Volume_8_n_1_2_2006 - Faculdade de Odontologia - USP
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Resumos dos trabalhos: Educação em Saú<strong>de</strong> Bucal 66<br />
Resultados: Dos cirurgiões <strong>de</strong>ntistas questionados,<br />
28% graduaram em faculda<strong>de</strong> particular e 72% em<br />
pública. Quanto aos convênios 79% atendiam e 21%<br />
não. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se<br />
que apesar <strong>de</strong> 96% dos profissionais afirmarem terem a<br />
prevenção como conduta habitual, 63% <strong>de</strong>les não chamam<br />
seus pacientes para controle e manutenção. Observou-se<br />
também que é alta a porcentagem dos cirurgiões-<strong>de</strong>ntistas<br />
que não utilizam índices para <strong>de</strong>terminação<br />
da placa bacteriana, existindo ainda cirurgiões<strong>de</strong>ntistas<br />
(2%) que não vêem nos métodos preventivos<br />
existentes comprovada eficácia. Verificou-se que 62%<br />
e 74% dos profissionais aconselhavam todos os pacientes<br />
quanto à importância do uso <strong>de</strong> fio <strong>de</strong>ntal e da escovação,<br />
respectivamente, como métodos preventivos<br />
<strong>de</strong> cárie. Quanto ao uso <strong>de</strong> selante <strong>de</strong> fóssula e fissura<br />
29% o recomendava para todos os pacientes, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente<br />
da avaliação <strong>de</strong> risco-ativida<strong>de</strong> da doença.<br />
Os profissionais que atendiam convênio e haviam se<br />
formado em universida<strong>de</strong> pública foram os que mais<br />
indicaram todos os métodos preventivos para todos os<br />
pacientes (14%), enquanto os que não atendiam convênio<br />
e haviam se formado em universida<strong>de</strong> particular<br />
foram os que menos indicaram (1,06%).<br />
Conclusão: Concluímos que apesar <strong>de</strong> ser alta a taxa<br />
<strong>de</strong> CD que usam métodos preventivos, estes não são<br />
empregados com regularida<strong>de</strong> e nem tampouco aplicados<br />
<strong>de</strong> forma integrada, <strong>de</strong> acordo com o risco individual<br />
da doença, visando um atendimento voltado à<br />
promoção <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal (AU).<br />
P112 - Estudo exploratório do conhecimento em<br />
saú<strong>de</strong> bucal do Agente Comunitário <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do<br />
município <strong>de</strong> Ubatuba / SP, com enfoque em higiene,<br />
dieta e conduta.<br />
Claudia da S. Cora (UNIBAN-SP), Leandra F. Leitão<br />
(UNIBAN-SP), O<strong>de</strong>te Pinto Scapolan (UNIBAN-SP),<br />
Thiago Vidal Vianna (UNIBAN-SP), Valquíria C.<br />
Tinnelo Mainente (UNIBAN-SP).<br />
Introdução: A cárie e as doenças periodontais são as<br />
doenças bucais com maior prevalência na população<br />
mundial e po<strong>de</strong>m ser evitadas com medidas que envolvem<br />
mudança dos hábitos <strong>de</strong> higiene bucal e dieta<br />
da população. O agente comunitário <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> (ACS)<br />
tem como parte <strong>de</strong> suas atribuições a promoção, prevenção<br />
e recuperação da saú<strong>de</strong>. O ACS tem papel<br />
<strong>de</strong>cisivo neste contexto da mudança dos hábitos da<br />
comunida<strong>de</strong> em que atua e da qual faz parte. O objetivo<br />
<strong>de</strong>ste trabalho foi avaliar o conhecimento em saú<strong>de</strong><br />
bucal do ACS do município <strong>de</strong> Ubatuba / SP, com<br />
enfoque em higiene, dieta e conduta.<br />
Métodos: A coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal do município<br />
<strong>de</strong> Ubatuba, SP disponibilizou 8 unida<strong>de</strong>s básicas<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, para a aplicação <strong>de</strong> um questionário exploratório<br />
junto aos ACS, contendo quatorze questões,<br />
sendo onze questões <strong>de</strong> múltipla escolha e três perguntas<br />
abertas sobre saú<strong>de</strong> bucal. Três temas diferentes<br />
foram abordados: a formação do ACS (nível <strong>de</strong><br />
escolarida<strong>de</strong>, o tempo inserido no PSF, participação<br />
em programa <strong>de</strong> capacitação em saú<strong>de</strong> bucal), a conduta<br />
durante as visitas domiciliares frente a diferentes<br />
<strong>de</strong>mandas e o conhecimento sobre saú<strong>de</strong> bucal.<br />
Resultados: Foram colhidos 47 questionários válidos<br />
para o estudo; o grau <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong> das ACS mostrou<br />
que 65,95% possuem 2º grau completo; apenas<br />
23,40% dos ACS têm tempo <strong>de</strong> trabalho inferior a 1<br />
ano no PSF do município; o programa já proporcionou<br />
capacitação em saú<strong>de</strong> bucal para 63,83% dos<br />
ACS e <strong>de</strong>stes, 96,67% participaram da capacitação; na<br />
auto-avaliação do ACS 70% consi<strong>de</strong>ram-se melhor<br />
preparados após receber capacitação em Saú<strong>de</strong> Bucal;<br />
a freqüência na qual a Saú<strong>de</strong> Bucal é abordada a partir<br />
do ACS durante VD ocorre “às vezes” em 44,68%; e<br />
“sempre” em 25,53%; a porcentagem na qual “às vezes”<br />
o ACS é questionado sobre este assunto durante<br />
as visitas é <strong>de</strong> 40,42%; quanto à conduta do agente<br />
frente a uma queixa <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal, 57,45% referem à<br />
Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Bucal, e 29,79% à Equipe <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
da Família da unida<strong>de</strong>; a freqüência com que o ACS<br />
orienta sobre higiene bucal durante a VD é <strong>de</strong> 61,70%<br />
“às vezes”; a orientação sobre dieta durante a VD o-<br />
corre “sempre” em 59,57%; o produto mais importante<br />
para uma boa higiene bucal segundo 72,34% dos<br />
ACS, é a escova <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte; os alimentos mais citados<br />
pelos ACS, no risco <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver cárie <strong>de</strong>ntária,<br />
foram os açúcares, seguidos pelos carboidratos. A<br />
conduta do ACS durante a queixa <strong>de</strong> sangramento<br />
gengival é o encaminhamento à assistência em<br />
91,47% dos casos, e, na maioria das vezes, não associada<br />
a qualquer orientação; a orientação sobre cuidados<br />
para evitar cárie e problemas <strong>de</strong> gengiva tem a<br />
higiene como a ação mais lembrada (42,55% das respostas),<br />
na maioria das vezes isolada, não vinculada à<br />
dieta e / ou assistência odontológica.<br />
Conclusão: Os ACS possuem grau <strong>de</strong> instrução escolar,<br />
<strong>de</strong>ntro das exigências atuais da Lei que regulamenta<br />
a profissão; apesar da maioria dos agentes trabalhar no<br />
programa há mais <strong>de</strong> 3 anos, cerca <strong>de</strong> 34 % dos entrevistados<br />
ainda não realizaram capacitação específica em<br />
Saú<strong>de</strong> Bucal; a higiene <strong>de</strong>ntal é reconhecida como uma<br />
método eficiente <strong>de</strong> prevenção às doenças bucais, porém<br />
o conhecimento <strong>de</strong> dietas cariogênicas parece se resumir<br />
tão somente ao fato <strong>de</strong> comer alimentos a base <strong>de</strong> açúcares<br />
e carboidratos; a multifatorialida<strong>de</strong> da etiologia da<br />
Revista <strong>Odontologia</strong> e Socieda<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> <strong>2006</strong>