Jornal das Oficinas 207

Colaboração CESVIMAP
www.cesvimap.com
OFICINAS DE REPINTURA
COMO REDUZIR
O CONSUMO ENERGÉTICO
O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DE EQUIPAMENTOS E PRODUTOS, OFERECEM A POSSIBILIDADE
DE IMPLEMENTAR MEDIDAS QUE PERMITEM REDUZIR, DE FORMA SIGNIFICATIVA, O CONSUMO ENERGÉTICO
DA OFICINA DE PINTURA. CONSEGUE-SE ASSIM UMA MELHORIA DA PRODUÇÃO E DA RENTABILIDADE.
PARA ISSO, É IMPRESCINDÍVEL O ENVOLVIMENTO DE TODA A EQUIPA DA OFICINA DE PINTURA
O
aumento dos preços do gás e
da eletricidade está a fazer
com que a oficina de repintura
preste especial atenção (tal
como o fazem as pessoas) à contratualização
e à eficiência energética.
É o proprietário ou o gerente quem
dispõe de capacidade para analisar,
gerir e implementar certas melhorias
organizacionais, tais como o aproveitamento
de energias renováveis, o
controlo e regulação do consumo e a
manutenção e conservação das instalações
e dos equipamentos.
E também, de os trocar por outros
de maior eficiência energética. Além
disso, torna-se necessário rever alguns
dos processos e dos produtos
utilizados até agora. Na zona de
pintura existem vários pontos onde
se concentra um maior consumo de
energia e cada um deles apresenta
várias possibilidades de poupança,
como veremos em seguida.
Poupar nos processos
de trabalho
O processo de trabalho na repintura
automóvel é uma sucessão de operações
que são realizadas para repor
todas as camadas de tinta, seguindo
um método pré-estabelecido pela
marca de tinta. A aplicação “húmido
sobre húmido”, a secagem “ao ar”, a
secagem com luz ultravioleta ou a
aplicação e lixamento de massas leves
são alguns dos processos de poupança
para certos trabalhos que se
realizam na oficina.
Produtos para
a poupança energética
Em todos os processos de trabalho
descritos, são utilizados produtos específicos
que mantêm a qualidade do
processo e, em grande medida, a sua
rentabilidade, com base na poupança
de produto e de tempo no seu ciclo
de secagem.
l A proteção contra a corrosão requer
um primário, geralmente, fosfatante
2K. Existe uma alternativa a este
produto (requer uma pistola aerográfica
para a sua aplicação), que utiliza
primário 1K em spray ou panos
impregnados com produto anticorrosivo.
Conferem resistência às peças
metálicas e proporcionam aderência
entre o suporte e a camada de tinta
seguinte. A poupança deste produto
reside na sua rápida aplicação e excecional
eficiência de secagem ao ar.
l As massas leves substituem boa
parte do talco e do gesso por microesferas
de plástico. Proporcionam
um bom poder de preenchimento,
reduzindo consideravelmente o peso
específico do produto, mas acima
de tudo, permitem um lixamento
mais fácil e mais rápido. Fazem-no
ao combinar grãos de lixa menos
agressivos e mais eficientes, com a
consequente redução dos tempos de
lixamento. Além disso, quase todas
as massas de poliéster secam à temperatura
ambiente, em 20 a 25 minutos,
o que implica uma redução da
energia.
l As recentes gamas de aparelhos incluem
novas resinas que permitem
obter ótimos resultados. Reduzem os
tempos de aplicação, de evaporação
entre demãos e, acima de tudo, os de
secagem. A grande diversidade destes
aparelhos face aos convencionais,
resulta, principalmente, das diferentes
possibilidades de secagem.
l Secagem “ao ar” num curto período
de tempo (25 minutos - 60 minutos),
tendo em conta o número de demãos
aplicadas, a humidade e a temperatura
ambiente, o endurecedor e o
diluente selecionado, entre outros
fatores.
ALGUNS FABRICANTES DE TINTAS DISPONIBILIZAM ADITIVOS DE SECAGEM
AO AR PARA OTIMIZAR OS PROCESSOS DE SECAGEM DO APARELHO
E DO VERNIZ EM APLICAÇÕES SOBRE PEÇAS METÁLICAS E PLÁSTICAS
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