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MIOLO DO HUGV 2007.pmd - Hospital Universitário Getúlio Vargas

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HEMOPNEUMOTÓRAX COMPLICA<strong>DO</strong> COM EDEMA PULMONAR DE REEXPANSÃOirpm e FC: >90 bpm, conclui-se que ele era portadorde tal entidade clínica.Genofre et al 3 referiram que os sintomas doEPR podem surgir já nas primeiras 2 horas apósa reexpansão pulmonar, podendo perdurar por24 a 48h, desaparecendo depois de 5 a 7 dias.Clinicamente os pacientes com EPR apresentamsecom sinais e sintomas gerais, como febre, náuseas,vômitos, taquicardia e hipotensão. As manifestaçõesrespiratórias caracterizam-se pordispnéia de diversos graus, dor torácica, tosseassociada ou não à presença de escarro róseo eespumoso abundante, cianose e, principalmente,a presença de estertores à ausculta pulmonar. 6Aidé et al 5 descreveram ainda que escarros comsangue não são freqüentes, e surgem naquelescasos de insuficiência respiratória aguda secundáriaa edema pulmonar maciço. No caso relatado,houve de fato edema pulmonar maciço, e opaciente apresentou dispnéia intensa, dor torácicae estertores crepitantes à ausculta, porém sem apresença de hemoptóicos.A evolução é variável, podendo ocorrerdesde a resolução espontânea, ou seja,autolimitada, 3,7 até a insuficiência respiratóriafatal. O paciente do caso relatado evoluiu cominsuficiência respiratória, e necessitou de próteseventilatória e tratamento em Unidade de TerapiaIntensiva (UTI). Levando-se em consideração aalta mortalidade, as medidas de prevenção aindasão a melhor estratégia no manuseio dos pacientescom doenças que podem evoluir para EPR. 4Diante dessas circunstâncias, Aidé et al 5 recomendaram,portanto, atenção a essa complicação empotencial na drenagem pleural. Nas grandes coleçõesde líquido ou de ar, alguns princípios deverãoser seguidos. Dentre eles, temos:monitoramento da pressão pleural durante o esvaziamentoda cavidade até no máximo – 20cmH 2O; volume ideal a ser retirado não deveráultrapassar 1.500 ml. A retirada deve ser lenta;em caso de tosse seca, persistente, que surge durantea toracocentese, pode sugerir início de formaçãode edema, indicando que devemos pararo esvaziamento. Matsuura et al 4 relataram que,num estudo realizado no <strong>Hospital</strong> de Hiroshima,164 casos de pneumotórax espontâneo foram analisadose tratados no período de 1974-1985. Desses,146 foram tratados com toracocentese, drenagempleural ou toracotomia. Vinte e um pacientes(14%) desenvolveram subseqüentemente oEPR e foram tratados ativamente com variadasmodalidades de drogas, incluindo suporte de oxigênio,corticoterapia, diuréticos, sedativos, e agentesinotrópicos sem nenhuma fatalidade. Aidé etal 5 comentam que a terapêutica caracteriza-se pelarestrição hídrica e salina, uso de diuréticos(furosemida) e oxigênio sob cateter nasofaríngeo.A resposta ao tratamento é rápida, desaparecendoos sintomas e as alterações radiográficas empoucas horas. Nos casos de edema pulmonarmaciço, o prognóstico é reservado, requerendo usode prótese respiratória e terapêutica intensivapara edema de pulmão. 7Concluímos que nosso paciente, após umquadro de hemopneumotórax, apresentou umgrave edema pulmonar de reexpansão, que commedidas terapêuticas adequadas, obteve uma evoluçãofavorável como ocorre na maioria dos casosdescritos.REFERÊNCIAS1. ISAACS, S. M., MORA, M. «Fulminantreexpansion pulmonary edema in a patient withaids». Ann. Emerg. Med., v. 24, n.º 5, p. 975-978,nov., 1994.2. CARLSON, R. J., CLASSEN, K. L., GOLLAN,F., et. al. «Pulmonary Edema following the rapidexpansion of a totally collapsed lund due topneumothorax: a clinical and experimentalstudy». Surg. Forum., v. 9, p. 367, 1958.3. GENOFRE, E. H., VARGAS, F. S., TEIXEIRA,L. R. et. al. «Reexpansion pulmonary edema». J.Pneumologya, v. 29, n.º 2, p. 101-106, mar./abr.,2003.4. MATSUURA, Y; NOMIMURA, T.,MURAKAMI, H., MATSUSHIMA, T.,KAKEHASHI, M., KAJIHARA, H. «Clinical40revistahugv – Revista do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio <strong>Vargas</strong>v. 6. n. 1-2 jan./dez. – 2007

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