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Outlook | Sexta-feira, 1.10.2010 | 23ESPORTESCUBA VOLTA A ASSUSTARFOTO DIVULGAÇÃO / FIVBOPINIÃOGabriel PennaNinguémmereceO caminho do <strong>Brasil</strong> no Mundial de Vôlei vai ser complicado. É que a garotada deCuba cresceu e, lembrando velhos confrontos, nos venceu num partidaço por 3 setsa 2, na segunda. As estrelas foram Hernández (na cortada), de 21 anos, e Leon, de 17.BATE-BOLABob Fernandes,jornalista,autor de BoraBahêeea!Que história é essa de torcer para Santos e Bahia?Pois é. É que cresci em São Paulo, mas meu pai é um baiano deséculos, me levava ao estádio, e depois me mudei pra Salvador.Após seis anos na fila, com escala na série C, agora sobe?Rapaz, como dizem na Bahia, um bom baiano não fazprognósticos. É uma maneira de driblar os maus eflúvios.O que está acontecendo com o time dentro de casa?Sobre Bahia 2 x 4 Icasa, nada a declarar. Isso é efeito de décadasde gestão personalista e centralizadora. O clube é uma espéciede síntese do estado. Tem toda aquela paixão, alegria, mas sofrecom o mandonismo e a pilantragem predatória no seu topo.Dizem que os baianos torcem por diversão, vão ao estádionão importando se o time ganha ou perde...É a cataracterista do torcedor baiano. Inclusive, nos clássicos,é normal as torcidas entrarem e saírem do estádio juntas.Mas não deviam cobrar mais do time?Já tentei algumas vezes e fui fragorosamente derrotado naproposta de lançar o movimento “não compareça ao estádio”,contra a esculhambação. Todos foram, e fiquei sozinho em casa.O técnico Renato Gaúcho fez bem ao Bahia?Se o time está entre os primeiros, certamente mal não fez.Os erros e as culpas no Bahia são maiores, estão nas cúpulas.E o Márcio Araújo, que assumiu em agosto, convenceu?Se subir para a série A, é um gênio, se não, é uma besta.“FRASE DA SEMANADizem que sou polêmico, mas não é verdade Salvador Palaia, polêmico presidenteinterino do Palmeiras, que aproveitou licença médica de Belluzzo para dissolver a diretoria de futebol e lançar uma auditoriaFOTO DIVULGAÇÃOMUSEU DO FUTUROO cartãoamarelo do bemde Felipe MeloReceber cartões não é novidade para o destemperadovolante brasileiro Felipe Melo, umexemplar colecionador de expulsões, entre elas,uma das maiores lambanças do <strong>Brasil</strong> na Copado Mundo da África do Sul. Fora os jogos pela seleção,ele levou 13 amarelos e dois vermelhos naúltima temporada. O mais recente deles, porém,foi uma surpresa tanto para o jogadorcomo para os espectadores da partida entre Juventuse Cagliari, pelo Campeonato Italiano, noúltimo domingo. Após o fim do jogo, que terminouem 4 a 2 para a Vecchia Signora, Melo ganhoudo árbitro Christian Brighi um cartãoamarelo com uma dedicatória,como prêmio pela mudançade comportamento.Este ano, fora essa, ele foiamarelado três vezes emoito jogos: quase um coroinha.O juiz, porém, nãonegou uma fina ironia.“Para o irmão bom de Felipe,com simpatia”, escreveu.Melhor assim.Nem todo mundo se interessa porvoleibol, eu sei, mas deixe-me contaruma história. Certa vez, os jogadoresda seleção brasileira partirampara um torneio no exterior. Viajarampor toda a madrugada e chegaramno início da manhã, exauridos,malucos por uma longa jornada desono. Bernardinho, um caxias incorrigível,marcou o treino para logomais às sete horas. Perguntado sobreo porque da linha dura, justificou: “Épara eles ganharem merecimento”.Simples. Os caras se esfolam, treinamhorrores, fazem sacrifícios e,então, vão para o jogo não apenascom um preparo exemplar comotambém a íntima sensação de que jásão vencedores. Não dizem, mas sabemque fizeram todo o esforço pormerecer, o que é meio caminho andado,talvez mais, para a vitória.Claro, o percurso é árduo e nemsempre em linha reta. O Flamengo,por exemplo, sofre no <strong>Brasil</strong>eirãodeste ano para merecer o título doano passado. Dá mais trabalho.O <strong>Brasil</strong> de chuteiras deviaouvir mais o Bernardinho.Dirigentes, técnicos,jogadores e, por que não,políticos. O Lula deveriafazer metáforas com o vôleiO <strong>Brasil</strong> de chuteiras deveria ouvire entender melhor Bernardinho. Dirigentes,técnicos, jogadores, craquesou pernas de pau, e por que não,políticos e governantes. O Lula deveriafazer mais metáforas com o vôlei.Ou o Serra, até para se diferenciardo adversário. As equipes do maisvitorioso treinador do esporte brasileiro,ao contrário do que aparentam,não são talentosas, mas trabalhadoras.Por mais estranho que seja,talento lá vem em segundo plano,pois não resolve e pode atrapalhar.Uma pena que esse exemplo nãochegue aos gramados, onde tanto semistifica essa virtude inata, o domcelestial, que assim acaba se tornandoum risco. Vejamos o insufladoNeymar, com o seu eterno estilo debomba-relógio. Explodiu e, ao invésde ser punido, derrubou o treinador,que esperava apenas que ele fizessepor merecer a volta ao time. Desperdício.Assim como a diretoria doSantos, a do Galo também faria bomuso dos mandamentos de Bernardinho.Respeitou demais aqueles quedizem merecer. Preferiu medalhõesbem acabados a ter o trabalho árduode lapidar o talento bruto. Agora,tenta convencer o time de que elemerece continuar na Séria A. Quemnão merece mesmo é o escaldadotorcedor atleticano.

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