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(w. 43,44). Sim, amem seus inimigos; e nao apenas seus amigos ou<br />
seus bons vizinhos, ou aqueles que são neutros em relação a você;<br />
amem aqueles que o tratam mal. Amem aqueles que deliberadamente<br />
lhe fazem mal. Esse é o teste supremo <strong>do</strong> caráter cristão.<br />
Observo situações em que pessoas da igreja de Deus não praticam<br />
esse princípio uns com os outros. Já testemunhei amargura, rancor,<br />
animosidade, hostilidade e antagonismo em meio ao povo de Deus.<br />
Isso é uma negação de nosso verdadeiro caráter. Jesus ensina que<br />
sua atitude, suas ações precisam sempre ser motivadas pelo amor.<br />
Isenção total de espírito de vingança e de autodefesa, devolver amor<br />
por ódio, bondade por mal — essa é a justiça <strong>do</strong> <strong>Reino</strong> de Deus.<br />
Esse amor, em princípio, não é um sentimento nem uma<br />
emoção; é interesse altruísta em ação. O amor busca o melhor bemestar<br />
<strong>do</strong>s objetos de seu interesse. Primeira Coríntios 13 é o retrato<br />
clássico de amor cristão; passagem em que Paulo ao descrever o que<br />
é o amor, conta-nos como o amor opera. “O amor é paciente, o<br />
amor é bon<strong>do</strong>so.” O amor é benevolência em ação. Amor é a expressão<br />
da preocupação. Sabemos de outros ensinamentos da Palavra<br />
de Deus que o amor, às vezes, pode castigar e disciplinar. “O<br />
Senhor disciplina a quem ama” (Hb 12.6). Amor não quer dizer o<br />
aban<strong>do</strong>no da justiça e <strong>do</strong> direito; nem é benevolência sentimental<br />
que não tem a capacidade de sentir ira santa. O problema humano<br />
está na dificuldade — ou incapacidade — de separar os elementos<br />
de ressentimento pessoal e vingança egoísta <strong>do</strong> que é ira santa.<br />
O ensino de nosso Senhor tem que ver com a origem da reação<br />
pessoal e <strong>do</strong> caráter da pessoa. O amor busca o melhor bem-estar<br />
até mesmo <strong>do</strong>s inimigos. Pode retribuir uma maldição com uma<br />
bênção. Pode retribuir violência com gentileza. Pode recompensar<br />
um erro com benignidade. O amor age desse mo<strong>do</strong> porque não é<br />
motiva<strong>do</strong> pelo espírito de vingança, mas de preocupação pelo outro.<br />
I 'ssa é a justiça <strong>do</strong> <strong>Reino</strong> de Deus.<br />
Encontramos a manifestação suprema dessa lei <strong>do</strong> amor no<br />
perdão. Jesus ensinou-nos a orar: “Per<strong>do</strong>a as nossas dívidas, assim<br />
como per<strong>do</strong>amos aos nossos deve<strong>do</strong>res” (Mt 6.12). Você pode verdadeiramente<br />
per<strong>do</strong>ar uma pessoa só quan<strong>do</strong> age em amor. Se você