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Março de 2011 - Vol 18 numero 1 - Sociedade Portuguesa de ...

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Paragem cardíaca em situações especiais: alterações electrolíticas, envenenamentos, afogamento,<br />

hipotermia aci<strong>de</strong>ntal, hipertermia, asma, anafilaxia, cirurgia cardíaca, trauma, gravi<strong>de</strong>z, electrocussão 10<br />

67<br />

<strong>de</strong> disfunção <strong>de</strong> órgãos variável. Há dois tipos <strong>de</strong> golpe <strong>de</strong> calor:<br />

o clássico golpe <strong>de</strong> calor sem exercício que ocorre em períodos<br />

<strong>de</strong> temperaturas ambiente elevadas, que atinge preferencialmente<br />

os idosos durante as ondas <strong>de</strong> calor. 600 O golpe <strong>de</strong> calor<br />

associado ao exercício que ocorre após esforço físico extremo<br />

em condições <strong>de</strong> temperatura elevada e/ou humida<strong>de</strong> elevada,<br />

atinge mais vezes jovens adultos. 601 A mortalida<strong>de</strong> por golpe <strong>de</strong><br />

calor atinge 10% a 50 %. 602<br />

O tratamento baseia-se na terapêutica <strong>de</strong> suporte das funções<br />

vitais, optimização do ABCDE e arrefecimento rápido do doente.<br />

603-605 Iniciar o arrefecimento antes da vítima chegar ao hospital,<br />

com o objectivo <strong>de</strong> que a temperatura central seja <strong>de</strong> cerca<br />

<strong>de</strong> 39ºC. O doente com golpe <strong>de</strong> calor grave <strong>de</strong>ve ser tratado<br />

em ambiente <strong>de</strong> cuidados intensivos.<br />

Não há estudos específicos <strong>de</strong> PCR em doentes com hipertermia.<br />

Em caso <strong>de</strong> PCR seguem-se as recomendações gerais para ao<br />

SBV e SAV e promove-se o arrefecimento do doente. Devem-<br />

-se utilizar técnicas idênticas às que se utilizam na indução da<br />

hipotermia. Não há dados referentes ao limiar da <strong>de</strong>sfibrilhação<br />

em doentes com hipertermia, pelo que a <strong>de</strong>sfibrilhação segue a<br />

regra geral associada ao arrefecimento do doente. Estudos em<br />

animais sugerem que o prognóstico das PCR em condições <strong>de</strong><br />

hipertermia é mau, em comparação com os que ocorrem em condições<br />

<strong>de</strong> normotermia. 606, 607 . O risco <strong>de</strong> lesão neurológica grave<br />

aumenta por cada grau <strong>de</strong> temperatura corporal >37°C. 349<br />

• Hiper-insuflação dinâmica, i.e. pressão tele-expiratória auto-<br />

-positiva (auto-PEEP), que po<strong>de</strong> ocorrer em asmáticos em<br />

ventilação mecânica. A auto-PEEP é provocada pelo aprisionamento<br />

do ar inspirado, com “bloqueio da respiração” (o<br />

ar inspirado não consegue sair, porque a broncoconstrição<br />

po<strong>de</strong> impedir a expiração se o tempo expiratório for insuficiente<br />

para permitir a saída <strong>de</strong> todo o volume corrente). Em<br />

resultado a pressão intra-torácica aumenta com compromisso<br />

do retorno venoso seguida <strong>de</strong> hipotensão.<br />

• Pneumotórax hipertensivo (muitas vezes bilateral).<br />

Intervenções-chave para impedir a PCR<br />

O doente com asma grave exige tratamento médico agressivo,<br />

com base na metodologia ABCDE, para evitar que a situação<br />

se <strong>de</strong>teriore. Os doentes cuja SaO 2<br />

é

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