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vam, de fato, entran<strong>do</strong> nas bênçãos <strong>do</strong> <strong>Reino</strong>; na verdade, eles estavam<br />
de la<strong>do</strong> e assistiam os publicanos e as meretrizes entrarem nas<br />
bênçãos <strong>do</strong> <strong>Reino</strong> e até mesmo tentavam impedir que eles entrassem.<br />
Essa chave <strong>do</strong> conhecimento que na dispensação <strong>do</strong> Antigo<br />
Testamento fora confiada a Israel, agora, nosso Senhor a confia aos<br />
apóstolos e à igreja. A parábola <strong>do</strong>s maus arrendatários, de Mateus<br />
21.33-42, ensina esse fato com clareza. Deus confiara sua vinha<br />
a Israel. De tempos em tempos, ele enviava seus servos, os<br />
profetas, até a nação para fazer um acerto de contas, mas “os lavra<strong>do</strong>res<br />
agarram seus servos; a um espancaram, a outro mataram e<br />
apedrejaram o terceiro”. Por fim, ele enviou seu Filho achan<strong>do</strong> que<br />
eles o reverenciariam e reconheceriam. Todavia, “eles o agarraram,<br />
lançaram-no para fora da vinha e o mataram”. Jesus mesmo interpreta<br />
essa parábola em termos nada vagos: “Portanto eu lhes digo<br />
que o <strong>Reino</strong> de Deus será tira<strong>do</strong> de vocês e será da<strong>do</strong> a um povo<br />
que dê os frutos <strong>do</strong> <strong>Reino</strong>” (v. 43).<br />
Essa é uma afirmação nada ambígua. Israel fora a possui<strong>do</strong>ra<br />
<strong>do</strong> <strong>Reino</strong> de Deus. Isso quer dizer que até a vinda de Cristo na<br />
carne, a atividade redentora de Deus na história fora canalizada por<br />
intermédio da nação de Israel, e as bênçãos <strong>do</strong> governo divino foram<br />
conferidas a esse povo. Os filhos de Israel eram, de fato, os<br />
filhos <strong>do</strong> <strong>Reino</strong>. Os gentios podiam compartilhar dessas bênçãos<br />
apenas se tivessem relacionamento com Israel. No entanto, quan<strong>do</strong><br />
chegou o tempo em que Deus manifestou sua atividade redentora<br />
de um mo<strong>do</strong> novo e maravilhoso e o <strong>Reino</strong> de Deus visitou os<br />
homens na pessoa <strong>do</strong> Filho de Deus trazen<strong>do</strong>-lhes as bênçãos <strong>do</strong><br />
governo divino de forma mais plena, Israel rejeitou tanto o <strong>Reino</strong><br />
como o Porta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> <strong>Reino</strong>. Por isso, o <strong>Reino</strong>, em sua nova manifestação,<br />
foi tira<strong>do</strong> de Israel e entregue a um novo povo.<br />
Esse novo povo é a igreja. “Sobre esta pedra edificarei a minha<br />
igreja”. Nessa declaração, a palavra “igreja” ainda não tem o senti<strong>do</strong><br />
técnico que adquiriu depois <strong>do</strong> Pentecoste. Como já indicamos,<br />
essa palavra quer dizer povo de Deus. Esse novo povo é a “geração<br />
eleita, sacerdócio real, nação santa” a que Pedro se referiu (lPe 2.9).