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Pai Rico, Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki (2)

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obterei de meus investidores. É por isso que não gosto de gente do governo. Eles têm objetivos

diferentes daqueles da maioria dos homens de negócios. À medida que o governo cresce,

mais e mais dólares, saídos dos impostos, serão necessários para sustentá-lo.”

Meu pai instruído acreditava sinceramente que o governo deveria ajudar as pessoas.

Gostava de John F. Kennedy e, especialmente, da ideia do Corpo da Paz. Gostava tanto dessa

ideia que ele e mamãe trabalharam para o Corpo da Paz treinando voluntários para a Malásia,

Tailândia e Filipinas. Ele sempre lutava por doações adicionais e aumentos no orçamento de

modo que pudesse contratar mais gente, tanto no seu cargo no Departamento de Educação

quanto no Corpo da Paz. Essa era sua função.

Desde meus 10 anos, ouvia meu pai rico dizer que os funcionários do governo eram um

bando de ladrões preguiçosos, e meu pai pobre falava que os ricos eram bandidos gananciosos

que deveriam ser obrigados a pagar mais impostos. Ambos os lados tinham argumentos

válidos. Era difícil trabalhar para um dos maiores capitalistas da cidade e chegar à casa onde

o pai era um destacado líder do governo. Não era fácil saber em quem acreditar.

Contudo, quando você estuda a história dos impostos, aparece uma perspectiva

interessante. Como já disse, a aprovação dos impostos só foi possível porque as massas

acreditavam na teoria Robin Hood da economia, que era tirar dos ricos para distribuir aos

demais. O problema é que o apetite do governo por dinheiro era tão grande que logo os

impostos precisaram ser lançados sobre a classe média e daí “ir descendo”.

Os ricos, por outro lado, viram nisso uma oportunidade. Eles não jogam pelas mesmas

regras. Como já disse, os ricos já sabiam sobre as sociedades anônimas que se tornaram

populares na época das navegações. Os ricos criaram a sociedade anônima como veículo

para limitar o risco dos ativos a cada viagem. Os ricos colocavam seu dinheiro em uma

sociedade anônima para financiar a viagem. A sociedade anônima, então, contratava uma

tripulação para ir ao Novo Mundo em busca de tesouros. Se a embarcação se perdesse, a

tripulação perdia a vida, mas a perda para os ricos se limitava apenas ao dinheiro investido

em cada viagem. O diagrama que se segue mostra como a estrutura da sociedade anônima

fica fora de sua demonstração pessoal de renda e de seu balanço.

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