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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL- <strong>1994</strong><br />

CLIMA<br />

l - 55<br />

anuais são inferiores a 24ºC. e ao longo do<br />

baixo e médio Amazonas as médias<br />

ultrapassam os 26°C. Nos meses mais<br />

quentes (setembro-outubro), não são<br />

registradas máximas diárias altas, em<br />

função da intensa nebulosidade e do<br />

excesso de umidade, exceto entre o<br />

médio Amazonas e o sudeste do Pará,<br />

onde já foram registradas máximas de<br />

40°C. Nos meses mais frios (junho a<br />

agosto), em virtude da penetração do<br />

Anticiclone Polar, de trajetória continental,<br />

e da frente polar dele resultante, é comum<br />

a ocorrência de queda de temperatura de<br />

grande significado regional, conhecido<br />

como fenômeno da "friagem", quando<br />

mínimas diárias de até 8ºC já foram<br />

registradas no setor SO da região.<br />

Distribuição da Pluviosidade<br />

Com relação à pluviosidade, não há<br />

uma homogeneidade espacial como<br />

acontece com a temperatura. Na foz do<br />

rio Amazonas, no litoral do Pará e no setor<br />

ocidental da região, o total pluviométrico<br />

anual excede a 3 000 mm, onde são mais<br />

freqüentes as chuvas de O da mEc e de N<br />

da CIT. Na direção NO-SE, de Roraima a<br />

leste do Pará, encontra-se o corredor<br />

menos chuvoso, com total pluviométrico<br />

anual de l 500 a l 700 mm; esta área não<br />

está sujeita à ação das chuvas dos<br />

sistemas de O e de N.<br />

O período chuvoso ocorre nos meses de<br />

verão-outono, com exceção de Roraima e<br />

norte do Amazonas, onde o máximo<br />

pluviométrico se dá no inverno e o mínimo<br />

no verão (ligado ao regime do Hemisfério<br />

Norte).<br />

A duração do período seco é de um a<br />

três meses, na maioria da região, com<br />

exceção da área centro-ocidental e em<br />

torno de Belém, onde não existe sequer um<br />

mês seco, e a leste de Roraima, onde o<br />

período seco se estende de quatro a cinco<br />

. meses.<br />

Caracterização Climática<br />

da Região Nordeste<br />

A Região Nordeste, caracterizada por<br />

um relevo de planícies e tabuleiros<br />

litorâneos em topografia, geralmente<br />

inferiores a 500 m, e superfícies interiores<br />

acima de 800 m (Planalto da Borborema) e<br />

às vezes l 200 m (Chapada Diamantina),<br />

aliado aos diferentes sistemas de<br />

circulação, torna sua caracterização<br />

climática um pouco complexa com<br />

relação à pluviosidade.<br />

Os sistemas de circulação que vão<br />

influenciar na região são quatro:<br />

l) Sistema de Correntes Perturbadas de<br />

Sul é mais freqüente durante o período de<br />

outono/inverno, ocasião em que as frentes<br />

alcançam o litoral de Pernambuco (altura<br />

de Recife). Na primavera-verão, raramente<br />

as frentes atingem o NE e, quando isso<br />

ocorre, o máximo que elas alcançam é o<br />

sul da Bahia.<br />

2) Sistema de Correntes Perturbadas do<br />

Norte, representado pela CIT, cuja<br />

atuação é mais importante durante o<br />

verão e principalmente no outono. ocasião<br />

em que alcança seu posicionamento mais<br />

meridional, atingindo até as latitudes de 9º<br />

a 10° SuL<br />

3) Sistema de Correntes Perturbadas de<br />

Leste, que provocam chuvas mais ou<br />

menos abundantes, diminuindo em<br />

direção a oeste, raramente alcançando as<br />

escarpas da Borborema e da Diamantina,<br />

sendo mais freqüentes no inverno.<br />

4) Sistema de Correntes Perturbadas de<br />

Oeste. trazidas pelas linhas de Instabilidade<br />

Tropical (IT), freqüentemente penetram<br />

sobre a Bahia e Piauí.<br />

Domínio da Temperatura<br />

Em relação ao regime térmico, suas<br />

temperaturas são elevadas, com média<br />

anual variando entre 20º e 28ºC. No litoral<br />

oriental e nas áreas situadas acima de<br />

200 m, a temperatura é mais baixa, de 24º<br />

a 26ºC. Nas áreas mais elevadas da<br />

Diamantina e da Borborema as médias<br />

anuais são inferiores a 20ºC. Nos meses de<br />

verão são registradas máximas em torno<br />

de 40°C, no sul do Maranhão e Piauí. Os<br />

meses de inverno (junho-julho) são menos<br />

quentes, com mínimas entre 12º e lóºC no<br />

litoral e poucas vezes elas atingem l OºC no<br />

Maciço da Borborema e l ºC na Chapada<br />

Diamantina, após a passagem da frente<br />

polar. Porém, essa temperatura não dura<br />

mais de dois dias.<br />

Distribuição da Pluviosidade<br />

A pluviosidade da região é muito<br />

complexa, tanto em relação ao seu curto<br />

período de ocorrência (três meses,<br />

podendo diminuir ou mesmo não existir),<br />

quanto ao seu total anual, que pode variar<br />

de 300 a 2 000 mm.<br />

Com relação ao período de ocorrência,<br />

ao longo do litoral oriental e na encosta do<br />

Planalto do Rio Grande do Norte à Bahia, o<br />

máximo acontece no outono-inverno e o<br />

mínimo na primavera-verão. É uma<br />

característica do regime das regiões de<br />

clima mediterrâneo. Dos paralelos 5°S<br />

(Maranhão) a 9ºS (Pernambuco) ao litoral<br />

setentrional, o máximo acontece no<br />

outono e o mínimo na primavera. Este<br />

regime se assemelha ao Tropical da Zona<br />

Equatorial. No interior, ao sul dos referidos<br />

paralelos, o máximo é no verão, em<br />

função das correntes de oeste, e o mínimo<br />

no inverno, quando a corrente está<br />

enfraquecida, ficando a região sob a<br />

influência dos ventos de NE a E do<br />

Anticiclone do Atlântico Sul.<br />

O total anual tende a diminuir da<br />

periferia para o interior, em conseqüência<br />

da orientação das correntes perturbadas<br />

que diminui a freqüência para o interior do<br />

sertão. A oeste a região é abrangida pelas<br />

chuvas das correntes de O, com índices<br />

em torno de l 500 mm. O leste da região<br />

(litoral oriental) está mais sujeito às chuvas<br />

frontais de sul. Aí os índices são sempre<br />

superiores a l 250 mm, havendo locais que<br />

podem chegar a-alcançar 2 000 mm<br />

anuais ou até mais. Ao contrário, no sertão<br />

os totais anuais são inferiores a l 000 mm e,<br />

por vezes, inferiores a 750 mm, caindo para<br />

menos de 500 mm no Ra~o da Catarina

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