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empresas - Brasil Econômico

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B4 | BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL CONSÓRCIOS | Sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3.10.2010CENÁRIOClasse C já respondepor 33% do volumedos consórcios no <strong>Brasil</strong>Nos negócios com valores menores, como eletrodomésticose motocicletas, população de baixa renda representa 55%TEXTO IOLANDA NASCIMENTOAs perspectivas de crescimentoem torno de 5% paraa economia em 2011 estãoalimentando ainda mais ootimismo do setor de consórcios.Os especialistas nãoarriscam uma previsão para o volume devendas no próximo ano, mas acreditam emelevação dos índices já robustos atingidosno acumulado de 2010. “O setor deve continuaraquecido. Além da alta projetadapara o PIB (Produto Interno Bruto) este anoe em 2011, da redução do desemprego e doaumento da renda, o <strong>Brasil</strong> começa a sepreparar para a Copa do Mundo, o que deverámanter a economia em expansão pelomenos até 2014. Some-se a isso a ascensãode classe de mais de 30 milhões de brasileirosnos últimos anos”, explica FernandoTenório, diretor da Bradesco Consórcios.“As pessoas da classe C estão ávidas porconsumo e acredito que o setor tem suaparte assegurada para suprir essa demanda”,endossa Paulo Roberto Rossi, presidente-executivoda Associação <strong>Brasil</strong>eirade Administradoras de Consórcios (Abac).Uma pesquisa da Abac mostra a classe Ccomo responsável por 33% do volume deconsórcios no país e a B e A por 67%. Nosnegócios com valores menores, como eletrodomésticose motocicletas, por exemplo,a população da C e D representa 55%. Oestudo é de 2009 e Rossi acredita na possibilidadede alteração desses indicadores emfunção da ascensão de classes. A Abac preparauma nova pesquisa, a ser concluídaainda este ano, para verificar se houve mudançanesse cenário. Paralelamente, o executivocita também uma pesquisa recenteda Quorum <strong>Brasil</strong> que aponta o consórciona terceira colocação entre os investimentosconsiderados mais interessantes pelaclasse C, atrás da poupança, com 69% dapreferência, e dos imóveis, 54%. A modalidadeteve 14% da preferência dos entrevistadosda C, cuja renda familiar gira de R$ 1,5mil a R$ 2 mil. O estudo foi realizado em SãoPaulo com 400 pessoas, entre homens emulheres de 25 a 50 anos.Esses dados explicam em boa parte aevolução do setor. No acumulado do ano atéjulho, o sistema brasileiro de consórcios totalizouR$ 33,8 bilhões, acréscimo de 33,1%em relação à igual intervalo de 2009, comticket médio substancialmente maior emquase todos os segmentos, exceto em veículospesados, segundo a Abac. O númerode consorciados saltou 4,6% nos mesmosperíodos comparados, a 3,89 milhões emjulho, e as vendas de novas cotas cresceram9,1%, alcançando 1,2 milhão. “Na medidaem que aumenta a confiança na estabilidadeda economia, na elevação do PIB, do nívelde empregoeainflação é mantida sob“Além da altaprojetada parao PIB e da reduçãodo desemprego,o <strong>Brasil</strong> começaa se preparar paraa Copa do Mundo”FERNANDO TENÓRIO,diretor da Bradesco Consórcioscontrole, as pessoas tendem a fazer planosdelongoprazo,apouparmaise,comoconsórcio,podem programar dívidas para aaquisição de bens. Por isso, o setor devecontinuar crescendo”, analisa Miguel deOliveira, vice-presidente da AssociaçãoNacional dos Executivos de Finanças, Administraçãoe Contabilidade (Anefac).CURVA ASCENDENTEAlgumas instituições apresentaram no anocurvas ainda mais ascendentes que a do setor.O Banco do <strong>Brasil</strong> (BB) cresceu 584%entre janeiro e julho, para R$ 2 bilhões emvendas. “Em número de novas cotas, passamosde 118,83 mil nos primeiros sete mesesde 2009 para 160,84 mil na mesma fasedeste ano, uma expansão de 35%”, afirmaJosé Henrique Silva, gerente-executivo deempréstimos e financiamentos da instituição,acrescentando que a expansão decorreu,particularmente, do maior foco dobanco nos segmentos de maior valor,como o de veículos pesados.Na Bradesco, as vendas de novas cotassomente nos primeiros doze dias úteis destemês de setembro avançaram 98%, comparativamentea mesma fase de 2009, para12.612. Líder nos segmentos de veículos leves,pesados e imóveis, a instituição vendeu151 mil cotas no acumulado de 2010 atéagosto, somando R$ 5,5 bilhões, com alta de21% em relação ao mesmo período do anoanterior, segundo Tenório. “As mudançasnas regras de utilização do FTGS para o consórciode imóveis e a força da nossa rede,presente em todas as cidades brasileiras,também contribuíram também decisivamentepara esse crescimento”, explica.A Caixa Seguros, segunda maior em consórciode imóveis do País, teve crescimentosemelhante ao do setor, diz Antonio Limone,diretor da Caixa Consórcio. “Em novascotas, os números são semelhantes aos de2009, com média de 2,5 mil por mês. O focoeste ano tem sido aumentar o valor médiodo ticket.” A Caixa fechou 2009 com 27 milnovas cotas, sendo o carro-chefe o consóciode imóveis, com 70% do volume de negócios,afirma Limone, para quem o bancocrescerá entre 10% e 15% este ano sobre2009, alcançando cerca de R$ 2,4 bilhõesem cartas comercializadas.O BB não arrisca previsão em valores,mas o crescimento já garantiu à instituiçãoficar entre as três maiores em cotas do mercado,afirma Silva. O banco estima chegar a220 mil cotas novas ao final do ano. “A metaé trabalhar muito para continuar nessa posiçãoaté o fim de 2010 e partir para postosmais altos em 2011 e 2012”, diz Silva, acrescentandoqueobancoestudafazerparceriascom outros canais de vendas, como o varejo,para alcançar suas metas futuras.MERCADO AQUECIDODesempenho do setor de consórcio brasileiroVOLUME DE NEGÓCIOS,EM R$ BILHÕESJAN/JUL200933,8JAN/JUL2010VENDAS DE NOVAS COTAS,EM MILHÃOVariação: 33,1% Variação: 9,1%3530252015105025,4CONTEMPLAÇÕES,EM MILHARESJAN/JUL2009558,3JAN/JUL20101,21,1JAN/JUL2009Fonte: Associação <strong>Brasil</strong>eira de Administradorasde Consórcios. Consorciados (Abac)1,00,80,60,40,20,01,2JAN/JUL2010NÚMERO DE CONSORCIADOS,EM MILHÕESVariação: 2,3% Variação: 4,6%600545,65004003002001000Paulo Roberto Rossi, da Abac,entidade do setor: <strong>empresas</strong> observamde perto a movimentação da classe C4,0 3,723,53,02,52,01,51,00,50,0JUL20093,89JUL2010

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