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Março de 2011 - Vol 18 numero 1 - Sociedade Portuguesa de ...

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24 Electroterapias: <strong>de</strong>sfibrilhadores automáticos<br />

externos, <strong>de</strong>sfibrilhação, cardioversão e pacing 5<br />

1. Assegurar que quer a vítima quer os circunstantes estão em<br />

segurança<br />

2. Seguir a sequência do SBV do adulto:<br />

• Se a vítima não respon<strong>de</strong> e não respira normalmente, mandar<br />

alguém buscar ajuda, procurar e trazer um DAE se disponível;<br />

• Se o reanimador está só, utiliza o telemóvel para alertar o SEM<br />

– só abandona a vítima se não houver nenhuma outra opção<br />

3. Iniciar a reanimação com a sequência <strong>de</strong> SBV do adulto. Se<br />

o reanimador está só e tiver acesso a um DAE começa por<br />

aplicar o DAE.<br />

4. Logo que o DAE esteja disponível:<br />

• Ligar o DAE, <strong>de</strong>snudar o peito da vítima e aplicar os eléctrodos<br />

• Se há mais <strong>de</strong> um reanimador, um mantém o SBV enquanto<br />

o outro aplica os eléctrodos<br />

• Seguir <strong>de</strong> imediato os comandos verbais/visuais do DAE<br />

• Garantir que ninguém toca na vítima enquanto o DAE analisa<br />

o ritmo.<br />

5a. Se o choque estiver indicado:<br />

• Garantir que ninguém toca na vítima;<br />

• Ligar o botão <strong>de</strong> acordo com o comando<br />

• Reiniciar <strong>de</strong> imediato o SBV com 30:2;<br />

• Prosseguir <strong>de</strong> acordo com os comandos visuais / <strong>de</strong> voz<br />

5b. Se o choque não estiver indicado:<br />

• Retomar <strong>de</strong> imediato o SBV com 30 compressões para duas<br />

ventilações<br />

• Prosseguir <strong>de</strong> acordo com os comandos visuais / <strong>de</strong> voz<br />

6. Continuar a seguir os comandos do DAE até:<br />

• Chegar ajuda profissional que tome conta da situação;<br />

• A vítima dar sinais <strong>de</strong> estar a <strong>de</strong>spertar: mexer, abrir os olhos<br />

e respirar normalmente;<br />

• O reanimador ficar exausto.<br />

Programas <strong>de</strong> acesso público à <strong>de</strong>sfibrilhação<br />

Os programas <strong>de</strong> DAE <strong>de</strong>vem ser activamente consi<strong>de</strong>rados em<br />

locais públicos como aeroportos, 52 recintos <strong>de</strong>sportivos, escritórios,<br />

casinos 55 aviões, 53 on<strong>de</strong> a paragem cardíaca é geralmente testemunhada<br />

e estão presentes reanimadores treinados. Há programas<br />

<strong>de</strong> acesso público à DAE com tempos <strong>de</strong> resposta muito rápidos<br />

e há estudos não aleatorizados com polícias e socorristas <strong>de</strong><br />

primeira linha, 97, 98 que relatam sobrevidas da or<strong>de</strong>m dos 49%-74%.<br />

Ainda não atingimos toda a potencialida<strong>de</strong> dos DAE, porque<br />

são utilizados preferencialmente em locais públicos e 60-80%<br />

das paragens cardíacas ocorrem em casa. O acesso público à<br />

<strong>de</strong>sfibrilhação (APD) e os programas <strong>de</strong> DAE para socorristas<br />

<strong>de</strong> primeira linha po<strong>de</strong>m aumentar o número <strong>de</strong> vítimas a quem<br />

é feito SBV e <strong>de</strong>sfibrilhação precoce e por essa via aumentar a<br />

sobrevida das PCR por SCA no pré-hospitalar. 99 Dados recentes<br />

<strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> âmbito nacional nos EUA e Japão 33, 100 mostram<br />

que quando há acesso a DAE a <strong>de</strong>sfibrilhação é muito mais<br />

precoce e a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sobrevida é melhor. Ainda não há<br />

avaliação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> DAE em áreas resi<strong>de</strong>nciais. A aquisição<br />

<strong>de</strong> DAE para uso individual domiciliário, mesmo em caso<br />

<strong>de</strong> risco elevado <strong>de</strong> morte súbita, provou não ser eficaz. 101<br />

Uso hospitalar <strong>de</strong> DAE<br />

À data da publicação dos 2010 Consensus on CPR Science Conference<br />

não há dados <strong>de</strong> estudos aleatorizados publicados comparando<br />

o uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfibrilhadores manuais com a DAE em contexto<br />

intra-hospitalar. Há dois estudos <strong>de</strong> nível inferior, em adultos<br />

com paragem cardíaca intra-hospitalar e ritmos <strong>de</strong>sfibrilháveis que<br />

mostram sobrevidas mais elevadas quando a <strong>de</strong>sfibrilhação foi proporcionada<br />

em contexto <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> DAE do que quando só<br />

há <strong>de</strong>sfibrilhadores manuais. 102, 103 Apesar da evidência ainda ser<br />

limitada a DAE <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada em contexto hospitalar com<br />

a intenção <strong>de</strong> proporcionar <strong>de</strong>sfibrilhação precoce (

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