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CONSENSO SOBRE CONTRACEÇÃO 2020

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Introdução | A<br />

Nos capítulos presentes na edição de 2011:<br />

• CE: foi incluída informação sobre a contraceção de emergência com o acetato de ulipristal.<br />

• Nos métodos de contraceção naturais: a classificação foi modificada e foi incluída informação referente ao “Método dos Dois<br />

Dias” e foi excluído o espermicida uma vez que não está disponível em Portugal.<br />

• Foi modificada a forma de apresentação do capítulo de contraceção com progestativo.<br />

• O capítulo contraceção após interrupção voluntária da gravidez passou a denominar-se Contraceção após aborto, incluindo recomendações<br />

para o uso de contraceção após o aborto de 1.º e 2.º trimestre, espontâneo ou no âmbito do artigo 142, do Código Penal.<br />

• Foi excluído no capítulo de Contraceção definitiva a oclusão tubar por via histeroscópica uma vez que em Portugal este método<br />

foi retirado de comercialização.<br />

A.3 ACONSELHAMENTO, EFICÁCIA E EFETIVIDADE CONTRACETIVA<br />

O aconselhamento é fundamental para garantir a efetividade de um contracetivo (Quadro 1) 7,9 . As utentes devem ser informadas<br />

corretamente e de forma clara sobre os métodos de contraceção disponíveis, promovendo o profissional de saúde condições para<br />

uma opção individual e livre considerando a situação ou condição médica, as necessidades e as expectativas.<br />

Os profissionais de saúde que trabalham na área da saúde sexual e reprodutiva devem estar atualizados e informar sistematicamente<br />

sobre: uso correto, eficácia, possíveis efeitos adversos, riscos, benefícios não contracetivos, atitude a tomar em caso falha de<br />

utilização ou utilização simultânea de outros medicamentos. Deve ser incluída no aconselhamento informação sobre contraceção<br />

de emergência reforçando-se a sua segurança, acessibilidade e conduta posterior.<br />

QUADRO 1<br />

Percentagem de mulheres que tem uma gravidez não planeada durante o primeiro ano de uso de um método de contraceção (uso corrente e<br />

uso correto) e percentagem que mantem o método ao fim de um ano de utilização (adaptado de Trussell) 8. .<br />

MÉTODO<br />

CONTRACETIVO<br />

% DE MULHERES QUE TEM UMA GRAVIDEZ NÃO PLANEADA<br />

NO PERÍODO DE 1 ANO, DE USO DO MÉTODO<br />

% DE MULHERES QUE MANTÉM<br />

O MÉTODO AO FIM DE 1 ANO (3)<br />

Uso corrente (1) Uso correto (2)<br />

Sem método 85 85 NA<br />

Métodos naturais<br />

Dias Standard<br />

Dois Dias<br />

Calendário<br />

Sintotérmico<br />

24<br />

Coito interrompido 22 4 46<br />

Preservativo<br />

Feminino<br />

Masculino<br />

21<br />

18<br />

CHC oral e PO 9 0,3 67<br />

CHC vaginal (Nuvaring©) 9 0,3 67<br />

CHC transdérmica (Evra©) 9 0,3 67<br />

PO injetável (Depo-Provera©) 6 0,2 56<br />

Implante (Implanon©) 0,05 0,05 84<br />

Contraceção intrauterina<br />

DIU cobre<br />

SIU LNG (Mirena©)<br />

Esterilização feminina<br />

Esterilização masculina<br />

0,8<br />

0,2<br />

0,5<br />

0,15<br />

5<br />

4<br />

3<br />

0,4<br />

5<br />

2<br />

0,6<br />

0,2<br />

0,5<br />

0,10<br />

47<br />

41<br />

43<br />

78<br />

80<br />

100<br />

100<br />

(1) % de gravidez não planeada entre os casais que iniciam o método (não necessariamente pela primeira vez), que usam o método de forma não consistente e continuadamente.<br />

(2) % de gravidez não planeada entre os casais que iniciam o método (não necessariamente pela primeira vez), que o usam corretamente (consistentemente e continuadamente)<br />

durante o primeiro ano de utilização.<br />

(3) Entre os casais que desejam evitar a gravidez, a % que mantém o uso do método iniciado ao fim de um ano.<br />

10

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