PAGINAÇÃO 205
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ÁFRICA
COSTA DO MARFIM
CRISE PÓS-ELEITORAL À VISTA
Texto Manuel Muanza / Fotos DR
Contestado, Alassane Ouattara
resiste à pressão interna
e alinha para um terceiro
mandato. Rejeitadas as respectivas
candidaturas, líderes da
oposição batem-se pelo adiamento
do sufrágio previsto para 30 de
Outubro. A ala da Frente Patriótica
Ivoiriense (FPI) liderada por Pascal
Affi N´Guessan pugna pela anulação
pura e simples dos preparativos e
de todo o processo eleitoral. Gui-
llaume Soro, ex-presidente do parlamento,
propõe estratégias para a
mobilização contra as intenções de
Alassane Ouattara, apelando à “unidade
de acção”.Mas, uma frente anti-
-Alassane Ouattara ainda está longe
de desenhar-se, pois alguns partidos,
a exemplo de PDCI, de Henri Konan
Bedié, absteve-se a produzir uma posição
pública sobre o assunto. O FPI
escusa-se de abordar a questão de
uma aliança nacional. Em comunicado
conjunto, a organização regional
(CEDEAO), a União Africana e a ONU
concluíram haver falta de confiança
entre os actores políticos no país.
Eleito em 2010 em sufrágio tido
como livre, transparente e inclusivo,
o chefe de estado cessante da Costa
do Marfim, Alassane Ouattara, recusa-se
a desistir dum terceiro mandato
contestado.
Ouattara rejeita a ideia de um
adiamento das eleições previstas
para 31 de Outubro e diz-se, publicamente,
disposto a enfrentar o que
vier e acontecer, segundo noticiou a
rádio RFI.
Guillaume Soro, ex-presidente do
parlamento, solicitou os préstimos
da organização regional (CEDEAO),
da União Africana e da ONU com a intenção
de obter garantias para “eleições
democráticas e transparentes”.
68 Figuras&Negócios - Nº 205 - OUTUBRO 2020