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10 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira, e1 fim de outubro, de semana, 20101º, 2 e 3 de outubro, 2010DESTAQUE ELEIÇÕESTempero verde estápresente no discursodos presidenciáveisPreocupação com o meio ambiente aparece em questõesabordadas por candidatos, e não apenas na plataforma de MarinaMartha San Juan Françamfranca@brasileconomico.com.brELEIÇÕES2010Os pontos ganhosnas últimas pesquisaspela candidataMarina Silva(PV) à presidênciatrazem a questãoambiental novamenteà linha defrente do cenário político. Nãoque esse tema estivesse alheioao debate. Em questões cruciaiscomo energia, agronegócio,pré-sal e até o aumento de consumoda população, a preocupaçãocom meio ambiente esustentabilidade, ou o “temperoverde”, como diz o coordenadorde políticas públicas do Greenpeace,Nilo D’Avila, ganha umdestaque que não esteve presentenas eleições anteriores.Faz diferença a posição doscandidatos em relação a questõescomo as mudanças no CódigoFlorestal e consequentementeas estratégias de desenvolvimentorumo à economiaverde. Tanto que os quatro principaiscandidatos responderamas perguntas de um questionáriode doze organizações socioambientalistascoligadas aoSOS Florestas sobre esse tema,em especial a anistia a quemdesmatou ilegalmente.Todos, de alguma forma, reconheceramque eventos catastróficos,como deslizamentos deencostas e inundações, registradosno país com expressivonúmero de vítimas, estão diretamenterelacionados à falta decobertura vegetal e à ocupaçãoirregular de áreas frágeis.Objetivo de ONGsé fazer com quea preocupação como meio ambienteseja levada emconta na lógicade planejamento detodas as áreas dopróximo governoProtocolo no TSEAs respostas dos candidatos foramencaminhadas ao presidentedo Tribunal Superior Eleitoral(TSE), Ricardo Lewandowski,com o pedido para quefossem anexadas aos programasde governo apresentado poreles. “Fizemos questão de protocolaras respostas para mostrarque elas são a expressão davontade do futuro governantedo país”, diz D’Avila.Para os quatro candidatos, éum pressuposto equivocado considerara proteção às florestascomo entrave ao agronegócio,como defendem os que apoiam osubstitutivo do deputado AldoRebelo que modifica a legislaçãoambiental, que deverá ser apreciadono plenário da Câmara e doSenado após as eleições. Todas asrespostas consideraram ser deverdos particulares manter florestasem suas propriedades, e não sódo Estado. A única voz discordantefoi a de Plínio de ArrudaSampaio (PSOL), para quem “odever de proteger o meio ambienteé do Estado, os imóveisparticulares seguem a lógica dolucro e não da preservação. Separa lucrar for preciso desmatar,a iniciativa privada o fará”.O debate sobre o Código Florestalque contrapôs ambientalistase ruralistas neste governo,deverá se acirrar no próximo.Mas, segundo as ONGs, oposicionamento dos candidatossobre esse tema é apenas “aponta do iceberg”. De acordocom Raul Telles do Valle, coordenadoradjunto do programade Política e Direito do InstitutoSocioambiental (ISA), é importanteque o próximo presidentecoloque o assunto dentro da lógicade planejamento de todasas áreas do governo. “É precisoincorporar a dimensão ambientalna estratégia de geração deenergia com menos impacto, nomodelo de ocupação da Amazônia,de incentivo ao desenvolvimentode novas tecnologiasagrícolas e de recuperaçãode paisagens”, diz. ■PROGRAMA AMBIENTAL● Ambientalistas encaminhamposição dos candidatos sobreCódigo Florestal ao TSE.● Medida visa anexar respostasaos programas dos candidatose comparar ações após eleição.TENDÊNCIA2.294 km 2foi a taxa de desmatamento daAmazônia entre agosto de 2009e julho deste ano. É a menorregistrada, mas ainda assim muitoalta para as metas brasileiras.DESAFIO47,84%foi a perda do cerrado desde1988, considerando área originalde 204 milhões de hectares.Segundo maior bioma brasileiro,ele corre risco de desaparecer.Código Florestal, que estabelece diretrizes paraconservação de reservas de mata nativa, assimcomo rios, será tema polêmico após as eleiçõesPropostas vão doAmbientalistas lançamplataforma com sugestõespara o próximo presidenteComo já é tradição, diversas organizaçõesambientalistas capitaneadaspela SOS Mata Atlânticae por membros da FrenteParlamentar Ambientalista lançaramnestas eleições a PlataformaAmbiental, para propordiretrizes para uma agenda decomprometimento dos candidatos.Entre outras coisas, aplataforma sugere que os candidatosse posicionem sobre ocumprimento das obrigaçõesassumidas pelo <strong>Brasil</strong> nos acordosinternacionais dos quais ésignatário, como a meta de reduçãodas emissões nacionais degases de efeito estufa entre36,1% e 38,9% até 2020, lançadapelo <strong>Brasil</strong> durante a ConferênciaMundial de MudançasClimáticas em Copenhague.A Plataforma Ambientalaborda a questão da Copa doMundo “verde como nossas florestas”,conforme prometeu opresidente Lula em Joanesburgo,na África do Sul, no lançamentodo logo da Copa de 2014.E sugere que o próximo presi-

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