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MIOLO DO HUGV 2007.pmd - Hospital Universitário Getúlio Vargas

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DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE LESÕES EN<strong>DO</strong>PERIO<strong>DO</strong>NTAIS: RELATO DE CASOtem e são fatores etiológicos primários e secundáriosque podem contribuir para o início e perpetuaçãode uma lesão endoperiodontal verdadeira.A etiopatogenia está associada à inter-relaçãoanatômica do periodonto e o canal radicular. 2As características clínicas das lesões endodônticase periodontais podem ser similares, tornandoo diagnóstico diferencial das lesõesendoperiodontais difícil e esse dilema é enfrentadotanto pelos clínicos como por especialistas dasáreas envolvidas, pois não há um dado clínico devalor absoluto para estabelecê-lo corretamente.Isso explica o fato de nenhum dado diagnósticoser avaliado isoladamente e nestas circunstânciasé o conjunto de informações obtidas durante aanamnese que conduzirá o profissional a um diagnósticoseguro e conseqüentemente a uma abordagemterapêutica correta, excluindo tratamentosdesnecessários e até mesmos iatrogênicos. 3Ao deparar-se com uma lesão endoperiodontalé de fundamental importância um diagnósticopreciso para que se possa traçar um planode tratamento coerente, a fim de remover osfatores etiológicos, restaurando a saúde e principalmentea função nos casos de severa perda dostecidos de sustentação. 4Este trabalho visa relatar um caso clínicode lesão endoperiodontal do tipo endodôntica primária.Paciente do sexo feminino, com 34 anosde idade, leucoderma, foi encaminhada por umperiodontista à Clínica Odontológica da UniversidadeFederal do Amazonas (Ufam), relatandopresença de abscesso periodontal em torno do primeiromolar permanente esquerdo (36).Durante a anamnese, informou ela que haviadois anos procurou um cirurgião-dentista, poissentia sensibilidade à mastigação. Este profissionalencaminhou a paciente a um colega protesistaque recomendou o uso de uma placamiorrelaxante para tratamento de um possíveltrauma oclusal decorrente de maloclusão. Segundoa paciente, mesmo fazendo uso da placa poraproximadamente dois anos, o sintoma nãoregrediu e apareceu um edema na gengiva marginal.Neste momento, foi encaminhada a umperiodontista, o qual submeteu a paciente a terapiasde raspagens por seis meses, porém, como assintomatologias persistiram, foi orientada a procurara Clínica Odontológica da Ufam, a fim deum parecer do caso.Ao exame clínico intra-oral, observou-se apresença de abscesso em torno da gengiva marginal.Ao teste de sensibilidade à percussão, a respostafoi positiva, enquanto que na avaliação davitalidade pulpar, onde o método de escolha foi oteste térmico com frio, a resposta foi negativa. Jáao exame radiográfico periapical foi possível detectaruma radiotransparência na furca se estendendoao ápice da raiz distal do elementodentário 36 (Figura 1). Com bases nos achadossubjetivos e objetivos, um diagnóstico de lesãoendodôntica primária foi estabelecido, sendo indicadoapenas o tratamento endodôntico.RELATO <strong>DO</strong> CASOFigura 1 - Radiotransparência ao nível de furca e ao nível do periápice.Inicialmente, o plano de tratamento consistiuno preparo químico-mecânico coroa-ápice (Figura2) com copiosas irrigações de hipoclorito desódio a 2,5% e uso de EDTA a 17% como soluçãoirrigadora final para remoção da smear layer. Emseguida, realizou-se a repleção dos canais com umamedicação intracanal à base de hidróxido de cálcioe PMCC em veículo viscoso (polietilenoglicol)(Figura 3). A troca da medicação intracanal foi realizadaquinzenalmente durante dois meses.48revistahugv – Revista do <strong>Hospital</strong> Universitário Getúlio <strong>Vargas</strong>v. 6. n. 1-2 jan./dez. – 2007

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