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der a riqueza. A pobreza, em si mesma, não é uma virtude. Jesus<br />
exige decisão, submissão a Deus e seu <strong>Reino</strong>. A riqueza é perniciosa<br />
quan<strong>do</strong> atrapalha essa decisão. Por isso, Jesus diz: “Jovem, você<br />
tem uma barreira. Você ama sua riqueza e to<strong>do</strong>s os confortos e boas<br />
coisas que ela traz. Ela exige seu afeto. Esse afeto precisa dar lugar a<br />
uma lealdade mais alta — a lealdade ao <strong>Reino</strong> de Deus.”<br />
Isso permanece uma verdade. A exigência <strong>do</strong> <strong>Reino</strong> ainda é<br />
uma decisão pela qual se paga um alto preço. Se a riqueza, a posição,<br />
a influência ou a ambição requerem a lealdade <strong>do</strong> homem para que<br />
sua vida seja guiada para a realização <strong>do</strong>s fins pessoais, quer materiais<br />
quer sociais, em vez da glória de Deus, a vida <strong>do</strong> homem deve<br />
ter um novo centro de orientação. To<strong>do</strong>s os outros interesses devem<br />
ser secundários e estar subjuga<strong>do</strong>s ao governo de Deus. A<br />
questão relaciona-se fundamentalmente com a vontade <strong>do</strong> homem<br />
e com os objetivos aos quais escolhe servir.<br />
Conheço jovens que pareciam prometer ser grandes cristãos e<br />
foram possuí<strong>do</strong>s por forte ambição pessoal. Estabeleceu-se uma<br />
luta entre as exigências de Deus e a ambição, e a escolha foi feita.<br />
Quan<strong>do</strong> a escolha é pelo avanço pessoal em vez de pelo <strong>Reino</strong> de<br />
Deus, o amor pelas coisas de Deus murchou.<br />
O apóstolo Paulo ilustra belamente a atitude correta <strong>do</strong> discípulo<br />
de Jesus em relação às bênçãos materiais. Paulo fora resgata<strong>do</strong><br />
“<strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio das trevas e [...] transport[a<strong>do</strong>] para o <strong>Reino</strong> <strong>do</strong><br />
seu Filho ama<strong>do</strong>” (Cl 1.13). Paulo vivia para o <strong>Reino</strong> de Deus, que<br />
não é “comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito<br />
Santo” (Rm 14.17). Como Paulo vivenciou a vida <strong>do</strong> <strong>Reino</strong> de<br />
Deus, ele adquiriu um novo conceito da posição e importância das<br />
posses. “Aprendi a adaptar-me a toda e qualquer circunstância. Sei<br />
o que é passar necessidade e sei o que é ter fartura. Aprendi o segre<strong>do</strong><br />
de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimenta<strong>do</strong>,<br />
seja com fome, ten<strong>do</strong> muito, ou passan<strong>do</strong> necessidade. “Tu<strong>do</strong><br />
posso naquele que me fortalece” (Fp 4.11-13). Paulo foi inicia<strong>do</strong><br />
no segre<strong>do</strong> <strong>do</strong> contentamento, pois sua felicidade e sua segurança<br />
não dependiam das coisas exteriores. Se ele passava necessidade, não<br />
sentia que Deus o aban<strong>do</strong>nara. Se ele tinha abundância, não se pren