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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL- <strong>1994</strong><br />

VEGETAÇÃO E RECURSOS FLORÍSTICOS<br />

l - 109<br />

costa atlântica, desde o sul de Natal, no<br />

Rio Grande do Norte, até o Espírito Santo,<br />

então em "bolsões" contidos entre o litoral<br />

e as serras pré-cambrianas marginais ao<br />

oceano, ampliando a sua área de<br />

ocorrência sobre as encostas das mesmas<br />

até Osório, no Rio Grande do Sul. Os solos<br />

são de baixa fertilidade, ora álicos ou<br />

distróficos.<br />

É constituída por grandes árvores nos<br />

terraços aluviais e nos tabuleiros terciários e<br />

árvores de porte médio nas encostas<br />

marítimas. As duas áreas deste tipo de<br />

vegetação apresentam gêneros típicos<br />

que as caracterizam muito bem: na<br />

Amazônia, os gêneros Hevea, Bertholetia e<br />

Dinizia; na encosta atlântica, até o rio<br />

Doce, os gêneros Parkia, Manilkara e<br />

Attalea; daí até Osório, os gêneros Ocotea,<br />

Euterpe e Talauma. Neste tipo florestal é<br />

comum a presença de trepadeiras<br />

lenhosas, palmeiras e epífitas em<br />

abundância.<br />

Região da Floresta Ombrófila<br />

Aberta (Faciações da Floresta<br />

Ombrófila Densa)<br />

Este tipo de vegetação, situado entre a<br />

Amazônia e o espaço extra-amazônico, foi<br />

conhecido até recentemente como "área<br />

de transição". A fisionomia florestal é<br />

composta de árvores mais espaçadas,<br />

com estrato arbustivo pouco denso e<br />

caracterizada ora pelas fanerófitas<br />

rosuladas, ora pelas lianas lenhosas. Esta<br />

Região Fitoecológica ocorre com quatro<br />

tipos florísticos que alteram a fisionomia<br />

ecológica da Floresta Ombrófila Densa,<br />

imprimindo-lhe claros. advindo daí o nome<br />

adotado: floresta-de-palmeiras (cocal),<br />

onde a Orbignya phalerata (babaçu) e a<br />

Maximiliano regia (inajá) são as Palmae<br />

mais importantes; a floresta-de-bambu<br />

(bambuzal), dominada pelos gêneros<br />

Bambusa, subgênero Chusquea; a<br />

floresta-de-cipó (cipoal), assim<br />

denominada em função da enorme<br />

quantidade de lianas que envolv~ as suas<br />

poucas e espaçadas árvores; e a<br />

floresta-de-sororoca (sororocal),<br />

caracterizada pelos agrupamentos da<br />

Musaceae Phenakospermum guyanense<br />

(soro roca).<br />

Região da Floresta Ombrófila<br />

Mista (Floresta de Araucária)<br />

Este tipo de vegetação, também<br />

conhecido como "mata-de-araucária" ou<br />

"pinheiral", é exclusivo do Planalto<br />

Meridional Brasileiro, apresentando<br />

contudo disjunções (áreas isoladas) nas<br />

partes elevadas das Serras do Mar e da<br />

Mantiqueira. Na sua composição florística<br />

se destacam os gêneros Araucaria,<br />

Podocarpus, Drymis e Ocotea, entre outros.<br />

Região da Floresta Estacionai<br />

Semidecidual (Floresta Tropical<br />

Subcaducifólia)<br />

Este tipo de vegetação está<br />

condicionado à dupla estacionalidade<br />

climática, uma tropical com época de<br />

intensas chuvas de verão, seguida por<br />

estiagem acentuada, e outra subtropical,<br />

sem período seco, mas com seca<br />

fisiológica provocada pelo intenso frio do<br />

inverno. Estes climas determinam uma<br />

estacionalidade foliar dos elementos<br />

arbóreos dominantes, os quais têm<br />

adaptação ora à deficiência hídrica, ora à<br />

queda da temperatura nos meses frios. A<br />

percentagem das árvores caducifólias. no<br />

conjunto florestal e não das espécies que<br />

perdem as folhas individualmente, situa-se<br />

entre 20% e 50% na época desfavorável.<br />

Nesta região florestal predominam os<br />

gêneros Tabebuia, Cariniana,<br />

Parapiptadenia, Lecythis, Astronium,<br />

Peltophorum e Copaifera.<br />

Região da Floresta Estacionai<br />

Decidual (Floresta Tropical<br />

Caducifólia)<br />

Este tipo de vegetação. caracterizado<br />

por duas estações climáticas bem<br />

demarcadas, uma chuvosa, seguida de<br />

longo período biologicamente seco,<br />

apresenta o estrato arbóreo<br />

predominantemente caducifólio, com mais<br />

de 50"/o dos indivíduos desprovidos de<br />

folhagem na época desfavorável. Ocorre<br />

no território brasileiro de modo disperso e<br />

descontínuo. Na sua composição florística<br />

se destacam os gêneros Apuleia,<br />

Tabebuia, Anadenanthera, Chorisia,<br />

Piptadenia, Cedre//a e Copaifera.<br />

Áreas das Formações Pioneiras<br />

com Influência Marinha e<br />

Fluviomarinha (Vegetação de<br />

Restinga, Manguezal e Campo<br />

Salino)<br />

As áreas com Influência Marinha<br />

(Restinga) constituem os cordões litorâneos<br />

e dunas que ocorrem ao longo de todo o<br />

litoral, formados pela constante deposição<br />

de areias por influência direta da ação do<br />

mar, onde são encontradas as fisionomias<br />

desde herbácea até a arbórea. Na<br />

restinga herbácea dominam os gêneros<br />

Remirea, Paspalum, Hydrocoty/e, /pomoea,<br />

Canava/ia, Spartina, além de outros de<br />

menor importância, e na restinga arbórea<br />

os gêneros Schinus, Lithraea, Erythroxylum,<br />

Myrcia, Eugenia, entre outros. Já as com<br />

Influência Fluviomarinha (Manguezal e<br />

Campo Salino) constituem os ambientes<br />

salobros da desembocadura dos cursos de<br />

água no mar, onde se desenvolve uma<br />

vegetação que pode apresentar<br />

fisionomia arbórea ou herbácea. Na<br />

fisionomia arbórea são comuns os gêneros<br />

Rhizophora, A vicennia e Laguncularia e, na<br />

herbácea, os gêneros Spartina e Salicornia.<br />

Área das Formações Pioneiras<br />

com Influência Fluvial ou<br />

Lacustre (Vegetação Aluvial)<br />

Trata-se das áreas de acumulação dos<br />

cursos de água. lagoas e assemelhados,<br />

que constituem os terrenos aluviais sujeitos<br />

ou não a inundações periódicas. A<br />

vegetação que se instala nestes ambientes<br />

varia de acordo com a intensidade e<br />

duração da inundação, apresentando

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