Volume_8_n_1_2_2006 - Faculdade de Odontologia - USP
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Resumos dos trabalhos: Bases Epi<strong>de</strong>miológicas para o Planejamento das Ações <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal e Vigilância em Saú<strong>de</strong> Bucal 52<br />
gua distribuída pela Estação <strong>de</strong> Tratamento. Os exames<br />
foram realizados no próprio domicílio, sob iluminação<br />
natural, com auxílio <strong>de</strong> espelho bucal e sonda<br />
OMS. Os códigos e critérios recomendados pela OMS<br />
foram utilizados para o exame da condição da coroa<br />
<strong>de</strong>ntária <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes permanentes e <strong>de</strong>cíduos. Os resultados<br />
foram processados no programa Epibuco (Microsoft<br />
Visual FoxPro), obtendo-se os índices ceod /<br />
CPOD para cada ida<strong>de</strong>. O Programa Epi-info 3.2 foi<br />
utilizado para a análise estatística dos resultados.<br />
Resultados: Foram examinados 656 indivíduos: 141<br />
com 5 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, 111 com 12 anos, 270 com 15 a<br />
19 anos e 134 com 35 a 44 anos. Verificou-se que, 52<br />
anos após a adição <strong>de</strong> flúor à água <strong>de</strong> abastecimento<br />
<strong>de</strong> Baixo Guandu, o índice CPOD aos 12 anos apresentou<br />
<strong>de</strong>clínio, passando <strong>de</strong> 8.61 (em 1953) para 1.55<br />
(em 2005). Tem-se, portanto, um percentual <strong>de</strong> redução<br />
da cárie <strong>de</strong>ntária 82%. Em 1953, das 101 crianças<br />
com 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> examinadas, somente 2 eram<br />
livres <strong>de</strong> cárie. Em 2005, das 111 crianças examinadas,<br />
52 eram livres <strong>de</strong> cárie.<br />
Conclusão: Po<strong>de</strong>-se concluir que a fluoretação das<br />
águas <strong>de</strong> abastecimento público do município <strong>de</strong> Baixo<br />
Guandu, contribuiu <strong>de</strong> forma significativa para<br />
melhoria do padrão epi<strong>de</strong>miológico da cárie <strong>de</strong>ntária<br />
no município, além <strong>de</strong> ter servido como estímulo para<br />
que outros municípios brasileiros adotassem o método,<br />
em função dos benefícios obtidos pela população.<br />
P160 - Controle <strong>de</strong> infecção nos serviços odontológicos<br />
<strong>de</strong> Campos dos Goytacazes, RJ-2005.<br />
Aracélie Mayerhoffer ( DAO- SMS- Prefeitura Municipal<br />
<strong>de</strong> Campos dos Goytacazes-RJ).<br />
Introdução: Gran<strong>de</strong> parte dos brasileiros não recebe<br />
tratamento odontológico e dados do IBGE, indicam<br />
que, até 2004, 30 milhões <strong>de</strong> brasileiros nunca tinham<br />
ido ao <strong>de</strong>ntista. De posse <strong>de</strong>sses dados, o governo<br />
fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>senvolveu uma política estruturada com o<br />
objetivo <strong>de</strong> ampliar e garantir a assistência odontológica<br />
à população, criando um programa que oferece<br />
tratamentos especializados. Aliado a essa proposta, o<br />
atendimento primário da re<strong>de</strong> básica continua a ser<br />
priorida<strong>de</strong> e a prestação dos serviços nos consultórios<br />
odontológicos com qualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer às normas<br />
e rotinas técnicas, <strong>de</strong>ntro dos fluxos corretos. Isso<br />
leva a uma prática da <strong>Odontologia</strong> <strong>de</strong>ntro dos princípios<br />
<strong>de</strong> biossegurança e ética profissional, com um<br />
efetivo controle <strong>de</strong> infecção cruzada.<br />
Métodos: Foi realizada uma pesquisa, por meio <strong>de</strong><br />
um questionário com 43 questões fechadas e uma<br />
questão aberta para sugestões, a ser respondido por<br />
um cirurgião <strong>de</strong>ntista ou ASB (ACD) das 99 Unida<strong>de</strong>s<br />
Básicas <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UBS) que prestam serviço odontológico.<br />
Resultados: Do total, foram enviados 53 questionários.<br />
Em relação ao uso <strong>de</strong> EPIs, em 56,60% o uso do<br />
gorro não é rotineiro, Possuem dispositivos para <strong>de</strong>scarte<br />
<strong>de</strong> pérfuro-cortantes, 88,67% das unida<strong>de</strong>s, apenas<br />
37,73% utilizam saco branco leitoso para <strong>de</strong>scarte<br />
<strong>de</strong> lixo biológico. Em 32,07% das unida<strong>de</strong>s já ocorreram<br />
aci<strong>de</strong>ntes com pérfuro-cortantes, e em 77,35%<br />
não existe protocolo a ser seguido nessas ocasiões.<br />
Em 94,33% o processamento dos artigos é realizado<br />
nos consultórios, mesmo em unida<strong>de</strong>s com mais <strong>de</strong><br />
um consultório, sendo a limpeza e processamento<br />
realizado em área comum (67,92%). O produto mais<br />
utilizado na limpeza dos artigos é o <strong>de</strong>tergente doméstico<br />
(43,30%), o sabão em barra (18,86%) e o <strong>de</strong>tergente<br />
doméstico juntamente com o hipoclorito<br />
(15,08%). A esterilização, em 52,83%, é realizada em<br />
estufa e apenas 18,86%, utilizam a estufa e autoclave<br />
conjuntamente. As ASBs (ACDs); <strong>de</strong> 58,49% unida<strong>de</strong>s,<br />
não possuem formação a<strong>de</strong>quada.<br />
Conclusão: Com base nas respostas, po<strong>de</strong>mos concluir<br />
que o gorro é pouco utilizado pelos profissionais;<br />
o uso <strong>de</strong> dispositivo para <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> pérfuro-cortante<br />
não é realida<strong>de</strong> em todas as unida<strong>de</strong>s, bem como o<br />
uso do saco <strong>de</strong> lixo branco leitoso, próprio para o lixo<br />
biológico; não existe nas unida<strong>de</strong>s fluxograma a ser<br />
seguido frente a um aci<strong>de</strong>nte com pérfuro-cortante;<br />
não existe padronização nos processos <strong>de</strong> limpeza,<br />
processamento e esterilização dos artigos, e que estes<br />
processos são realizado em área comum nos próprios<br />
consultórios; os produtos utilizados para limpeza dos<br />
artigos não são os recomendados; o autoclave não é<br />
utilizado em todas as unida<strong>de</strong>s e as sugestões mais<br />
citadas foram: cursos <strong>de</strong> capacitação para as ASB<br />
(ACD); fornecimento contínuo dos insumos utilizados<br />
no controle <strong>de</strong> infecção e manutenção dos equipamentos<br />
<strong>de</strong> forma freqüente.<br />
P162 - Levantamento epi<strong>de</strong>miológico em saú<strong>de</strong><br />
bucal realizado em 8 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Família<br />
na zona leste do município <strong>de</strong> São Paulo.<br />
Julie Silvia Martins, Sílvio Carlos Coelho <strong>de</strong> Abreu,<br />
Marcus Vinicius Diniz Grigoletto (<strong>Faculda<strong>de</strong></strong>s Santa<br />
Marcelina / Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Santa Marcelina).<br />
Introdução: O levantamento epi<strong>de</strong>miológico em saú<strong>de</strong><br />
bucal é uma importante ferramenta para conhecer<br />
as condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada população.<br />
A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar-se um levantamento<br />
epi<strong>de</strong>miológico em uma área vinculada a uma<br />
Revista <strong>Odontologia</strong> e Socieda<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> <strong>2006</strong>