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8 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira, e1 fim de outubro, de semana, 20101º, 2 e 3 de outubro, 2010DESTAQUE ELEIÇÕESReproduçãoArquivo/AEHábito noctívago do candidato tucano foi mais um dos pontos que prejudicaram sua campanhaAplaudido por universitários, Plínio roubou a cena nos principais debatesSerra e Plínio terminam 1º turnocom ganhos opostos na campanhaTucano, que era dado como eleito, corre o risco de nem sequer chegar ao segundo turno. Plínio ganhou famaCláudia Bredariolicbredarioli@brasileconomico.combrELEIÇÕES2010Surpresas opostasresultam dascampanhas deJosé Serra (PSDB)e Plínio de ArrudaSampaio (PSOL)às vésperas doprimeiro turnodas eleições. Serra foi a surpresanegativa, já que o tucano eradado como eleito no primeiro semestre— segundo pesquisas deintenção de voto — e agora corre orisco de sequer chegar ao segundoturno. Plínio, ao contrário, galgouao posto de estrela pop, aos 80anos, ao longo dos últimos mesese sai da disputa com esperança deter resgatado a chama da políticaesquerdista no <strong>Brasil</strong>.Os erros da campanha tucanasão quase incontáveis, segundoos cientistas políticos consultadospelo BRASIL ECONÔMICO. “OSerra não conseguiu proporuma mudança, não achou umdiscurso para se contrapor àproposta continuísta petista”,pontua Gaudêncio Torquato.Antes do início oficial da campanha,porém, os tucanos esperavamganhar a eleição com vantagem.Em reportagem de capada revista Veja de abril desteano, o próprio candidato afirmavater se preparado a vida inteirapara ser presidente. Dada alargada para a campanha na TV,porém, o marqueteiro LuizGonzalez não acertou o tom nacomunicação com o eleitorbrasileiro. Recebeu críticas deboa parte da cúpula tucana eaté mesmo do ex-presidenteFernando Henrique Cardosoque, afastado, disse que “Serranão é Zé” (como o candidatoera tratado no horário político).“A linguagem do programa tucanoera velha e ortodoxa”, comentaTorquato.Equívocos nacampanha tucanaenvolveram focode discurso,programa políticoe escolha de vice.Mesmo maisconhecido, Plínionão conseguiuampliar seuquadro de eleitoresO programa de governo tucanoficou pronto às vésperas da eleição— só que não foi divulgado —e, até ser finalizado, o que mais seouvia da coordenação de campanhaera que as propostas estavamsendo construídas de maneira colaborativaao longo do processoeleitoral. O PSDB havia esbarradoainda no atraso para a definiçãode vice e o escolhido, Indio daCosta (DEM), atuou contra Serraem diversas ocasiões. O horáriode funcionamento noctívago docandidato também não auxiliou aequipe de campanha.“Os escândalos envolvendo ogoverno petista demoraram paraserem percebidos pelas pesquisas,mas trouxeram apenas umcerto desencantamento pelacandidatura de Dilma Rousseff enão beneficiaram os tucanos”,afirma o cientista político RubensFigueiredo. Além disso,conforme ele destaca, a campanhade Serra enfrenta comoprincipal concorrente neste pleitoum nível de satisfação muitoalto da população, bem maior doque o percebido nas eleições de2006, que já havia contribuídopara a reeleição de Lula.Uma luz à esquerdaPlínio, por sua vez, roubou boaparte da cena em vários dos debatesaos quais esteve presente,amealhou fãs entre os universitáriose ganhou a simpatia demuitos em prol da imagem doPSOL. Isso tudo não resultou,porém, em aumento de intençõesde votos e o candidato nãosaiu de 1% nas pesquisas. Ele,que se autointitula “católico decarteirinha”, arrumou até umaproposta de legalização da maconhae mostrou-se, nos últimosdias de campanha, satisfeitopor ter resgatado a possibilidadede fortalecimento daquase inexistente esquerda no<strong>Brasil</strong> de hoje. ■

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