Culture&Territories#3

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a partir de exemplos concretos e relacionados com dois bairros de Lisboa. A
finalizar esta parte do livro, Filipa Lourenço discute a relação entre espaço
público e interação social a partir de uma perspetiva que, assente na solidariedade
entre culturas, visa uma nova cidadania, onde as sociedades de acolhimento desempenhariam
um papel fulcral na inclusão do “outro” culturalmente diferente. Para
a autora, o espaço público é uma referência para a construção desta nova cidadania.
Os editores estão imensamente agradecidos a todos autores que contribuíram para
este livro! Um livro atento àqueles que têm interesse no desenvolvimento urbano
em seu sentido amplo e, em particular, que estejam empenhados em melhor
conhecer a afetação positiva da influência digital e da sua omnipresença nas esferas
social e urbana, considerando sempre que o planeamento é fundamental
para alcançar o desenvolvimento urbano sustentável. Partilha-se a ideia de que a
influência do digital não deve ser espontânea e exclusivamente impulsionada pela
tecnologia, já que é necessário garantir algum tipo de agenciamento que viabilize
a transição para ambientes mais inclusivos, saudáveis e habitáveis. O digital pode
contribuir para questionar ideias pré-concebidas e criar novas conceitos acerca
da cidade contemporânea, onde a relação digital-real é uma componente tangível do
fenômeno social. Uma relação que coloca novas dimensões e outras lógicas de
responsabilidades individual e coletiva. Deste modo, o apelo em vincular o “digital”
à responsabilidade de criar um ambiente urbano vocacionado para as pessoas,
assumindo, em concordância com o compromisso defendido no Projeto CyberParks,
que os avanços tecnológicos devem contribuir para um ambiente mais ecológico
e sensível às pessoas.