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Seguiu-se um prolongado silêncio. Percebi que estava dando a meu filho os mesmos
conselhos que meus pais tinham me dado. O mundo havia mudado, mas os conselhos
continuavam os mesmos. Boa formação e notas altas não são mais suficientes para garantir o
sucesso e ninguém parece ter se dado conta, a não ser nossos filhos.
— Mãe — continuou ele —, não quero trabalhar tanto como você e o papai. Vocês
ganham muito dinheiro, moramos numa casa grande e temos muitos brinquedos. Se seguir
seu conselho vou acabar como vocês, trabalhando demais só para pagar mais impostos e me
endividar. Não há mais segurança no emprego; já sei tudo a respeito de downsizing e de
rightsizing.[2] Também sei que o pessoal que se forma na universidade não está ganhando
tanto quanto antigamente. Sei que não posso depender da Seguridade Social ou dos fundos de
pensão da empresa para aposentar-me. Preciso de novas respostas.
Ele estava certo. Ele precisava de novas respostas e eu também. O conselho de meus pais
pode ter funcionado para as pessoas que nasceram antes de 1945, mas pode ser um desastre
para os que nasceram em um mundo em rápida transformação. Não basta dizer para meus
filhos “Vá para a escola, tire boas notas e procure um emprego tranquilo e seguro”.
Eu sabia que tinha que procurar novas formas de orientar a educação de meus filhos.
Como mãe e contadora, preocupava-me com a falta de instrução financeira nas escolas
que nossos filhos frequentam. Muitos dos jovens de hoje têm cartão de crédito antes de
concluir o segundo grau e, todavia, nunca tiveram aulas sobre dinheiro e a maneira de investilo,
para não falar da compreensão do impacto dos juros compostos sobre os cartões de
crédito. Simplesmente, são analfabetos financeiros e, sem o conhecimento de como o
dinheiro funciona, eles não estão preparados para enfrentar o mundo que os espera, um
mundo que dá mais ênfase à despesa do que à poupança.
Quando meu filho mais velho ficou totalmente endividado no cartão de crédito, no
primeiro ano da faculdade, eu o ajudei a rasgar os cartões e comecei a procurar um
programa que me ajudasse a educar meus filhos em termos de questões financeiras.
No ano passado, meu marido ligou do escritório: “Encontrei alguém que pode ajudar
você”, disse ele. “Seu nome é Robert Kiyosaki. Ele é empresário e investidor e está aqui para
patentear um produto educacional. Penso que é o que você estava procurando.”
Justamente o que eu estava procurando
Meu marido, Mike, ficou tão impressionado com CASHFLOW, o novo produto
educacional que Robert Kiyosaki estava desenvolvendo, que conseguiu que nós
participássemos de um teste do protótipo. Como se tratava de um produto educacional,
perguntei também a minha filha de 19 anos, caloura na universidade local, se ela gostaria de
participar do teste e ela concordou.
Cerca de quinze pessoas, divididas em três grupos, participaram do teste. Mike estava
certo. Era esse o produto educacional que eu estava procurando. Parecia um tabuleiro
coloridíssimo de Banco Imobiliário, contudo havia duas pistas: uma interna e outra externa. O
objetivo do jogo era sair da pista interna, que Robert chamava de “Corrida dos Ratos”,[3] e
alcançar a pista externa, ou “Pista de Alta Velocidade”.[4] Como dizia Robert, a Pista de Alta
Velocidade simula o jogo dos ricos na vida real.
Então Robert descreveu para nós a “Corrida dos Ratos”:
“Se você observar a vida das pessoas de instrução média, trabalhadoras, você verá uma
trajetória semelhante. A criança nasce e vai para a escola. Os pais se orgulham porque o filho
se destaca, tira notas boas ou altas e consegue entrar na universidade. O filho se forma, talvez