Março de 2011 - Vol 18 numero 1 - Sociedade Portuguesa de ...
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Suporte <strong>de</strong> vida pediátrico 8<br />
49<br />
1. Sumário das Recomendações<br />
2. Suporte Básico <strong>de</strong> Vida do Adulto e utilização <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sfibrilhadores automáticos externos 4<br />
3. Electroterapias: <strong>de</strong>sfibrilhadores automáticos externos<br />
, <strong>de</strong>sfibrilhação, cardioversão e pacing 5<br />
4. Suporte Avançado <strong>de</strong> Vida do Adulto 6<br />
5. Abordagem inicial das síndromes coronárias 7<br />
6. Suporte <strong>de</strong> vida pediátrico 8<br />
7. Suporte <strong>de</strong> Vida neo-natal 9<br />
8. Paragem cardíaca em situações especiais: alterações<br />
electrolíticas, envenenamentos, afogamento,<br />
hipotermia aci<strong>de</strong>ntal, hipertermia, asma,<br />
anafilaxia, cirurgia cardíaca, trauma, gravi<strong>de</strong>z,<br />
electrocussão 10<br />
9. Princípios da formação em reanimação 11<br />
10. A ética da reanimação e as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-<br />
-vida 12<br />
Suporte <strong>de</strong> vida pediátrico<br />
Suporte básico <strong>de</strong> vida pediátrico<br />
Sequência <strong>de</strong> acções<br />
Os reanimadores treinados em SBV <strong>de</strong> adulto e que não têm conhecimentos<br />
específicos <strong>de</strong> reanimação pediátrica po<strong>de</strong>m usar<br />
a sequência utilizada no adulto, visto que o resultado será pior<br />
se não fizerem nada. Aos profissionais não diferenciados que<br />
querem apren<strong>de</strong>r reanimação pediátrica por terem responsabilida<strong>de</strong>s<br />
com crianças (p. ex. professores, enfermeiras escolares,<br />
nadadores-salvadores), <strong>de</strong>ve ser ensinado que é preferível<br />
modificar o SBV <strong>de</strong> adulto e efectuar cinco insuflações iniciais,<br />
seguidas <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> um minuto <strong>de</strong> RCP, antes <strong>de</strong> procurar<br />
ajuda (ver orientações para SBV <strong>de</strong> adulto).<br />
A sequência seguinte <strong>de</strong>ve ser usada pelos reanimadores com<br />
<strong>de</strong>ver <strong>de</strong> resposta a emergências pediátricas (habitualmente<br />
profissionais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>) (Figura 1.11).<br />
1. Garantir a segurança do reanimador e da criança<br />
2. Verificar a resposta da criança<br />
• Estimular suavemente a criança e perguntar e voz alta: Estás<br />
bem?<br />
3A. Se a criança reage, respon<strong>de</strong>ndo ou movendo-se:<br />
• Deixar a criança na posição em que foi encontrada (<strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que não esteja em perigo).<br />
• Verificar o estado da criança e pedir ajuda se necessário.<br />
• Reavaliar a criança regularmente.<br />
3B. Se a criança não respon<strong>de</strong>:<br />
• Gritar por ajuda.<br />
Fig. 1.11. Algoritmo do suporte básico <strong>de</strong> vida pediátrico para<br />
pessoas com <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> resposta.<br />
• Cuidadosamente, <strong>de</strong>itar a criança <strong>de</strong> costas.<br />
• Abrir a via aérea com extensão da cabeça e elevação do<br />
queixo.<br />
• Colocar a mão na testa da criança e esten<strong>de</strong>r cuidadosamente<br />
a cabeça para trás.<br />
• Ao mesmo tempo, elevar o queixo com as pontas dos <strong>de</strong>dos.<br />
Não pressionar os tecidos moles <strong>de</strong>baixo da mandíbula para<br />
não obstruir a via aérea.<br />
• Se mesmo assim for difícil abrir a via aérea, tentar a subluxação<br />
da mandíbula: colocar o 2º e 3º <strong>de</strong>dos <strong>de</strong> cada mão<br />
atrás <strong>de</strong> cada lado da mandíbula e empurrá-la para a frente.<br />
4. Mantendo a via aérea aberta, ver, ouvir e sentir se há respiração<br />
normal, aproximando a face do reanimador da<br />
face da criança, e olhando ao longo do tórax:<br />
• Ver se há movimentos torácicos<br />
• Ouvir se há sons respiratórios junto ao nariz e boca da<br />
criança<br />
• Sentir se há movimento <strong>de</strong> ar na face do reanimador.<br />
Nos primeiros minutos após uma paragem cardíaca, uma criança<br />
po<strong>de</strong> ter alguns ciclos respiratórios tipo agónico (“gasps”),<br />
lentos e ocasionais. Deve-se ver, ouvir e sentir no máximo 10<br />
segundos até <strong>de</strong>cidir – se houver dúvida <strong>de</strong> que a respiração é<br />
normal, actuar como se não fosse normal:<br />
5A. Se a criança respira normalmente:<br />
• Deitar a criança na posição lateral <strong>de</strong> segurança (ver adiante)<br />
• Mandar chamar ou procurar ajuda – ligar para o número <strong>de</strong><br />
emergência local.<br />
• Verificar se a criança continua a respirar.