Reportagem Gestão Preparar a empresa para o futuro Os proprietários que não se encontrem em posição de investir fortemente nos principais recursos da empresa, nos seus funcionários e no equipamento, vão ser radicalmente ultrapassa<strong>dos</strong> e qualquer tipo de recuperação será praticamente impossível margem de manobra para cobrar um preço justo o suficiente para que possa reinvestir no negócio. Um técnico novo pode ser muito dispendioso mas se tiver empatia com os clientes vale cada cêntimo. Em caso de dúvida relativamente à sua empresa, comece por analisar a experiência de cliente. O aspeto exterior, a sala de exposição, a primeira conversa com um funcionário. A imagem que os funcionários transmitem aos clientes, a forma como os funcionários conduzem os veículos. Cada uma destas situações é um potencial ponto de pressão para o cliente, proporcionando- -lhe uma desculpa para questionar se o preço será demasiado elevado ou se será altura de escolher outro local. No mundo atual, o preço base para serviços automóveis e relaciona<strong>dos</strong> com pneus é elevado. GERIR FUNCIONÁRIOS PODE SER UMA PARTE COMPLICADA DO NEGÓCIO Um escorpião pede a um sapo que o ajude a atravessar um rio. O sapo hesita, com receio de ser picado, mas o escorpião argumenta que se o fizesse, ambos morreriam afoga<strong>dos</strong>. Tendo isto em consideração, o sapo concorda, mas a meio da travessia o escorpião pica efetivamente o sapo, condenando ambos. Quando o sapo pergunta ao escorpião porquê, o escorpião responde “estava na minha natureza fazê-lo.” Esta perspetiva retratada pela fábula, de que não é possível mudar certas naturezas ainda é comum na generalidade das pessoas. A mensagem é que o escorpião é fundamentalmente violento e não vai mudar. Está na sua natureza. É o seu comportamento. No que toca a funcionários, o seu comportamento é construído ao longo do tempo, é um processo subconsciente e repetido que dá origem a uma rotina. Com o passar do tempo, torna-se extraordinariamente difícil eliminar essa rotina e começar de novo. Não é impossível, mas é altamente improvável. Por vezes, poderá ocorrer um período de “lua de mel” no qual é encontrado um breve intervalo de paz, mas eventualmente na maioria das circunstâncias sem fatores motivacionais relevantes, o escorpião volta a picar. Este é um mau funcionário? Bem, esta é a pergunta errada. Envolve preconceito e não nos ajuda a encontrar a melhor solução para o funcionário e para a empresa. Temos de nos afastar e observar o panorama geral. Quando entrevista num novo funcionário para entrar na empresa e coloca perguntas apenas relacionadas com a montagem e reparação de pneus, para conhecer as suas competências técnicas, erra ao não explorar os hábitos, os comportamentos e a atitude do funcionário nos locais de trabalho anteriores. O novo funcionário revela competências adequadas para fazer o trabalho e é contratado, portanto tem valor (não queremos despedir a pessoa), mas a sua atitude e sistema de convicções sobre o trabalho não estão alinha<strong>dos</strong> com os da empresa (queremos despedir a pessoa). Diariamente, à medida que tentamos melhorar a empresa, deparamos com os maus comportamentos do funcionário, e isso está a deixá-lo desesperado. A empresa está agora numa posição muito difícil. Não é fácil encontrar talento, e se for despedido o funcionário vai deixar um vazio, e ficará trabalho por fazer o que resultará em perdas financeiras. Se o funcionário ficar acabará por infetar bons funcionários com maus hábitos e convicções, levando outros bons funcionários à demissão para procurarem melhores ambientes de trabalho. Os bons funcionários vão sempre demitir-se e procurar melhor, os maus ficam sempre, receando a perda de salário. Obviamente isto resulta também em perdas financeiras, mas no futuro, pelo que a empresa vai adiando o problema para mais tarde para não lidar com ele agora. Que ações devem ser tomadas se acreditarmos que vale a pena investir o tempo, o esforço e a energia necessários para salvar o mau funcionário? Geralmente, a equação de valor conclui que se tratou de uma má contratação e que a separação é a melhor decisão financeira tanto para o funcionário como para o empregador. O empregador deve procurar melhorar o processo de entrevista, que deve ser baseada na análise do comportamento e o funcionário deve refletir sobre como os seus hábitos e atitudes o estão a prejudicar financeiramente. Na maioria <strong>dos</strong> casos, sempre que um proprietário finalmente ganhou coragem para expulsar um mau funcionário, diz, “Já o devia ter feito há muito tempo.” E to<strong>dos</strong> os funcionários concordam. u 74 | <strong>Revista</strong> <strong>dos</strong> <strong>Pneus</strong> | Junho 2021
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