27.11.2020 Views

PAGINAÇÃO 205

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ÁFRICA

do respectivo nome na lista de candidatos

às presidenciais.

Em meados de Setembro, a CA-

DHP instou, de novo, a justiça marfinense

a levantar as medidas contra

Guillaume Soro, sem que estas tenham

sido executadas. A CADHP pediu

“a anulação imediata de todos os

obstáculos que impedem Guillaume

Soro de usufruir os direitos de eleger

e ser eleito”.

No momento da missão conjunta

da CEDEAO, UA e ONU treze (13) dos

dezanove (19) companheiros de Guillaume

Soro foram postos em liberdade.

Embora o representante especial

da ONU tenha sido citado pela

imprensa como tendo qualificado o

facto de “bom gesto”, tal não parece

ser indicativo de que o poder político

tenha intenção de dar passos para

permitir a participação de Soro nas

presidenciais.

Na corrida às eleições, Soro conta

com o apoio do chamado movimento

“Gerações e povos solidários” (GPS),

o qual o indicou, em Abidjan, na sua

ausência, pois está exilado em França.

O ex-chefe de estado, Laurent

Gbagbo, tem apoio da plataforma

EDS (Congregação para a Democracia

e Soberania, dirigida por Armand

Ouegnin).

tos às presidenciais apenas quatro

(4) foram admitidos à corrida eleitoral.

A classe política e a sociedade

civil ivoirienses invocam exclusão

premeditada dos adversários de Ouattara.

Entre os quatro aceites, além

do próprio Ouattara, consta o antigo

presidente da república Henri Konan

Bédié, Pascal Affi N´Guessan, ex-primeiro-ministro

(de Gbagbo), e o deputado

Kouadio Konan Bertin. Entre

os rejeitados pelo Conselho Constitucional

figura o ex-chefe de estado

Laurent Gbagbo e o antigo chefe rebelde

e ex-presidente do parlamento

Guillaume Soro.Referências como

Mamadou Koulibaly, Marcel Amon

Tanoh, Albert Toikeusse Mabri estão,

também, alistados como candidatos

afastados das presidenciais.

O caso de Guillaume Soro tem a

ver com uma decisão da corte ivoiriense

que o acusou e condenou em

2019 e é alvo de um mandato de captura.

Pesam sobre ele 20 anos de prisão

(condenado à revelia) por desvio

de fundos públicos. Os apoiantes de

Soro entendem ser infundada a condenação

do seu guia, a 28 de Abril, e

eivada de motivações políticas.

Além da condenação de Guillaume

Soro, à revelia, outros companheiros

seus, num total de 19, haviam

sido condenados e presos no país.

Guillaume Soro recorreu à Corte

Africana dos Direitos Humanos e dos

Povos (CADHP), procurando obter

o recuo da decisão das autoridades

marfinenses. Esta instância continental

solicitou a anulaçãoda pena

de Guillerme Soro e a reintrodução

70 Figuras&Negócios - Nº 205 - OUTUBRO 2020

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!