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Culture&Territories#3

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Neighbourhood & City<br />

A RELAÇÃO ENTRE OS ESPAÇOS PÚBLICOS ABERTOS E AS TECNOLOGIAS<br />

DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)<br />

A par do desenvolvimento mais recente das nossas cidades, assistiu-se a um<br />

fenómeno de nascimento de ferramentas digitais móveis. Um exemplo é a existência<br />

de telemóveis, que além de permitir estabelecer comunicações telefónicas, foram<br />

ganhando outras funcionalidades, como por exemplo, a possibilidade utilização<br />

de internet e a criação de diversas aplicações móveis. São inúmeros os exemplos<br />

destas aplicações que, embora relativamente recentes, já praticamente fazem parte<br />

do nosso quotidiano. O envio de um simples e-mail, a pesquisa por um restaurante,<br />

a possibilidade de partilhar algo numa rede social tornou-se banal para a maioria das<br />

pessoas.<br />

Adicionalmente, verificou-se a instalação de ferramentas digitais nos espaços<br />

públicos existentes, sendo disso exemplo a colocação de aparelhos de transmissão<br />

de internet, de equipamentos informativos em formato digital, entre outros. As<br />

tecnologias neste momento fazem parte integrante do espaço público das nossas<br />

cidades. Através deste fenómeno esta relação tem vindo a sofrer diferentes mutações,<br />

permitindo que a sua ligação seja cada vez mais forte, com benefícios para os<br />

espaços públicos e das TIC, não sem esquecendo o terceiro elemento, e o mais<br />

importante, o que permite que estas consigam evoluir, que são as pessoas. Por<br />

exemplo, se um espaço público não possuir as caraterísticas adequadas às<br />

necessidades das pessoas, a sua utilização poderá ser diminuta, tendo como consequência<br />

um esvaziamento das suas funções enquanto espaço de interação/convívio.<br />

Por outro lado, uma ferramenta digital que não vá ao encontro das necessidades<br />

dos seus utilizadores, rapidamente deixará de fazer sentido, o que levará ao seu<br />

insucesso. Quer-se com isto concluir que a existência desta relação profícua entre<br />

o espaço público aberto e as tecnologias de informação e comunicação só é<br />

possível com o contributo das pessoas.<br />

A existência destas ferramentas digitais permitiu encontrar uma nova forma de<br />

recolha de informação, que possa servir de suporte aos responsáveis pelos espaços<br />

públicos, possibilitando a compreensão das necessidades das comunidades e<br />

promoção das mudanças que vão ao encontro das suas necessidades, e com isto<br />

a possibilidade de criar espaços públicos mais inclusivos. Em alguns casos, essas<br />

necessidades são novas, já que apoiadas pelos também novos modos de vida. O papel<br />

dos decisores é considerar este entendimento sobre essas novas necessidades<br />

e contribuir para a criação de espaços públicos mais atraentes. O uso das TIC no<br />

planeamento dos espaços abertos públicos deve ser visto como: suporte ao estudo<br />

e desenvolvimento técnico (produção) e como ferramenta a ser utilizada pela<br />

comunidade, a fim de melhorar a participação pública nas propostas de planeamento<br />

e na promoção e intercâmbio de conhecimentos (Smaniotto et al., 2015). Entre<br />

as ferramentas existentes, algumas estão mais consolidadas, como por exemplo,<br />

os equipamentos de geolocalização e que permitem verificar como determinada<br />

pessoa e/ou grupo de pessoas percorre um determinado espaço. São já alguns os<br />

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