26 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira, e1 fim de outubro, de semana, 20101º, 2 e 3 de outubro, 2010INOVAÇÃO & TECNOLOGIASEGUNDA-FEIRAEDUCAÇÃOTERÇA-FEIRAEMPREENDEDORISMOParabólica renova geração deFluminense Global Master Internacional desenvolve antenas de inox que utilizam raios do Sol como fonte térmicaTecnologia solar evolui para o usode aço inox, mudança que podeganhar espaço na industrialNivaldo Souzansouza@brasileconomico.com.brEmbora o Sol brilhe como maior objeto dosistema solar — cerca de 98% da massa total—, a energia gerada por ele encontraverdadeira refração no <strong>Brasil</strong>. Sem que aluz emitida seja desviada para uma aplicaçãoem escala na matriz energética brasileira.Vácuo que rende à energia solar o papelde fonte de baixa velocidade, usada emsituações pontuais, principalmente emprojetos socioambientais. Falta de movimentoque resulta da desarticulação entredesenvolvimento técnico, políticas de incentivoe viabilidade econômica. Ao contrárioda tendência observada em paísesnos quais a escassez energética impulsionainvestimentos em fontes renováveis. “Como aumento do preço do petróleo e o risco deimplantação de energia nuclear, paísescomo Espanha e Estados Unidos estão pesquisandooutras fontes. O mundo está pesquisando”,afirma o diretor da GlobalMaster Internacional, Rogério Muller,consultoria que agora investe na produçãode parabólicas solares.Mas a direção da energia solar no <strong>Brasil</strong>pode sofrer mudança nos próximos anos.A Global, instalada em Petrópolis (RJ),apostou nisso em 2007, ao elaborar o projetode desenvolvimento do ConcentradorSolar Parabólico. Equipamento que podefazer história ao utilizar o calor do sol parafornecer energia térmica — e não elétrica,como é mais comum — para indústrias.“Entendemos que poderiahaver soluções solaressendo desenvolvidas ecolocadas para o mercadocom entrega imediata.Isso não existe hojeRogério Muller,diretor da Global MasterO concentrador, também denominadoTorre Solar, tem o formato de uma antenaparabólica com 4,5 metros de diâmetro.É formado por placas de aço inoxidável,responsáveis pela recepção deaté quatro vezes mais calor do que os painéisfotovoltaicos tradicionais. Isto porqueuma caldeira térmica no topo da antenarecebe o raio solar refratado pelasplacas de inox, rendendo temperaturamédia de 500 graus centígrados.Por baixo das placas, uma tubulação decobre contém óleo sintético. O líquido éaquecido e transferido para um trocadorde calor, espécie de conversor que concentraa energia térmica para repassá-lapara um gerador. “Ele funciona como umfluído de baixa dilatação que circula por
Sexta-feira e fim de semana, Sexta-feira, 1º, 2 e 31 de outubro, 2010<strong>Brasil</strong> Econômico 27QUARTA-FEIRAGESTÃOQUINTA-FEIRASUSTENTABILIDADEenergia solarSÉRGIO COLLECoordenador do Departamento deEngenharia Mecânica (Lepten) daUniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC)para alimentar etapas do processo produtivo das indústriasHenrique ManrezaDivulgaçãoCALOR NA PARABOLÓIDEuma serpentina (tubulação de cobre), dentroda parabolóide (circunferência da antena)”,diz Muller. Outro detalhe é que o óleo, cercade quatro litros por torre solar, não precisaser trocado com frequência.Concentrador Solar Parabólico desenvolvido pelaGlobal Master mais parece uma antena para recepçãode sinal de televisão. Mas funciona com uma caldeiratérmica devido a uma espécie de capacitor instaladono topo do tripé do equipamento. A base da antenaé forrada com placas de aço inoxidável. Elas atraematé quatro vezes mais luz do Sol do que painéisfotovoltaicos tradicionais, feitos de cristais.Os mecanismos fazem a temperatura do concentrador ira 500 graus Celsius. O calor aquece o óleo sintético quepercorre uma tubulação de cobre embaixo das placasde inox. Depois, o líquido passa por um trocador decalor que transfere a energia térmica para um gerador.INVESTIMENTOR$ 400 milforam aplicados pelaGlobal Master para desenvolvero equipamento. A Faperjparticipou do projeto como repasse de R$ 200 mil.PREÇOR$ 20 mila R$ 30 mil é quanto sai cadaparabolóide instalada pela empresafluminense. Valor é alto, mas devecair conforme o pacote contratadopelo cliente com a Global Master.Clientes buscam calorA Fundação de Amparo à Pesquisa do Estadodo Rio de Janeiro (Faperj) repassou R$ 200mil para o desenvolvimento do produto. AGlobal aplicou outros R$ 200 mil. Agora, aempresa está prospectando mercado paravender a antena. “Entendemos que poderiahaver soluções solares sendo desenvolvidas ecolocadas para o mercado com entrega imediata.Isso não existe hoje”, diz Muller.Segundo o executivo, o ConcentradorSolar Parabólico foi projetado para ser utilizadopela indústria, principalmente devidoao alto custo de implantação das antenas.Cada torre custa de R$ 20 mil a R$30 mil. Valor que pode ser reduzido, segundoo diretor da Global, conforme o númerode antenas embarcadas nos projetosenergéticos dos clientes.A instalação em escala está sendo negociadacom uma recicladora de asfalto (15 unidades)e uma companhia de saneamentopara secagem de lama resultante do tratamentodo esgoto (20 a 30 antenas). Por ora, aArcoflex é a primeira cliente. A fabricante desacolas plásticas instala três torres para substituira eletricidade por energia térmica noprocesso de secagem. O calor será conduzidopor secadores para ventilar as sacolas a umatemperatura média de 40 graus. ■Falta fazer a lição de casaA indústria nacional produz cerca de 800 mil metros quadrados de coletoressolares planos, segundo dados da Associação <strong>Brasil</strong>eira de Refrigeração,Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Sóque o produto é baseado em projetos de concepções primitivas de coletoresde tubo e placa inventados nos EUA na década de 1920. Essa situaçãoé compreensível, uma vez que ciência e tecnologia, historicamente,não fizeram parte efetiva da cultura bacharelesca do <strong>Brasil</strong>, oque explica a razão de o país ser tecnologicamente dependente. Grandesprojetos nacionais são iniciados com pomposos discursos políticos,de muita retórica, pouca determinação e consequência.A energia solar se insere nesse contexto. Após a grande crise do petróleode 1973, o <strong>Brasil</strong> implementou uma pioneira política de desenvolvimentode energia solar. De lá para cá, nenhuma outra políticapública de desenvolvimento para esse setor foi implementada. Nessemeio tempo, o setor privado desenvolveu o mercado atualmente existente,contando apenas com incentivos fiscais. Contudo, o <strong>Brasil</strong> nãofez seu dever de casa. Enquanto a China tornou-se líder mundial emapenas quinze anos. Hoje, produtos chineses com alto valor tecnológicoagregado e, por conseguinte, de elevada eficiência, invadem omercado, comercializados a preços inexplicavelmente baixos.Os números do setor de energia termo-solar são ainda desencontrados.Presume-se que cerca de 1,5% das residências brasileiras disponhamde aquecimento solar. Por outro lado, estima-se que 3,8 gigawatts(GW) de potência (aproximadamente um quarto da capacidadede Itaipu) é reservada para suprira demanda dos chuveiros elétricosAneel deveriaconsultar oconsumidorsobre a opçãode subsidiaraquecedores solaresno horário de pico entre 18h e 21h.Calcula-se que para cada chuveiroelétrico instalado (que pode ser adquiridono comércio a R$ 30) sãonecessários investimentos em geração,transmissão e distribuição entreUS$ 900 e US$ 2 mil. Entretanto,por US$ 700 pode-se adquirir umaquecedor solar doméstico compactono mercado nacional, capazde reduzir em 80% a energia demandadapor chuveiro elétrico no horário de pico. Todavia, as atuaistecnologias não são apropriadas para garantir a redução da demanda.Daí a necessidade de desenvolvimento de tecnologias inovadoras,para produzir equipamentos que possam ser controlados através desistema de informação meteorológica. A supressão da demanda desseschuveiros por aquecedores solares inteligentes geraria uma demandano mercado nacional da ordem de 8 milhões de metros quadradosde coletores solares térmicos de boa eficiência. A propósito, oconsumidor deveria ser consultado pela Aneel sobre a opção de pagarna tarifa os custos de geração elétrica, transmissão e distribuição, ouse preferem subsidiar aquecedores solares para reduzir esses gastos.A decisão da Aneel de promover a substituição dos atuais medidoresde consumo por equipamentos modernos controlados remotamentevem em benefício da solução do problema dos chuveiros elétricos. Ocontrole remoto pode ser utilizado também para monitorar o perfil deconsumo residencial, informação indispensável para avaliar o impactodo aquecedor solar sobre a redução no horário de pico e também o graude retribuição do consumidor na gestão energética, para corresponderao subsídio recebido. Nesse contexto, o governo federal deveria estabeleceruma política efetiva para o setor de energia solar, até mesmo paraassegurar o elevado número de empregos do setor. ■PREFEITURA DA ESTÂNCIA DE ATIBAIATornamos público que se acha aberta, no Departamento de Suprimentos desta Prefeitura,a licitação abaixo: PROCESSO N° 20.294/10 - PREGÃO PRESENCIAL N°051/10 - OBJETO: Aquisição de veículos e motos OKM, ano 2010, destinados ao usodas diversas Secretarias desta Prefeitura. ENTREGA DOS ENVELOPES E INÍCIO DASESSÃO DE LANCES: “Proposta e Documentação”, às 9:00 horas do dia 22 de outubrode 2.010, na Sala de Licitações, situada à Av. Nove de Julho, Sala 01, n.º 185 –Centro – Atibaia/SP. AQUISIÇÃO DO EDITAL: O edital completo poderá ser adquiridona Tesouraria Municipal, à Av. da Saudade, 252, Centro, nos dias úteis, das 10h às16h, mediante o pagamento de emolumentos, no valor de R$ 10,00 (dez reais) ou, semônus, via Internet, pelo site www.atibaia.sp.gov.br. Observe-se que, o interessado queoptar pela compra do edital, após recolher o emolumento na Tesouraria, deveráretirá-lo no Departamento de Suprimentos, no endereço supracitado, nos diasúteis, das 9h às 12h e das 13h às 16h. DEMAIS INFORMAÇÕES: Departamentode Suprimentos, sito à Rua Bruno Sargiani, 100, Vila Rica, Fone/Fax: (11) 4414-2625.SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO, 30 de setembro de 2.010 – Andréa de AndradeVeríssimo de Souza – Diretora do Departamento de Suprimentos
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