PAGINAÇÃO 205
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ÁFRICA
do respectivo nome na lista de candidatos
às presidenciais.
Em meados de Setembro, a CA-
DHP instou, de novo, a justiça marfinense
a levantar as medidas contra
Guillaume Soro, sem que estas tenham
sido executadas. A CADHP pediu
“a anulação imediata de todos os
obstáculos que impedem Guillaume
Soro de usufruir os direitos de eleger
e ser eleito”.
No momento da missão conjunta
da CEDEAO, UA e ONU treze (13) dos
dezanove (19) companheiros de Guillaume
Soro foram postos em liberdade.
Embora o representante especial
da ONU tenha sido citado pela
imprensa como tendo qualificado o
facto de “bom gesto”, tal não parece
ser indicativo de que o poder político
tenha intenção de dar passos para
permitir a participação de Soro nas
presidenciais.
Na corrida às eleições, Soro conta
com o apoio do chamado movimento
“Gerações e povos solidários” (GPS),
o qual o indicou, em Abidjan, na sua
ausência, pois está exilado em França.
O ex-chefe de estado, Laurent
Gbagbo, tem apoio da plataforma
EDS (Congregação para a Democracia
e Soberania, dirigida por Armand
Ouegnin).
tos às presidenciais apenas quatro
(4) foram admitidos à corrida eleitoral.
A classe política e a sociedade
civil ivoirienses invocam exclusão
premeditada dos adversários de Ouattara.
Entre os quatro aceites, além
do próprio Ouattara, consta o antigo
presidente da república Henri Konan
Bédié, Pascal Affi N´Guessan, ex-primeiro-ministro
(de Gbagbo), e o deputado
Kouadio Konan Bertin. Entre
os rejeitados pelo Conselho Constitucional
figura o ex-chefe de estado
Laurent Gbagbo e o antigo chefe rebelde
e ex-presidente do parlamento
Guillaume Soro.Referências como
Mamadou Koulibaly, Marcel Amon
Tanoh, Albert Toikeusse Mabri estão,
também, alistados como candidatos
afastados das presidenciais.
O caso de Guillaume Soro tem a
ver com uma decisão da corte ivoiriense
que o acusou e condenou em
2019 e é alvo de um mandato de captura.
Pesam sobre ele 20 anos de prisão
(condenado à revelia) por desvio
de fundos públicos. Os apoiantes de
Soro entendem ser infundada a condenação
do seu guia, a 28 de Abril, e
eivada de motivações políticas.
Além da condenação de Guillaume
Soro, à revelia, outros companheiros
seus, num total de 19, haviam
sido condenados e presos no país.
Guillaume Soro recorreu à Corte
Africana dos Direitos Humanos e dos
Povos (CADHP), procurando obter
o recuo da decisão das autoridades
marfinenses. Esta instância continental
solicitou a anulaçãoda pena
de Guillerme Soro e a reintrodução
70 Figuras&Negócios - Nº 205 - OUTUBRO 2020