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Culture&Territories#3

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Neighbourhood & City<br />

Qualquer dos dois fóruns, constituíram processos de aprendizagem coletiva, embora<br />

com atores sociais diferenciados, objetivos distintos e resultados próprios.<br />

No primeiro dominavam os especialistas que exploraram essencialmente formas de<br />

melhorar o processo de intervenção e as formas de atuação; no segundo dominaram<br />

maioritariamente os atores locais - o palco era deles - preocupados em negociar<br />

e acordar soluções, enquanto neste contexto os especialistas (agora mais<br />

restringidos apenas à equipa do GAT) coordenaram o processo e registaram<br />

as observações para reflexão posterior. Estes registos eram integrados no estudo<br />

e re-discutidos com os atores locais. Ambos os fóruns construíram a capacitação,<br />

mais corretamente o empowerment dos que nele participaram contribuindo para<br />

formação de identidades de grupo e sentido de comunidade, muito relevante para<br />

gerar espírito construtivo e criativo aos vários níveis.<br />

O PROCESSO PARTICIPATIVO LOCAL E O BAIRRO<br />

A estruturação processual do envolvimento e participação mais específica dos<br />

atores-chave locais envolveu três componentes: (1) GPL definido pelo próprio<br />

programa e descrito acima; (2) Workshops com a população do bairro, sendo dois<br />

com os residentes em geral e um com os jovens; (3) desenvolvimento de contactos<br />

e entrevistas a entidades e indivíduos a trabalharem no bairro.<br />

(1) Grupo de Parceiros Locais<br />

Cada uma destas componentes teve o seu papel na construção da intervenção sócio -<br />

-territorial para o bairro, bem como funções próprias. Quando do arranque do<br />

programa e como especificado no programa e descrito mais adiante, o GPL constituía<br />

um painel investido de poder de decisão onde estavam representadas as<br />

associações locais, mas também os representantes da administração central e local<br />

a operar no bairro e uma série de outras identidades que desenvolviam trabalho no<br />

mesmo. O processo participativo que se estabeleceu para trabalhar com este painel<br />

recorreu a metodologias colaborativas, através de uma facilitação profissional<br />

assegurando que era dada a todos os representados na mesa o mesmo poder de<br />

intervenção, através de regras sistemáticas e contínuas que foram mais tarde<br />

interiorizadas pelos próprios envolvidos. A governância, na verdadeira aceção da<br />

palavra, é concretizada através deste painel, onde aos atores chave dominantes, no<br />

que se refere ao bairro, nomeadamente a Câmara Municipal e as Associações Locais,<br />

é atribuído um poder de intervenção transversal essencial à equidade na intervenção,<br />

assim assegurando a <strong>amp</strong>lificação dos menos ouvidos no processo, requisito<br />

essencial destes novos formatos decisórios. É o funcionamento deste painel de<br />

decisão que assegura um debate aberto e transparente ao longo do processo e<br />

decisões construídas coletivamente quanto ao diagnóstico participado, à construção<br />

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7<br />

SWOT – Strenghs, Weaknesses, OpportunitiesandThreats (FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças), é uma ferramenta<br />

de análise utilizada em planeamento estratégico.

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