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Março de 2011 - Vol 18 numero 1 - Sociedade Portuguesa de ...

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50 Suporte <strong>de</strong> vida pediátrico 8<br />

5B. Se a respiração for anormal ou ausente:<br />

• Remover cuidadosamente qualquer obstrução evi<strong>de</strong>nte da<br />

via aérea<br />

• Efectuar cinco insuflações iniciais<br />

• Durante estas insuflações procurar qualquer resposta, como tosse<br />

ou engasgamento. A presença ou ausência <strong>de</strong>sta resposta faz<br />

parte da avaliação <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> vida, que será <strong>de</strong>scrita adiante.<br />

Insuflações iniciais na criança com mais <strong>de</strong> 1 ano:<br />

• Manter extensão da cabeça e elevação do queixo.<br />

• Manter o nariz fechado, pinçando-o com o polegar e indicador<br />

da mão que está na testa.<br />

• Permitir abertura da boca mantendo elevação do queixo.<br />

• Inspirar e colocar os lábios à volta da boca da criança, garantindo<br />

uma boa selagem.<br />

• Insuflar lentamente durante 1–1.5 seg e verificar elevação<br />

do tórax.<br />

• Mantendo extensão da cabeça e elevação do queixo, afastar<br />

a boca da criança e observar o tórax a <strong>de</strong>scer durante a<br />

exalação.<br />

• Inspirar <strong>de</strong> novo e repetir a sequência cinco vezes. Avaliar<br />

a eficácia vendo os movimentos torácicos semelhantes aos<br />

que se veriam em respiração normal.<br />

Insuflações iniciais no lactente:<br />

• Manter posição neutra da cabeça e elevação do queixo.<br />

• Inspirar e cobrir a boca e nariz do lactente com a boca, garantindo<br />

uma boa selagem. Se não se conseguir cobrir o nariz<br />

e a boca, num lactente maior, o reanimador po<strong>de</strong> tentar<br />

selar só o nariz ou a boca do lactente com a sua boca (se<br />

usar o nariz, manter lábios fechados para evitar fuga).<br />

• Insuflar lentamente durante 1–1.5 seg e verificar elevação<br />

do tórax.<br />

• Mantendo posição neutra da cabeça e elevação do queixo,<br />

afastar a boca da do lactente e observar o tórax a <strong>de</strong>scer<br />

durante a exalação.<br />

• Inspirar <strong>de</strong> novo e repetir a sequência cinco vezes. Avaliar<br />

a eficácia vendo os movimentos torácicos semelhantes aos<br />

que se veriam em respiração normal.<br />

Quer em crianças quer em lactentes, se for difícil conseguir uma<br />

insuflação eficaz, a via aérea po<strong>de</strong> estar obstruída:<br />

• Abrir a boca da criança e remover qualquer obstrução visível.<br />

Não fazer limpeza às cegas com o <strong>de</strong>do.<br />

• Garantir que a extensão da cabeça e elevação do queixo<br />

são a<strong>de</strong>quadas, mas evitando hiperextensão do pescoço.<br />

• Se a extensão da cabeça e elevação do queixo não abrirem<br />

a via aérea, tentar subluxação da mandíbula.<br />

• Fazer cinco tentativas <strong>de</strong> insuflação eficazes. Se continuar<br />

sem se conseguir, avançar para compressões torácicas.<br />

6. Avaliar a circulação da criança<br />

Não <strong>de</strong>morar mais <strong>de</strong> 10 seg a:<br />

• Procurar sinais <strong>de</strong> vida — incluem qualquer movimento, tosse<br />

ou respiração normal (não valorizar respiração irregular e<br />

“gasps” ocasionais).<br />

Se pesquisar o pulso, não <strong>de</strong>morar mais <strong>de</strong> 10 segundos.<br />

Na criança com mais <strong>de</strong> 1 ano — palpar o pulso carotí<strong>de</strong>o.<br />

No lactente — palpar o pulso braquial, na face interna do braço.<br />

Em crianças e lactentes po<strong>de</strong> palpar-se o pulso femoral, entre a<br />

espinha ilíaca antero-superior e a sínfise púbica.<br />

7A. Se há a certeza <strong>de</strong> ter encontrado sinais <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong> 10 segundos:<br />

• Se necessário, manter insuflações até a criança começar a<br />

respirar normalmente.<br />

• Se inconsciente, <strong>de</strong>itar a criança na posição lateral <strong>de</strong> segurança<br />

• Reavaliar a criança regularmente.<br />

7B. Se não houver sinais <strong>de</strong> vida, e a menos que haja a<br />

CERTEZA ABSOLUTA <strong>de</strong> ter palpado um pulso, com mais<br />

<strong>de</strong> 60 batimentos min -1 (bpm), <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 10 segundos:<br />

• Iniciar compressões torácicas.<br />

• Alternar compressões torácicas e insuflações:<br />

Compressões torácicas<br />

Comprimir a meta<strong>de</strong> inferior do externo em todas as crianças.<br />

Para não comprimir o abdómen superior, localizar o apêndice<br />

xifói<strong>de</strong>, no ângulo on<strong>de</strong> as últimas costelas se encontram na linha<br />

média. Comprimir o esterno cerca <strong>de</strong> um <strong>de</strong>do acima <strong>de</strong>ste<br />

ponto. A compressão <strong>de</strong>ve ser suficiente para <strong>de</strong>primir o esterno<br />

pelo menos um terço da profundida<strong>de</strong> do tórax. Não recear<br />

comprimir <strong>de</strong>mais – comprimir com Força e Rápido.<br />

• Descomprimir totalmente e repetir com uma frequência <strong>de</strong> pelo<br />

menos 100 bpm (mas não mais <strong>de</strong> 120 bpm). Depois <strong>de</strong> 15<br />

compressões, esten<strong>de</strong>r a cabeça, elevar o queixo e efectuar<br />

duas insuflações eficazes. Manter compressões e insuflações<br />

numa relação <strong>de</strong> 15:2. O melhor método <strong>de</strong> compressão varia<br />

ligeiramente entre lactentes e crianças.<br />

Compressão torácica em lactentes<br />

Um reanimador único comprime o esterno com as pontas <strong>de</strong><br />

dois <strong>de</strong>dos. Se houver dois ou mais reanimadores, usar a técnica<br />

do abraço. Colocar os dois polegares lado a lado na meta<strong>de</strong><br />

inferior do esterno (ver acima) com as pontas apontando para a<br />

cabeça do lactente. Abrir ambas as mãos com os <strong>de</strong>dos juntos,<br />

envolvendo a porção inferior da grelha torácica do lactente, com<br />

as extremida<strong>de</strong>s dos <strong>de</strong>dos apoiando o dorso. Em qualquer dos<br />

métodos, comprimir a meta<strong>de</strong> inferior do esterno pelo menos<br />

1/3 da profundida<strong>de</strong> do tórax do lactente (cerca <strong>de</strong> 4 cm).<br />

Compressão torácica em crianças <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1 ano <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

Colocar a base <strong>de</strong> uma mão sobre a meta<strong>de</strong> inferior do esterno<br />

(ver acima). Levantar os <strong>de</strong>dos para garantir que não se aplica<br />

pressão nas costelas da criança. O reanimador posiciona-se verticalmente<br />

acima do tórax da vítima e, com o braço estendido,<br />

comprime o esterno <strong>de</strong>primido-o pelo menos um terço da profundida<strong>de</strong><br />

do tórax (cerca <strong>de</strong> 5 cm). Em crianças maiores ou para reanimadores<br />

mais pequenos, esta compressão consegue-se mais<br />

facilmente usando as duas mãos com os <strong>de</strong>dos entrelaçados.

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