18 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira, e1 fim de outubro, de semana, 20101º, 2 e 3 de outubro, 2010EMPRESASPhilip Morriscontesta leiantifumo uruguaiaAção da empresa contra o país preocupa autoridades de saúdedas três Américas, pois o caso pode se repetir em outras naçõesMartha San Juan Françamfranca@brasileconomico.com.brEm reunião do 50º ConselhoDiretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas),que terminou ontem em Washington,representantes demais de 40 países emitiram comunicadoapoiando a decisãodo governo do Uruguai de nãoceder à pressão que exerce aPhilip Morris International,uma das maiores fabricantes decigarro do mundo, contra asleis para o controle do tabaconaquele país. A companhia,com sede nos Estados Unidos,mas cujo centro de operaçõesfunciona na Suíça, entrou comuma ação judicial em fevereirocontra o governo do presidenteJosé Mojica, baseado no Acordode Proteção de InvestimentosEstrangeiros, assinado entre oUruguai e o país europeu.As leis de controle do tabacono Uruguai estão entre as maisrigorosas do mundo, ao exigir ainserção de mensagens de advertênciamuito fortes e queocupam 80% dos maços de cigarro,e proibir o uso de cores eoutros símbolos, além das denominações“light”, “ultralight”,“suaves” e de “baixosteores”. Essas leis foram mantidaspelo atual governo, mastiveram origem na gestão doex-presidente Tabaré Vasquez,que é médico e oncologista.Investimento prejudicadoA empresa tabagista pede ressarcimentodos danos resultantesdessas medidas, alegandoque seus direitos, garantidospelo tratado entre a Suíça e oUruguai, foram violados. “APhilip Morris não pretende impediras restrições ao fumo emlugares públicos e nem as mensagenscontra o consumo, nósapoiamos essas medidas”, afirmaa porta-voz da companhiaAnne Edwards. “Estamos apenasprotestando contra três regulamentaçõesda antiga administraçãoque vão além dos objetivosde saúde pública”, dizA fabricantede cigarros pederessarcimentode danos causadospela legislação dopaís, alegandoviolação de direitosgarantidos pelotratado entreSuíça e UruguaiAnne. “Consideramos que essasmedidas são extremas, não semostraram efetivas e prejudicaramseriamente os investimentosda empresa no Uruguai.”Para o representante do Uruguaina Opas, Gilberto Rios, daDireção Geral de Saúde, órgãodo Ministério da Saúde, a açãosó comprova que existe umaenorme pressão da indústria dotabaco contra países que defendemo controle rigoroso doconsumo de cigarros. “Foi importantereceber o apoio dasprincipais autoridades de todosos países das Américaspara continuar essa luta”, disseao BRASIL ECONÔMICO.Segundo o tratado Suíça-Uruguai, disputas envolvendoinvestidores dos dois paísesdevem ser decididas pelo CentroInternacional para a Arbitragemde Disputas, órgão doBanco Mundial.PosicionamentoEm agosto, os países do Mercosul,entre eles o <strong>Brasil</strong>, haviampleiteado que a Opas se posicionassesobre o caso, alegandoque a ação da Philip Morris éemblemática de um movimentoglobal da indústria para confrontara Convenção Quadropara o Controle do Fumo, daOrganização Mundial da Saúde.Segundo a médica Tânia Cavalcante,da comissão brasileirapara a implementação daConvenção Quadro, a açãocontra o Uruguai possui efeitodemonstrativo. “Está claro quea Philip Morris optou pela açãojudicial contra um país pequenopara enviar uma mensagemàqueles que procuram protegerseus cidadãos contra os efeitosnocivos do tabaco.”Tânia afirma que há ações emdiversos países contra leis municipaise estaduais. No caso brasileiro,por exemplo, existem açõescontra a proibição de fumar emlugares públicos no Estado de SãoPaulo. “A novidade é que as <strong>empresas</strong>estão agora confrontandoa legislação dos países”, diz. ■Colaborou Estela SilvaIMPASSELeis internacionais contrapõem livre comércio eConselho da Opas reúnerepresentantes de 40 países
Sexta-feira e fim de semana, Sexta-feira, 1º, 2 e 31 de outubro, 2010<strong>Brasil</strong> Econômico 19Marcelo AlmeidaGVT baixa preço de TV por assinaturaA GVT Holding quer quebrar o “duopólio” do mercado de televisãopor assinatura no <strong>Brasil</strong> a partir do segundo trimestre de 2011 e reduzo preço do serviço, disse o presidente da empresa, Amos Genish.A entrada de um novo competidor no mercado, hoje dividido entre Skye Net, pode fazer com que os preços do serviço ao consumidor caiamentre 20% e 25% nos primeiros 18 meses, disse o executivo. Ele prevêque as concorrentes reduzirão seus preços para acompanhar os da GVT.Nell Redmond/BloombergLinha de produção da Philip Morris: empresa temsede na Suíça, país que mantém um Acordo de Proteçãode Investimentos Estrangeiros com o UruguaiANTIPROPAGANDAImagens desmotivam consumo de cigarroDesde 2006, o Uruguai segue à risca a lei antifumo, queinclui a proibição dos cigarros em locais públicos. No anopassado, o país passou a exibir imagens que mostramas consequências do consumo de cigarros em 80% dasuperfície das embalagens. Pesquisa realizada pelo Ministérioda Saúde do país no fim de 2009 mostra que a adoção dessasmedidas influenciou 8% da população fumante a interrompero hábito. Abaixo, algumas embalagens vendidas no Uruguai.saúde públicaDivulgaçãoO cerco ao tabagismo ganhouforça no mundo com a adoção,em 2005, da Convenção Quadropara o Controle do Fumo, daOrganização Mundial de Saúde,que prevê medidas como o fim dapropaganda do fumo, programasde educação da população,proibição de fumar em ambientesfechados, controle do mercadoilegal de cigarros, inserçãode mensagens de advertêncianas embalagens, regulaçãoquanto ao conteúdo e à emissãode substâncias tóxicas. Até hoje,a convenção foi ratificada por 171países, motivados principalmentepelos gastos nos orçamentosde saúde e prejuízos causadosà economia pelo hábito defumar da população. Segundoo cardiologista Eduardo Bianco,presidente da maior entidade decontrole do tabaco no Uruguai,“o que está ocorrendo agoraaqui poderia ocorrer em qualquerpaís que tenha implementadoas medidas defendidas pelaconvenção”. Para MaristelaBasso, professora de DireitoInternacional da Faculdade deDireito da Universidade de SãoPaulo, “mesmo as regras sobrecomércio internacional permitemexceções em nome da saúdepública e da proteção do meioambiente”. Ela dá como exemploa flexibilidade das normas depropriedade intelectual e preçosde medicamentos contra aids.“Nenhuma regra do acordo daOrganização Mundial de Comérciopode ser interpretada de formaa limitar os direitos dosEstados-membros de protegerema saúde pública”, afirma. M.F.TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX S.A.CNPJ nº 85.041.333/0001-11Edital de Convocação - Assembleia Geral ExtraordináriaSão convidados os Senhores Acionistas da TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DOFÉLIX S.A. a reunirem-se em Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada às 10:00h,do dia 18 de outubro de 2010, na sede social da Companhia, situada na Rua EngenheiroLuiz Augusto de Leão Fonseca nº 1.520, na Cidade de Antonina, Estado do Paraná, paratomarem conhecimento e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia:a) Deliberar sobre proposta de redução do Capital Social da Companhia.Antonina (PR), 29 de setembro de 2010Valdécio Antonio BombonattoPresidente do Conselho de Administração
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