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empresas - Brasil Econômico

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B8 | BRASIL ECONÔMICO - ESPECIAL CONSÓRCIOS | Sexta-feira e fim de semana, 1º, 2 e 3.10.2010RESIDÊNCIASTurbinados por classe C e FGTS,imóveis movimentam R$ 11,7 biA internet começa a trabalhar a favor do desenvolvimento do setor, com a disponibilizaçãode informações para cotações, contatos e até mesmo para o fechamento do negócioTEXTO JÚLIA ZILLIGQuem casa, quer casa. Mas no<strong>Brasil</strong>, ter uma casa próprianão é somente para quemvai constituir uma família.Por ser algo que faz parte dacultura do país, o imóvelpróprio está na lista de metas de quase90% dos brasileiros. De alguns anos paracá, o cenário econômico está favorecendoo crescimento desse mercado. Maioracesso ao crédito por parte das classes C eD, aumento da demanda de imóveis deluxo para a classe A, baixa nas taxas de desemprego,entre outros fatores, estão ajudandomuita gente a sair do aluguel etransferir esse pagamento para a prestaçãode uma casa própria, seja em um financiamentodo SFH (Sistema Financeirode Habitação) ou desembolsando umaquantia para planejar a compra do seuimóvel, por meio do consórcio imobiliário.Esse segmento vem se fortalecendo significativamentenos últimos dois anos.Segundo a Associação <strong>Brasil</strong>eira de Administradorasde Consórcio (Abac), o setor deconsórcio de imóveis registrou uma alta de23,2% no primeiro semestre de 2010, subindode R$ 9,5 bilhões obtidos no mesmoperíodo do ano passado para R$ 11,7 bilhões.Atualmente, até a internet trabalhaa favor do setor, disponibilizando informaçõespara cotações, contatos ou atémesmo para o fechamento do negócio.Essa alta está ligada aos fatores descritosacima e também a outro ponto determinante:a liberação do FGTS (Fundo deGarantia por Tempo de Serviço) para dar olance, quitar ou amortizar prestações dacarta de crédito, desde que o consorciadonão tenha nenhum imóvel financiado peloSFH e nenhuma propriedade em seunome. Segundo João Pedro Salomão, presidenteda Abac Sudeste II, as vantagensdo consórcio é que não há a cobrança dejuros — somente taxa de administração ecorreções pelo INCC (Índice Nacional daConstrução Civil) — e não é necessário teruma entrada para dar início ao pagamento.“No <strong>Brasil</strong>, o apelo social da casa própriaé forte e o consórcio ajuda o consumidora planejar esse sonho.” No entanto, osbrasileiros ainda encontram dificuldadeem ter disciplina para guardar dinheiro.“Ao ter a obrigação de pagar a prestaçãodo consórcio todos os meses, o consumidorfaz seu pé de meia”. Dados do BancoCentral mostram que há mais de 27 milhõesde cadernetas de poupança inativascom saldo abaixo de R$ 20 mil.No entanto, o consórcio imobiliário nãoé somente utilizado como um instrumentode compra do primeiro imóvel próprio.Com a evolução do setor, segundo SebastiãoCirelli, diretor executivo da RodobensConsórcios, que trabalha com o produtodesde o início da década de 90, hoje a cartade crédito também é utilizada para atroca dessa mesma casa por uma melhor,para realizar investimentos ou comprarsalas comerciais. Do total de consórcios, oimobiliário representa 44% da carteira daempresa. “No caso de investimento,quando a cota é contemplada, o consorciadocompra um imóvel, e, com o aluguelgerado, paga uma nova carta de crédito. Eassim por diante”. Com esse crescimentoAs vantagens doconsórcio é que nãohá a cobrança dejuros — somente taxade administração ecorreções pelo INCC(Índice Nacionalda Construção Civil)— e que não énecessário ter umaentrada para darinício ao pagamentodo setor, o ticket médio das cartas tambémsofreu elevação. De acordo com Salomão,o valor médio era de R$ 71 mil, mashoje está em R$ 93 mil. Em termos de prazo,o cliente escolhe a melhor opção. Podeoptar por um prazo que vai de 36 a 180 meses,dependendo do valor, com prestaçõesentre R$ 300 a R$ 4 mil. “Esse tipo de modalidadede crédito atinge aquele consumidorna casa dos 30 anos, que não vaiprecisar utilizar seu FGTS e programa acompra de sua casa, no caso da classe C.”Há 10 anos comercializando consórciospara imóveis, a empresa Embracon já tem60% de seus consórcios vendidos voltadospara essa finalidade. No mês de julho desteano, a empresa obteve um crescimento de21% na venda de novas cotas em relaçãoao mesmo mês de 2009. Segundo GiselePaula, diretora de marketing da companhia,o programa Minha Casa, Minha Vida,da CEF (Caixa Econômica Federal), de início,foi encarado como uma ameaça, mashoje trouxe benefícios para as vendas daempresa. “Alavancou ainda mais nossosnegócios, pois o consórcio acaba sendomais barato do que um financiamentoimobiliário”. Segundo ela, o principal canalde venda é a internet. “O interessadoentra no site, faz sua consulta de preços,deixa seus contatos e logo retornamospara ele. A internet é uma ferramenta interessantede captação de clientes.”Consórcio passa a serconsiderado uminstrumento para acompra também dosegundo imóvelPaulo Liebert/AE

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