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O Evangelho do Reino

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formaram o conceito <strong>do</strong> progresso inevitável em algo intolerável c<br />

irrealista.<br />

Outra visão interpreta a história como uma série de ciclos, como<br />

grande espiral. Há movimento tanto para cima como para baixo. A<br />

espiral tem pontos altos e baixos. Mas cada subida é um pouco<br />

mais alta que a última, e cada descida é menos baixa que a anterior.<br />

Mesmo que tenhamos nossos “altos e baixos”, o movimento da<br />

espiral, como um to<strong>do</strong>, é para cima. Essa é uma modificação da<br />

<strong>do</strong>utrina de progresso.<br />

Outras interpretações são totalmente pessimistas. Alguém sugeriu<br />

que o gráfico mais exato <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> da história é o rastro deixa<strong>do</strong><br />

por uma mosca bêbada, cambalean<strong>do</strong> de um la<strong>do</strong> ao outro de uma<br />

folha de papel branco. As pegadas não levam a parte alguma nem<br />

refletem alguma configuração que faça senti<strong>do</strong>. Ru<strong>do</strong>lf Bultmann,<br />

um <strong>do</strong>s maiores estudiosos contemporâneos <strong>do</strong> Novo Testamento,<br />

escreveu: “Hoje não podemos afirmar que conhecemos o fim e<br />

o objetivo da história. Portanto, a questão <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> da história<br />

não faz senti<strong>do</strong>” (History andEschatology [História e escatologia\, p.<br />

120).<br />

Muitas das melhores mentes de nossa geração lutam com esse<br />

problema. O determinismo econômico <strong>do</strong> sistema marxista fundamenta-se<br />

em uma filosofia da história de base materialista; mas é<br />

uma filosofia da história e promete um destino a seus segui<strong>do</strong>res.<br />

Spengler acreditava que o progresso era impossível e que a história<br />

estava fadada a um declínio inevitável e à degeneração; Toynbee,<br />

outro pensa<strong>do</strong>r, produziu um estu<strong>do</strong> volumoso em que tenta encontrar<br />

padrões e ciclos de senti<strong>do</strong> na história das civilizações.<br />

Por sua vez, estudiosos como Niebuhr, Rust, e Piper escrevem<br />

estu<strong>do</strong>s eruditos que buscam a pista <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> da história na verdade<br />

bíblica da revelação. Esse, na verdade, é um problema profun<strong>do</strong>,<br />

e não desejamos deixar de la<strong>do</strong> as complexidades da matéria<br />

com um aceno da mão. No entanto, é convicção deste autor que<br />

devemos encontrar o senti<strong>do</strong> final da história na ação de Deus na<br />

história, conforme registra<strong>do</strong> e interpreta<strong>do</strong> na Escritura inspirada.<br />

Aqui, a fé cristã precisa se pronunciar. Se não há nenhum Deus, o

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