Volume_8_n_1_2_2006 - Faculdade de Odontologia - USP
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Resumos dos trabalhos: Gerenciamento e Financiamento em Saú<strong>de</strong> Bucal 84<br />
<strong>de</strong> estatística <strong>de</strong>scritiva para analisar os gastos em<br />
saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada grupo <strong>de</strong> municípios.<br />
Resultados: Como resultado, obteve-se que, no ano<br />
2000, a média geral dos gastos em saú<strong>de</strong> dos municípios<br />
do estado <strong>de</strong> São Paulo foi <strong>de</strong> 16,58%, e no ano<br />
<strong>de</strong> 2004 <strong>de</strong> 19,34%. Nos municípios do Grupo I, os<br />
gastos foram <strong>de</strong> 16,36% em 2000, e 19,05% em 2004.<br />
Nos municípios do Grupo II observaram-se os valores<br />
<strong>de</strong> 16,49% e 19,42% nos respectivos anos citados. No<br />
Grupo III, os gastos aumentaram <strong>de</strong> 16,37% para<br />
19,98%; e no Grupo IV a porcentagem subiu <strong>de</strong><br />
18,06% para 19,82%. No ano <strong>de</strong> 2004, 42 municípios<br />
não conseguiram cumprir os valores fixados pela EC<br />
nº. 29, sendo que <strong>de</strong>stes, 40,48% pertenciam ao Grupo<br />
I; 47,62% pertenciam ao Grupo II; 7,14% pertenciam<br />
ao Grupo III; e 4,76 ao Grupo IV.<br />
Conclusão: Com isso conclui-se que apesar <strong>de</strong> alguns<br />
municípios ainda não terem conseguido cumprir<br />
os limites fixados pela EC nº. 29, os percentuais <strong>de</strong><br />
gastos em saú<strong>de</strong> aumentaram em todos os grupos <strong>de</strong><br />
municípios, reforçando assim, a necessida<strong>de</strong> da regulamentação<br />
<strong>de</strong> tal Emenda.<br />
P138 - Financiamento em Saú<strong>de</strong> Bucal no Brasil.<br />
Fernanda Vallim Leão (<strong>Faculda<strong>de</strong></strong>s Santa Marcelina /<br />
Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Santa Marcelina), Julie Silvia Martins<br />
(<strong>Faculda<strong>de</strong></strong>s Santa Marcelina / Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Santa<br />
Marcelina), Sílvio Carlos Coelho <strong>de</strong> Abreu (<strong>Faculda<strong>de</strong></strong>s<br />
Santa Marcelina / Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Santa Marcelina),<br />
Marcus Vinicius Diniz Grigoletto (<strong>Faculda<strong>de</strong></strong>s<br />
Santa Marcelina / Casa <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Santa Marcelina).<br />
Introdução: O financiamento da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> é feito<br />
através das três esferas <strong>de</strong> governo e a distribuição<br />
dos montantes está pautada em portarias governamentais<br />
e normas operacionais. Com relação à saú<strong>de</strong> bucal,<br />
os investimentos e incentivos advindos do Ministério<br />
da Saú<strong>de</strong> são a principal forma <strong>de</strong> financiamento,<br />
sendo complementado por percentuais dos orçamentos<br />
<strong>de</strong> estados e municípios. O entendimento da<br />
legislação vigente com relação aos investimentos em<br />
saú<strong>de</strong> bucal se faz necessário para o efetivo controle<br />
social e para o planejamento <strong>de</strong> ações principalmente<br />
por parte dos gestores locais.<br />
Métodos: Foi realizada uma revista da literatura baseada<br />
em documentos oficias do Ministério da Saú<strong>de</strong>,<br />
consulta à legislação vigente atual e consulta a livros<br />
e artigos relacionados ao financiamento em saú<strong>de</strong><br />
bucal.<br />
Resultados: A instituição do Piso da Atenção Básica<br />
(PAB) permitiu o repasse fundo a fundo <strong>de</strong> recursos<br />
<strong>de</strong>stinados às ações básicas <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Com a parte<br />
variável do PAB, o Ministério da Saú<strong>de</strong> financia a<br />
odontologia na atenção básica através <strong>de</strong> incentivo à<br />
implantação <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal no programa<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da família. Estes incentivos, com o passar<br />
dos anos, foram sofrendo alguns acréscimos, consi<strong>de</strong>rando<br />
a <strong>de</strong>fasagem nos valores, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ampliação<br />
da resolutivida<strong>de</strong> das ações básicas em odontologia,<br />
e buscando a integralida<strong>de</strong> da assistência.<br />
Este incentivo é repassado do fundo nacional direto ao<br />
fundo municipal <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, assim cabe ao Município a<br />
responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerenciar e aplicar corretamente o<br />
montante. Os procedimentos odontológicos que não<br />
estão previstos na atenção básica são pagos diretamente<br />
pelo Ministério ao Município prestador. Os<br />
incentivos ministeriais não são a única forma <strong>de</strong> investimento,<br />
os Municípios e os Estados também investem<br />
recursos no custeio das ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal,<br />
previstos nos investimentos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> percentuais<br />
orçamentários <strong>de</strong>stas esferas <strong>de</strong> governo.<br />
Conclusão: Os princípios e as diretrizes do Sistema<br />
Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> só po<strong>de</strong>m ser viabilizados com a<br />
construção <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento flexível<br />
para oferecer agilida<strong>de</strong> no uso <strong>de</strong> recursos, com sistemas<br />
<strong>de</strong> informação transparentes, expresso em leis e<br />
normas que garantam o compromisso dos gestores<br />
com a manutenção <strong>de</strong> fontes estáveis. Tem-se que o<br />
processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização da saú<strong>de</strong> no Brasil <strong>de</strong>finiu<br />
regras e incentivos positivos que favoreceram a<br />
transferência direta <strong>de</strong> recursos fe<strong>de</strong>rais ao Município,<br />
assim os gestores locais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ganharam maior<br />
autonomia e po<strong>de</strong>r sobre os recursos. O financiamento<br />
em saú<strong>de</strong> bucal, baseado em recursos das três esferas<br />
do governo tem-se mostrado o caminho para que cada<br />
esfera contribua <strong>de</strong> maneira a<strong>de</strong>quada para uma melhora<br />
no Sistema Único <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, principalmente nas<br />
ações <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> bucal. Faz-se necessário garantir que<br />
os recursos fe<strong>de</strong>rais, estaduais e municipais aju<strong>de</strong>m a<br />
constituir garantia ao acesso, qualida<strong>de</strong> e humanização<br />
da atenção e busca da equida<strong>de</strong>.<br />
Revista <strong>Odontologia</strong> e Socieda<strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> <strong>2006</strong>