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Pai Rico, Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki (2)

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necessidades. Estava sempre preocupado com aumentos salariais, planos de aposentadoria,

benefícios médicos, licenças de saúde, férias e outros benefícios. Ele ficava impressionado

com dois de seus tios que foram para o exército e se aposentaram com vários benefícios após

vinte anos de serviço ativo. Ele adorava a ideia de assistência médica e serviços de reembolso

de alimentos que os militares ofereciam a seus aposentados. Ele também se empolgava com

as cátedras vitalícias do sistema universitário. A ideia de estabilidade no emprego e benefícios

trabalhistas lhe parecia às vezes mais importante do que o próprio emprego. Dizia

frequentemente: “Trabalhei muito para o governo, mereço essas mordomias.”

O outro pai acreditava na total autossuficiência financeira. Ele sempre se manifestava

contra a mentalidade dos “direitos” e falava que isso estava criando pessoas fracas e

financeiramente necessitadas. Ele dava muita ênfase à competência financeira.

Um dos pais lutava para poupar alguns poucos dólares. O outro simplesmente criava

investimentos.

Um pai me ensinou a escrever um currículo impressionante para que eu pudesse

encontrar um bom emprego. O outro me ensinou a fazer sólidos planos financeiros e de

negócios de modo que eu pudesse criar empregos.

Ter dois pais fortes me proporcionou o luxo de observar o impacto de diferentes formas

de pensar sobre a própria vida. Observei que as pessoas moldam suas vidas por meio de seus

pensamentos.

Por exemplo, meu pai pobre sempre me dizia: “Nunca vou ficar rico.” E isso acabou

acontecendo. Meu pai rico, por outro lado, sempre se referia a si próprio como sendo rico. Ele

dizia coisas como: “Sou um homem rico e pessoas ricas não fazem isto.” Mesmo que

estivesse totalmente quebrado após um revés financeiro, ele continuava a se considerar um

homem rico. Ele se justificava dizendo: “Há uma diferença entre ser pobre e estar quebrado.

Estar quebrado é algo temporário, ser pobre é algo eterno.”

Meu pai pobre dizia: “Não ligo para dinheiro” ou “O dinheiro não é importante.” Meu pai

rico sempre dizia: “Dinheiro é poder.”

O poder de nossos pensamentos nunca poderá ser medido ou avaliado, mas desde jovem

se tornou óbvio para mim a tomada de consciência de meus pensamentos e da forma como

me expressava. Observei que meu pai pobre não era pobre por causa do dinheiro que

ganhava, que era bastante, mas por causa de seus pensamentos e ações. Quando garoto, tendo

dois pais, me tornei consciente de que deveria ser cuidadoso com os pensamentos que

decidisse adotar como meus. A quem ouviria — a meu pai rico ou a meu pai pobre?

Embora ambos tivessem um enorme respeito pela educação e pelo aprendizado, eles

discordavam quanto ao que era importante aprender. Um queria que eu estudasse

arduamente, me formasse e conseguisse um bom emprego para trabalhar pelo dinheiro. Ele

queria que eu estudasse para me tornar um profissional, um advogado ou um contador, ou que

fosse para uma faculdade de administração para obter um MBA. O outro me incentivava a

estudar para ficar rico, para entender como funciona o dinheiro e para aprender como fazêlo

trabalhar para mim. “Não trabalho por dinheiro”, costumava repetir uma e outra vez. “O

dinheiro trabalha para mim.”

Com 9 anos resolvi ouvir e aprender com meu pai rico tudo sobre dinheiro. Optei por não

dar ouvidos a meu pai pobre, mesmo que fosse ele quem possuísse todos os títulos

universitários.

Uma lição de Robert Frost

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