Jornal das Oficinas 207

SALÃO
EXPOMECÂNICA 23
funções comerciais e administrativas e Judite Leal é
responsável pelo design gráfico. Mais perto do evento,
a estrutura cresce, com recurso a vários outros
parceiros, que o diretor-geral faz questão de distinguir
do conceito de fornecedores: “são muito mais
do que fornecedores que nos prestam um serviço e
mandam uma fatura. É uma relação de proximidade,
que nos garante que podemos contar com eles e,
se alguma coisa corre menos bem, trabalham pela
noite dentro se for preciso”. Dada a consolidação
da feira e crescente procura registada, o responsável
assume que “não está a ser fácil gerir o afluxo
de expositores, pois a feira ganhou uma dimensão
extraordinária. Dá muito trabalho, são muitas horas
extra, muitos sábados e domingos, mas quando
nos divertimos e gostamos do que fazemos, parece
que fica tudo mais fácil, apesar destas infindáveis
horas!”, conta-nos, precisamente a um sábado.
Ano após ano, a ideia continua a ser fazer a diferença,
todavia, a organização não abdica daquele
que tem sido um dos pontos fortes do evento, a
formação. “Continuamos firmes na aposta da formação,
nesse sentido, para além das expoTalks, as
demonstrações Demotec by Cepra e o programa
Eina Training, por conta do aumento da procura,
tivemos de criar o espaço Academia expoMECÂ-
NICA. Depois, temos o que habitualmente se faz:
a convenção da ANECRA, a exposição de clássicos
e de miniaturas, a presença da ACAP e da ARAN,
que também fortalecem a nossa feira com as suas
iniciativas de palestras”, afirma José Manuel Costa.
Juntar a oferta e a procura
Com o mercado a atravessar um momento alto, de
forte crescimento e dinâmica, o organizador recorda
que, a feira, apesar de ter crescido tanto, “começou
num momento muito particular. Nós lançámos oficialmente
a feira e, 15 dias depois, rebentou a guerra
na Ucrânia, o que isso deixou um grande ponto de
interrogação no ar. Mas eu tenho que tirar o chapéu
à coragem dos empresários, porque a grande maioria
acreditou. É preciso lembrar que só crescemos
porque entrou muita gente nova. Estamos com 15%
de empresas novas numa altura destas, com guerra
e inflação”, nota o diretor-geral.
Apesar do que se chegou a pensar inicialmente, que
a pandemia e todas as soluções digitais viriam para
substituir os eventos físicos, o nosso interlocutor é de
opinião contrária e dá o exemplo da edição de 2021,
em que a “feira estava cheia e as pessoas andavam aos
abraços pelo salão, porque havia uma necessidade urgente
de abraçar e de ver pessoas, saber do negócio,
da família, dos amigos. A feira é um lugar de encontro
e de reencontro. Não fomos nós que inventámos as
feiras! As feiras vêm da Idade Média e eram preparadas
com muitas semanas ou meses de antecedência,
MGM_meia_baixo_2021_JO.pdf MGM_meia_baixo_2021.pdf 1 125/06/2021 22/06/202116:58
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