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Pai Rico, Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki (2)

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gerentes de banco e contadores inteligentes que tiveram ótimas notas quando estudantes terão

problemas financeiros durante toda a sua vida. Nossa impressionante dívida nacional se deve

em boa medida a políticos e funcionários públicos muito instruídos que tomam decisões

financeiras com pouco ou nenhum treinamento na área do dinheiro.

Muitas vezes penso no novo milênio e imagino o que acontecerá quando houver milhões

de pessoas precisando de assistência financeira e médica. Eles se tornarão dependentes do

apoio financeiro de suas famílias ou do governo. O que acontecerá quando o Medicare e a

Seguridade Social ficarem sem dinheiro? Como uma nação sobreviverá se ensinar sobre

dinheiro continuar sendo tarefa dos pais — cuja maioria será ou já é pobre?

Como tive dois pais a me influenciar, aprendi com ambos. Tive que refletir sobre os

conselhos de cada um deles e ao fazê-lo percebi o poder e o impacto dos nossos pensamentos

sobre nossa própria vida. Por exemplo, um pai costumava falar “Não dá para comprar isso”.

O outro proibia o uso dessas palavras. Insistia em que eu falasse: “O que posso fazer para

comprar isso?” Num caso temos uma afirmação, no outro uma pergunta. Um deixa você sem

alternativa, o outro obriga você a refletir. Meu pai-que-logo-ficaria-rico explicava que ao

falar automaticamente “Não dá para comprar isso” seu cérebro para de trabalhar. Ao

perguntar “O que posso fazer para comprar isso?”, você mantém seu cérebro trabalhando.

Ele não estava dizendo que comprasse tudo o que desejasse. Ele incentivava fanaticamente

que exercitasse minha mente, o computador mais poderoso do mundo. “Meu cérebro fica

mais forte a cada dia porque eu o exercito. Quanto mais forte fica, mais dinheiro ganho.” Ele

acreditava que repetir mecanicamente “Não dá para comprar isso” era um sinal de preguiça

mental.

Embora ambos os pais trabalhassem com afinco, observei que um deles tinha o hábito de

pôr seu cérebro a dormir quando o assunto era dinheiro e o outro tinha o costume de exercitar

seu cérebro. O resultado era que, ao longo do tempo, um dos pais ficava mais forte

financeiramente, e o outro enfraquecia. Isso não é muito diferente do que ocorre quando uma

pessoa faz exercícios físicos regulares enquanto a outra senta no sofá e fica assistindo à

televisão. O exercício físico adequado aumenta suas chances de ter boa saúde, e o exercício

mental adequado aumenta suas chances de ficar rico. A preguiça reduz tanto a saúde quanto a

riqueza.

Meus dois pais tinham atitudes mentais diferentes. Um acreditava que os ricos deviam

pagar mais impostos para atender os menos afortunados. O outro dizia: “Os impostos punem

os que produzem e recompensam os que não produzem.”

Um dos pais recomendava: “Estude arduamente para poder trabalhar em uma boa

empresa.” O outro falava: “Estude arduamente para poder comprar uma boa empresa.”

Um dos pais dizia: “Não sou rico porque tenho filhos.” O outro: “Tenho que ser rico por

causa de vocês, meus filhos.”

Um incentivava as conversas sobre dinheiro e negócios na hora do jantar. O outro proibia

que se falasse do assunto durante as refeições.

Um dizia: “Em questões de dinheiro seja cuidadoso, não se arrisque.” O

outro: “Aprenda a administrar o risco.”

Um recomendava: “Nossa casa é nosso maior investimento e nosso maior patrimônio.” O

outro: “Minha casa é uma dívida e se sua casa for seu maior investimento, você terá

problemas.”

Ambos os pais pagavam suas contas no prazo, mas um deles pagava suas contas em

primeiro lugar enquanto o outro as deixava para a última hora.

Um deles acreditava que a empresa ou o governo deveria cuidar de você e de suas

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