22 <strong>Brasil</strong> Econômico Sexta-feira, e1 fim de outubro, de semana, 20101º, 2 e 3 de outubro, 2010EMPRESASQUÍMICAImportações de produtos químicos crescem32% e geram déficit de US$ 12,6 bilhõesEntre janeiro e agosto de 2010, as importações de produtos químicostotalizaram US$ 21 bilhões, 32,0% mais do que o valor de janeiro a agostodo ano passado. No caso das exportações, o valor de US$ 8,4 bilhõesregistrado nos oito primeiros meses do ano foi 31,5% superior ao deigual período do ano passado, gerando um défici comercial no setor deUS$ 12,6 bi. Os dados são da Associação <strong>Brasil</strong>eira da Indústria Química.Geoff Howe/BloombergQUÍMICA IIChinesa Sinochem prepara ofertapela mineradora canadense PotashMaior fabricante chinesa de produtos químicos, a empresa se empenhapara desafiar a oferta de US$ 39 bilhões da BHP Billiton pela PotashCorp, segundo fontes. Entretanto, os esforços para obter um parceirorusso falharam, segundo um jornal. A Sinochemtemcercade 20 pessoasenvolvidas na preparação de alternativas para barrar a oferta da BHP eespera ter um decisão em breve, disseram fontes próximas à companhia.Cab estudadessalinizar águasalobra no litoralGiuliano Dragone, diretor técnicooperacional da Cab Ambiental, dizque uma estação de tratamentoportátil custa 20% da tradicionalTecnologia é alternativa para atender cidades com altassazonais de demanda, principalmente durante o verãoDubes Sônegodsonego@brasileconomico.com.brA Companhia de Águas do <strong>Brasil</strong> -Cab Ambiental, empresa de saneamentobásico do Grupo Galvão,de engenharia, construção einfraestrutura, está estudando adessalinização como alternativapara acabar com os tradicionaisracionamentos de água em cidadesdo litoral no verão, sem comprometera rentabilidade da operaçãode tratamento de água, nemos prazos de implantação dos sistemas.A companhia acredita queisso dará a ela maior competitividadena disputa por contratos emcidades com picos de demanda.A tecnologia disponível paratanto não é segredo. SegundoGiuliano Dragone, diretor técnicooperacional da companhia, aquestão é saber em que perfil decontrato seu uso é viável.Entre as variáveis importantesa serem levadas em consideraçãoestão o tempo de contratocom os governos. Quantomais curto ele for, mais atrativoé o uso dos equipamentos dedessalinização, que são móveise podem depois ser levados aoutras localidades. Estruturaspermanentes e tradicionais têmcusto de operação baixo, massua implantação requer investimentosiniciais maiores. Estaçõesmóveis de dessalinizaçãocustam menos, mas têmoperação mais cara.Transformar um metro cúbicode água do mar em água potável,por exemplo, sai em médiaR$ 5. O tratamento de águapelos métodos tradicionais é dezvezes mais barato, R$ 0,5 o metrôcúbico. O tratamento deágua salobra, por sua vez, ficana faixa de R$ 2 o metrô cúbico,nem tão dispendioso quanto ode água do mar, nem tão baratoquanto o de água doce comum.Quanto aos custos de implantação,segundo Dragone,uma estação de tratamento tradicionalcusta em média 80%Companhia acreditaque conhecimentoda tecnologiae domínio de umamodelagem deprojeto que permitaseu uso serãodiferenciais emlicitaçõesmais do que uma portátil paradessalinizar água salobra (depoços artesianos) capaz deatender ao mesmo número depessoas. Para atender a uma localidadede 10 mil habitantes,com vazão de 40 metros cúbicospor hora, a diferença seria deR$ 1 milhão para R$ 200 mil. Asestações de dessalinização demandamainda cerca de R$ 60mil para a abertura de um poçoartesiano, que pode ser mantidoaberto para os anos seguintes.Novo mercadoNão existem números oficiaissobre o tamanho do mercadoaberto pelo uso da tecnologia dedessalinização. Mas não é precisoir longe para identificar demanda.Praticamente todo o litoralNorte do estado de SãoPaulo, por exemplo, sofre com afalta de água no auge do verão. Ea situação é comum em outrosbalneários no resto do país.“Se conseguirmos demonstrarque a dessalinização é viável,esta seria uma opção interessantepara diversas cidades”,afirma o executivo. E o domínioda modelagem de projetos necessáriapara viabilizar o uso dadessalinização, segundo ele,permitiria à Cab montar propostasde preço mais atrativas edemonstrar conhecimento técnico— outro critério de disputa— em licitações públicas.Lá fora, um dos exemplos maisfamosos de dessalinização daágua para atender a picos de demandaé o de Barcelona, na Espanha,dona de uma das maioresunidades de dessalinização deágua marinha do mundo.Da mesma forma que outras<strong>empresas</strong> do setor, como a Sabesp,Dragone afirma que a CabAmbiental também tem no radara tecnologia de estações detratamento de esgoto compactase móveis, que podem serusadas para completar o pacotede saneamento no litoral e emcidades do interior. ■
Sexta-feira e fim de semana, Sexta-feira, 1º, 2 e 31 de outubro, 2010<strong>Brasil</strong> Econômico 23FINANCIAMENTOOSX assina empréstimo de US$ 420milhões com bancos externosA empresa de estaleiros do grupo do empresário Eike Batista, OSX,anunciou ontem que acertou o financiamento junto a sete bancosinternacionais liderados pelo norueguês DVB Bank. Segundoa companhia, os recursos, com prazo de 8,5 anos e custo de libormais 4,25 % ao ano, serão usados para “financiamento dos custosde aquisição e customização do FPSO OSX-1 (plataforma flutuante)”.DivulgaçãoTRANSPORTEPrimeiro táxi elétrico do <strong>Brasil</strong>começa a circular no ParanáO veículo atenderá os usuários do Aeroporto Afonso Pena, ondea Copel instalou o primeiro ponto de recarga para automóveis elétricos,chamado de eletroposto. Com as baterias totalmente carregadas,o automóvel possui autonomia para rodar 150 quilômetros. Sãonecessárias oito horas para a recarga total, mas o eletroposto daCopel também permite cargas rápidas realizadas em 30 minutos.Murillo ConstantinoTRATAMENTO DE ESGOTOPlantas aquáticassão alternativa paracidades pequenasDependendo do orçamentoe do tamanho da cidade,estações de tratamentode esgoto tradicionaispodem ser economicamenteinviáveis. Nesses casos,é comum a construçãode lagoas para remoçãodo lodo contaminado, antesda água ser devolvida a umcórrego ou rio. Para poderatuar em cidades com esseperfil, sem onerar a tarifa,a Cab Ambiental tem entre seusalvos de estudo a biotecnologia.Segundo Giuliano Dragone,diretor técnico operacionalda empresa, a companhiavêm testando o uso de plantasaquáticas para a remoçãode dois dos principaispoluentes do esgoto, nitrogênioe fósforo. O executivo explicaque, primeiro é avaliadoo perfil dos rejeitos. Depois,são definidas as plantas maisadequadas para tratá-lo.“A lagoa vira um jardim”,afirma Dragone. “Na Europa,há algumas lagoas assim nocentro de pequenas cidades”.A tecnologia é da francesaPhytorestore, que já atua no<strong>Brasil</strong>. Segundo o executivo,a empresa pensa em fazer umprojeto piloto com as plantas naCab Spat, na Grande São Paulo.Mas elas poderiam ser usadastambém em concessõesde pequenas cidades, comoPalestina, no interior do estadode São Paulo, que tem cerca de11 mil habitantes. Ou em Piquete,atendimento recém-conquistadopela empresa, no Vale doParaíba. Outra tecnologiaem estudo, afirma Dragone, vemdos Estados Unidos. Trata-se deum tipo de bactéria capaz detratar o lodo do esgoto e gerarenergia durante o processo. D.S.Companhia medeganhos com inovaçãoMetodologia em fase de testepermitirá avaliar quais sãoas novas ideias mais efetivasHá cerca de dois anos, a CabAmbiental decidiu implementaruma política de inovaçãovoltada à redução de custos eganhos de eficiência operacional.Agora, com algumas iniciativasem curso, a companhiaquer encontrar uma formade medir quais das novasideias dão maior retorno.Para isso, a empresa do grupoGalvão está testando umametodologia de análise desenvolvidaem parceria com oconsultor Valter Pieracciani,na CaB Spat, unidade de tratamentode água na grande SãoPaulo, onde atua por meios deparceria público privada com aSabesp. Caso dê certo, a metodologiaserá levada para outrasunidades da Cab.Segundo Giuliano Dragone,diretor técnico operacional daempresa, com as inovaçõesimplantadas até agora, já foiidentificada redução média de10% nos valores desembolsadosem cada um dos projetos,na comparação com o valororçado. Além disso, há ganhofiscal com a Lei do Bem, de incentivoà inovação.Redução média decustos já identificadaé de 10%, em relaçãoaos valores orçados.Empresa busca maiorparte das ideiasentre os funcionáriosEconomiaOs valores economizados,afirma o executivo, têm sidosuficientes para bancar o orçamentoda área, que no anopassado consumiu aproximadamenteR$ 250 mil e, nesteano, chegará a R$ 500 mil.A iniciativa de implantaruma metodologia para medir ocusto benefício das novasideias adotadas pelas empresa,segundo informou Dragone, éparte de uma estratégia amplade criação de indicadores degestão. Ela permitirá, porexemplo, que a companhiapriorize com recursos os projetosmais rentáveis.ConcursoNo ano passado, na primeiraedição do concurso de projetosde inovação promovido internamentena Cab, houve adesãode 22% dos funcionários, com70 propostas. Neste ano, segundoDragone, foram 110projetos apresentados por 32%dos funcionários que concorremaos prêmios em dinheiro.São sugestões que vão de manuaisde etiqueta para reduzirreclamações em relação aosfuncionários até sistemas demonitoramento aéreo dasmargens de grandes mananciaisde água em São Paulo.Outra fonte de ideias e tecnologiaspara empresa são asuniversidades. Atualmente, aempresa trabalha no mapeamentode projetos ligados àárea de saneamento em algumasdas principais instituiçõescom pesquisa do país como,por exemplo a Universidadede São Paulo (USP) e a UniversidadeEstadual Paulista(Unesp). ■ D.S.
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