Culture&Territories#3

Neighbourhood & City
Fig. 1: Vista aérea do Bairro de Alvalade. Fonte: foto da autora
A PRODUÇÃO ARQUITETÓNICA PÓS-CONGRESSO
Com características únicas no conjunto de bairros da cidade, “Alvalade” viria a
acolher conjuntos habitacionais projetados com vocabulários distintos associados à
evolução urbanística e arquitetónica ‘pré’ e ‘pós’ Congresso (Figuras 1 a 7). Estes
conjuntos rompem com a continuidade da massa edificada e são inseridos de modo
parcelar no tecido urbano do bairro. Apoiam-se na tipologia arquitetónica do “bloco”
isolado. As Fig. 2 a 7 apresentam os conjuntos urbanos do Bairro de Alvalade que
põem em prática os postulados do Congresso, e onde sobressaem o Conjunto
Habitacional Dom Rodrigo da Cunha (1948) de Joaquim Ferreira, o Bairro das Estacas
(1949) de Formozinho Sanchez e Rui Athoughia, os Blocos no Cruzamento das
Avenidas EUA e Roma (1954) de Filipe Figueiredo e Jorge Segurado, o Conjunto
Habitacional situado a Norte da Avenida dos Estados Unidos da América (1955) de Pedro
Cid, Vasconcelos Esteves e Manuel Laginha, o Conjunto Habitacional situado a Sul da
Avenida dos Estados Unidos da América (1955) de Croft de Moura (Fig. 8), Henrique
Albino e Craveiro Lopes, o Conjunto Habitacional da Avenida do Brasil (1958) de
José Segurado. O edifício repete-se segundo uma implantação perpendicular relativamente
aos eixos viários. São marcados pela homogeneidade de vocabulário, cujas
características vieram responder às questões de desenho das novas soluções
defendidas há algum tempo e reforçadas no Congresso de 1948.
O percurso de evolução é rico em soluções e integra desde o Conjunto Habitacional
Dom Rodrigo da Cunha compostos por vinte edifícios de habitação coletiva de
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