Março de 2011 - Vol 18 numero 1 - Sociedade Portuguesa de ...
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28 Suporte Avançado <strong>de</strong><br />
Vida do Adulto 6<br />
Fig. 1.5. Algoritmo da abordagem inicial da paragem cardíaca intra-hospitalar. © 2010 ERC.<br />
2. O doente em estado crítico necessita <strong>de</strong> observações regulares:<br />
cada doente <strong>de</strong>ve ter um plano <strong>de</strong> monitorização dos<br />
sinais vitais que inclua variáveis a monitorizar e respectiva<br />
periodicida<strong>de</strong>, em função do estado do doente e do risco<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração ou até PCR. A literatura mais recente sugere<br />
a monitorização <strong>de</strong> variáveis facilmente acedíveis em<br />
qualquer ambiente hospitalar incluindo pulso, pressão arterial<br />
sistémica, frequência respiratória, nível da consciência,<br />
192, 207<br />
temperatura corporal e oximetria <strong>de</strong> pulso.<br />
3. Utilizar sistemas <strong>de</strong> reconhecimento / alerta (quer chamando<br />
por ajuda, quer utilizando critérios <strong>de</strong> reconhecimento<br />
precoce) para i<strong>de</strong>ntificar doentes em risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração<br />
clínica ou até PCR.<br />
4. Utilizar tabelas que permitam o registo e observação fácil e<br />
regular dos sinais vitais e dos critérios <strong>de</strong> reconhecimento<br />
precoce<br />
5. Definir políticas claras e explícitas a exigir resposta clínica<br />
à <strong>de</strong>terioração fisiológica baseada no sistema <strong>de</strong> reconhecimento/alerta<br />
utilizado. Devem-se estabelecer recomendações<br />
relativas aos procedimentos clínicos subsequentes e às<br />
responsabilida<strong>de</strong>s médicas e <strong>de</strong> enfermagem específicas.<br />
6. O hospital <strong>de</strong>ve ter um sistema <strong>de</strong> resposta à emergência<br />
claramente i<strong>de</strong>ntificado. São admissíveis diferentes mo<strong>de</strong>los,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que respondam em tempo oportuno e com eficácia<br />
aos apelos do sistema <strong>de</strong> reconhecimento/alerta da<br />
instituição. Tem <strong>de</strong> estar disponível 24h/dia. A equipa <strong>de</strong>ve<br />
ser composta por operacionais com formação em cuidados<br />
com o doente em estado crítico.<br />
7. Treinar todo o pessoal clínico em reconhecimento, monitorização<br />
e abordagem do doente em estado crítico. Incluir<br />
recomendações sobre procedimentos clínicos enquanto<br />
se aguarda a chegada <strong>de</strong> pessoal com mais experiência.<br />
Garantir que cada um sabe o papel que lhe cabe na equipa<br />
<strong>de</strong> emergência.<br />
8. Os hospitais <strong>de</strong>vem incentivar todos os profissionais a pedir<br />
ajuda sempre que reconheçam um doente em risco <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>terioração ou até <strong>de</strong> PCR. Devem ser treinados em comunicação<br />
estruturada (SEAR: Situação – Enquadramento<br />
– Avaliação – Recomendações) 208 , com a intenção <strong>de</strong><br />
assegurar articulação eficaz entre médicos, enfermeiros e<br />
os outros profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
9. I<strong>de</strong>ntificar os doentes em quem a morte é esperada e por isso<br />
não há indicação para reanimar em caso <strong>de</strong> PCR bem como<br />
os doentes que não <strong>de</strong>sejam ser reanimados. Os hospitais<br />
<strong>de</strong>vem ter uma política <strong>de</strong> DNR clara, articulada com as recomendações<br />
nacionais e compreendida por todos os clínicos.<br />
10. Auditar a<strong>de</strong>quadamente todas as PCR, “falsas paragens” mortes<br />
inesperadas e internamentos na UCI não antecipados pelos