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Pai Rico, Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki (2)

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minha vida.

Não foi antes de eu chegar aos 20 e poucos anos que o conselho de meu pai rico começou

a fazer sentido. Tinha saído da Marinha e estava trabalhando na Xerox. Ganhava muito bem,

mas cada vez que olhava para o contracheque me sentia desapontado. As deduções eram tão

grandes e, quanto mais eu trabalhava, maiores elas eram. Na medida em que eu era bemsucedido,

meus chefes falavam de promoções e aumentos. Era lisonjeador, mas podia ouvir

pai rico sussurrando em meu ouvido: “Para quem você está trabalhando? Quem você está

enriquecendo?”

Em 1974, ainda estava na Xerox, criei minha primeira sociedade anônima e comecei a

“cuidar de meu negócio”. Já havia alguns ativos em minha coluna de ativos, mas agora estava

determinado a focar um mercado maior. Esses contracheques cheios de deduções

justificavam todos os conselhos que pai rico me dera ao longo dos anos. Via o futuro que me

aguardava se seguisse o conselho de meu pai instruído.

Muitos empregadores temem aconselhar seus empregados a cuidar de seus próprios

negócios. Estou certo de que isso pode valer para certas pessoas. Mas em meu caso, a atenção

dada aos meus negócios, ao aumento de ativos, tornou-me um empregado melhor. Agora eu

tinha um objetivo. Chegava cedo e trabalhava diligentemente, juntando todo o dinheiro

possível para poder começar a adquirir imóveis. O Havaí estava começando a crescer, e

havia fortunas a serem feitas. Quanto mais eu percebia os estágios iniciais da expansão, mais

máquinas Xerox eu vendia. Quantas mais vendia, mais dinheiro ganhava e, naturalmente,

mais deduções apareciam em meu contracheque. Era inspirador. Estava tão ansioso para

fugir da armadilha que eu trabalhava mais, e não menos. Por volta de 1978, costumava

ocupar um dos primeiros cinco lugares entre os vendedores, às vezes o primeiro. Estava louco

para sair da Corrida dos Ratos.

Em menos de três anos eu estava faturando mais em minha pequena empresa, uma

companhia imobiliária, do que na Xerox. E o dinheiro que ganhava na minha coluna de ativos,

minha companhia imobiliária, era dinheiro que trabalhava para mim. Não era eu batendo em

portas para vender copiadoras. O conselho de meu pai rico fazia mais sentido. Logo o fluxo de

caixa de minhas propriedades permitiu que minha empresa comprasse meu primeiro

Porsche. Meus colegas vendedores da Xerox pensavam que eu estava gastando minhas

comissões. Não estava. Estava gastando minhas comissões em ativos.

Meu dinheiro estava trabalhando arduamente para ganhar mais dinheiro. Cada dólar de

minha coluna de ativos era um grande empregado dando duro para fazer mais empregados e

comprando para o chefe um novo Porsche a ser deduzido da renda tributável. Comecei a

trabalhar mais para a Xerox. O plano estava funcionando e meu Porsche era a prova.

Ao aplicar as lições de meu pai rico, eu, tão jovem, podia sair da “proverbial Corrida dos

Ratos” de ser empregado. E isso foi possível dados os sólidos conhecimentos financeiros

adquiridos com estas lições. Sem esses conhecimentos, que chamo de QI financeiro, meu

caminho para a independência financeira teria sido muito mais difícil. Agora divido com

outros, por meio de seminários, tudo que aprendi. Sempre que faço minhas palestras, lembro

aos ouvintes que o QI financeiro se compõe de quatro grandes áreas.

Contabilidade: É o que chamo de alfabetização financeira. Uma habilidade vital se você

quer construir um império. Quanto mais dinheiro estiver sob sua responsabilidade, mais

acuidade é exigida ou a casa desmorona. É o lado esquerdo do cérebro, ou os detalhes. A

alfabetização financeira é a capacidade de ler e entender demonstrações financeiras. Isso lhe

permite identificar os pontos fortes e fracos de qualquer negócio.

Investimento: O que eu chamo de ciência do dinheiro que faz dinheiro. Isso envolve

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