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edição de 11 de fevereiro de 2019

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evento i<strong>de</strong>ial. Em alguns casos<br />

é o Geração Glamour o mais indicado,<br />

que é um evento bem<br />

mais jovem. Nos dois primeiros<br />

anos ele não <strong>de</strong>u lucro nenhum.<br />

No terceiro ano ele teve uma receita<br />

melhor. No quarto ano, estouramos<br />

e agora ele se mantém<br />

estável porque a Glamour é uma<br />

revista que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito do<br />

mercado <strong>de</strong> beleza e o segmento<br />

sofreu uma série <strong>de</strong> transformações.<br />

Mas a expertise é a mesma,<br />

só que o Geração Glamour<br />

é para um público mais jovem,<br />

envolvido com causas. E muitas<br />

marcas fecham logo o combo,<br />

patrocinando mais <strong>de</strong> um evento<br />

da casa. O Boticário foi assim, e<br />

a Diageo entrou também para o<br />

Men of The Year, da GQ.<br />

Fora os eventos, quais outras formas<br />

<strong>de</strong> receitas têm dado mais certo?<br />

As marcas que a gente trabalha<br />

sabem da nossa entrega e confiam<br />

na nossa produção. Elas querem<br />

que a gente comunique e resolva<br />

seus <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> comunicação.<br />

Agora estamos com uma série <strong>de</strong><br />

ví<strong>de</strong>os da Arezzo no Instagram da<br />

Vogue. O <strong>de</strong>safio era muito simples.<br />

Convencer a mulher que tênis<br />

não é feito apenas para ir para<br />

a aca<strong>de</strong>mia ou usar no fim <strong>de</strong> semana.<br />

Aí o pessoal aqui quebrou<br />

a cabeça para mostrar para nosso<br />

público oportunida<strong>de</strong>s diferentes<br />

para o calçado. Criamos um editorial<br />

<strong>de</strong> moda com esse conceito<br />

em um formato específico para<br />

Instagram. Somos autorida<strong>de</strong><br />

para falar com essa audiência.<br />

Algo que muitas marcas sozinhas<br />

não têm. Quando fazemos esse<br />

tipo <strong>de</strong> bran<strong>de</strong>d content a gente<br />

veicula nas nossas re<strong>de</strong>s, mas a<br />

marca também compartilha nas<br />

re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>la.<br />

Como tem sido o <strong>de</strong>sempenho dos<br />

títulos da editora em novos formatos<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong>?<br />

A mídia display no digital e<br />

anúncios no impresso caíram,<br />

mas temos uma recuperação<br />

graças aos novos formatos. A<br />

gente cresceu em bran<strong>de</strong>d content<br />

40% em número <strong>de</strong> páginas<br />

no impresso, em relação a 2017,<br />

sem contar os feitos no digital. A<br />

“O que as<br />

marcas<br />

<strong>de</strong>ixaram<br />

<strong>de</strong> fazer em<br />

anúnciO, a<br />

gente cresce<br />

em bran<strong>de</strong>d<br />

cOntent”<br />

Alê Oliveira<br />

gente fechou com 351 páginas <strong>de</strong><br />

bran<strong>de</strong>d content em 2018, isso<br />

representa crescimento <strong>de</strong> 37%<br />

em relação a 2017. Fizemos 126<br />

eventos para clientes, fora nossos<br />

eventos proprietários. Esses<br />

projetos para terceiros já representam<br />

9% do total da receita<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> e tiveram crescimento<br />

<strong>de</strong> 42% em relação a 2017.<br />

As revistas da Globo Condé Nast<br />

conseguem se manter no print<br />

muito por causa disso. O que as<br />

marcas tradicionais <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong><br />

fazer em anúncio, a gente cresce<br />

em bran<strong>de</strong>d content.<br />

E quanto às assinaturas? Essa é uma<br />

questão que o mercado como um<br />

todo tem repensado, certo?<br />

Nossos números estão estáveis.<br />

O que tem caído e a gente<br />

fica preocupado é a venda em<br />

banca. Até porque o sistema <strong>de</strong><br />

bancas está se transformando.<br />

A gente tinha dois pilares muito<br />

fortes <strong>de</strong> vendas: nos mercados<br />

e livrarias. E as livrarias colapsaram.<br />

A gente não conseguiu frear<br />

a queda em banca ou convertê-la<br />

em assinatura. Até agora isso não<br />

cresceu. A venda em banca vem<br />

caindo ano a ano. Claro que chega<br />

um momento que ela fica estável.<br />

E é por isso também que essa receita<br />

<strong>de</strong>ve ser inclusa nos projetos<br />

novos. Mas a queda é um <strong>de</strong>safio.<br />

O que tem sido feito nesse sentido?<br />

Nós, junto com Infoglobo e Editora<br />

Globo, começamos a aproveitar<br />

o sucesso que temos na audiência<br />

no digital para tentar criar<br />

maneiras <strong>de</strong> paywall. Não necessariamente<br />

para cobrar ali na hora,<br />

mas conduzi-lo a uma assinatura<br />

e aí incluir um combo maior <strong>de</strong><br />

serviços. É pegar esse fã da marca<br />

e ir além da revista, oferecer consultoria<br />

com os stylists da Vogue<br />

e Glamour, convites para os nossos<br />

eventos. É o antigo clube do<br />

assinante, mas a i<strong>de</strong>ia não é dar<br />

<strong>de</strong>scontos em loja, mas fazê-lo se<br />

“O que tem<br />

caídO e a<br />

gente fica<br />

preOcupadO<br />

é a venda<br />

em banca”<br />

sentir parte da Vogue. Esse clube<br />

só funciona com alguém que é fã<br />

da marca. A Condé Nast já está<br />

fazendo lá fora e a gente está estudando<br />

alguns mo<strong>de</strong>los para o<br />

Brasil. Mas não temos a ilusão <strong>de</strong><br />

voltar aos patamares que a gente<br />

tinha no passado.<br />

jornal propmark - <strong>11</strong> <strong>de</strong> <strong>fevereiro</strong> <strong>de</strong> <strong>2019</strong> 21

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