<br />
<strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada a administração <strong>de</strong> fluidos 588 . Esta é uma<br />
situação rara. Na ausência <strong>de</strong> sangue a<strong>de</strong>quado (i.e., sangue<br />
O Rh-negativo irradiado e <strong>de</strong>sleucocitado) <strong>de</strong>ve ser preferido<br />
um cristalói<strong>de</strong> isotónico, e não albumina, para restabelecer o<br />
volume intra-vascular. Administrar inicialmente um bólus <strong>de</strong> 10<br />
ml kg -1 que, se for eficaz, po<strong>de</strong> ser repetido para manter a estabilida<strong>de</strong><br />
hemodinâmica.<br />
Suspensão da reanimação<br />
As indicações para suspensão <strong>de</strong> reanimação <strong>de</strong>vem ser emitidas<br />
por entida<strong>de</strong>s locais ou nacionais. Quando a frequência cardíaca<br />
<strong>de</strong> um recém-nascido não é <strong>de</strong>tectável e se mantém in<strong>de</strong>tectável<br />
após 10 minutos, é a<strong>de</strong>quado pon<strong>de</strong>rar a suspensão da<br />
reanimação. Nos casos em que a frequência cardíaca ao nascer<br />
é inferior a 60 min -1 e não melhora após 10 ou 15 minutos <strong>de</strong> medidas<br />
<strong>de</strong> reanimação contínuas e aparentemente correctas, essa<br />
<strong>de</strong>cisão é muito menos clara. Nesta situação não existe evidência<br />
suficiente acerca do prognóstico que permita uma orientação segura<br />
em relação a manter ou suspen<strong>de</strong>r a reanimação.<br />
Comunicação com os pais<br />
A equipa que cuida <strong>de</strong> um recém-nascido <strong>de</strong>ve manter os pais<br />
informados acerca da evolução do bebé. Ao nascer, <strong>de</strong>vem ser<br />
prestados os cuidados <strong>de</strong> rotina segundo as orientações locais<br />
e, se possível, colocar o bebé junto da mãe logo que possível.<br />
Se for necessária reanimação, os pais <strong>de</strong>vem ser informados<br />
dos procedimentos e do motivo porque foram necessários.<br />
Todas as discussões e <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>vem ser registadas no processo<br />
da mãe antes do parto e nos registos do recém-nascido<br />
<strong>de</strong>pois do nascimento.