PAGINAÇÃO 205
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PÁGINA ABERTA
tão importante da economia local,
com destaque para as políticas do
Sector de tutela, visando a protecção
da biomassa. Aqui convém sublinhar
que complementarmente priorizamos
a definição da cadeia produtiva
da pesca artesanal e o reforço da
capacidade de fiscalização da nossa
costa.
Quanto a agricultura, tem dado sinais
bastante positivos. Para o anoagrícola
2020/2021, a Província tem
preparado para a sementeira cerca de
22.500 hectares de terras agrícolas.
Temos ideias claras em relação
a adopção de uma política de gestão
dasterras que permita dar a terra a
quem a quer cultivar, respeitando
alegislação, pagando impostos e criando
valor. Temos condições para
sermos autossuficientes nas mais
variadas culturas em muito pouco
tempo.
O Namibe é dos maiores produtores
de tomate no País, e está em
curso um Projecto de privatização
para colocar em funcionamento a fábrica
de transformação de tomate instalada
na Província.
“
Temos ideias claras
em relação a adopção de uma
política de gestão das terras
que permita dar a terra a
quem a quer cultivar, respeitando
alegislação, pagando
impostos e criando valor. Temos
condições para sermos
autossuficientes nas mais
variadas culturas em muito
pouco tempo
“
Relativamente ao Turismo, o Namibe
tem tudo. Tem o Mar, o deserto,
a terra, a biodiversidade e a cultura.
Mas entendemos que o potencialturístico
depende do homem para o seu
desenvolvimento, por isso, estamos
a fazer o Planeamento bem definido
das zonas turísticas, para desenvolver
infraestruturas adequadas a cada
tipo de turismo.
Defendemos a criação de modelo
que passa pela criação de sociedades
de desenvolvimento que possam
transformar essas zonas em verdadeiros
destinos turísticos e de exportação
de serviços.
A Biosiversidade deve o ponto
alto do turismo de angola. Um turismo
amigo do ambiente, que seja
baseado na protecção das espécies,
da fauna, da floresta, um turismo
azul, um turismo que exalte o nosso
botânico. Um turismo assente no desenvolvimento
sustentável da nossa
região.
Consideramos essas componentes
como cruciais para o desenvolvimento
do turismo na província. Sem nos
esquecer dos incentivos fiscais para
a atração de investidores, e já estamos
a trabalhar internamente numa
estratégia que crie a marca Namibe.
Queremos e podemos cria uma zona
franca na região sul de Angola.
F&N - Qual é o segredo da empatia
entre o governador Provincial e
os habitantes da província?
AM - Quando cheguei ao Namibe a
primeira acção foi ouvir as pessoas.
F&N - há rumores de que teria
sido castigado pelo pr baixando de
ministro influente para governador
de província e que o cenário da nomeação
seria apenas para gerir o
empreendimento japonês do porto
de moçâmedes.
AM - São rumores…Aceitei de bom
agrado e sem hesitar, o convite que o
Presidente da República me fez para
governar o Namibe. Vim ao Namibe
para continuar a servir o meu país, com
vontade de fazer acontecer.
F&N - O que falta para transformar
a província para o crescimento
e desenvolvimento?
AM - Falta implementar na sua plenitude
a Visão de Desenvolvimento do
Namibe.
F&N - Quais são as tarefas planificadas
para a sustentabilidade do
Namibe?
AM - *Pensamos que essas duas
questões ficam diluídas na resposta da
visão de desenvolvimento apresentada
na primeira questão*
F&N - Tem saudades da governação
ministerial?
AM - A função de Ministro ficou para
história. Tenho saudades das equipas
de jovens que formei e que hoje estão a
exercer cargos e responsabilidades não
só nas Finanças, mas em vários domínios
da gestão pública e privada do País.
Para mim, é um grande orgulho.
Figuras&Negócios - Nº 205 - OUTUBRO 2020 13