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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL- <strong>1994</strong><br />

RECURSOS HÍDRICOS<br />

l - 99<br />

complementação dos sistemas interligados<br />

nos períodos secos e nas horas de maior<br />

demanda.<br />

A capacidade de geração de energia<br />

hidrelétrica, segundo dados da<br />

ELETROBRÁS de 1990, é dÓ ordem de<br />

255 000 MW. Contudo, a potência nominal<br />

instalada no ano em referência é de<br />

apenas 58 650 MW. Há, assim, uma grande<br />

defasagem entre estes dois dados<br />

(Mapa 1.20).<br />

Ao se analisar a capacidade geradora<br />

de energia, em nível de bacia<br />

hidrográfica, fica evidente o contraste<br />

entre demanda, em função dos usos<br />

preponderantes industrial, residencial,<br />

comercial e público, e a real capacidade<br />

de oferta. Assim, obseNa-se que na Bacia<br />

do Rio Amazonas, com potencial de<br />

105 500 MW, apenas 0.4% está em<br />

operação/construção. Sabe-se que o<br />

quantitativo aí produzido está ainda<br />

aquém das necessidades regionais;<br />

todavia, a grande dispersão geográfica<br />

dos centros urbanos, principais núcleos de<br />

demanda. exige a construção de maior<br />

número de unidades geradoras. E mesmo<br />

essa produção de energia visa a atender<br />

necessidades extra-regionais. Por outro<br />

lado, a topografia plana dominante na<br />

região exige que sejam inundadas grandes<br />

áreas para a construção de reseNatórios,<br />

fato este que vem se contrapor às idéias<br />

de se preseNar a cobertura vegetal atual<br />

da Amazônia.<br />

Em função de a ocupação<br />

predominante do nosso território ser<br />

litorânea e concentrada principalmente no<br />

Sul e Sudeste, com demandas crescentes<br />

de energia, obseNa-se que as maiores<br />

instalações, mesmo localizadas<br />

extra-regionalmente, visam a atendê-las.<br />

Grandes potenciais a serem inventariados,<br />

a seu devido tempo, poderão vir a suprir,<br />

regionalmente, as demandas que se forem<br />

fazendo necessárias.<br />

As Bacias do São Francisco, do Atlântico<br />

Leste, do Atlântico Sudeste, do Uruguai e<br />

do Paraná são, no momento, as<br />

responsáveis pelo fornecimento de energia<br />

hidrelétrica ao trecho de maior<br />

concentração demográfica e industrial do<br />

País. Dentre elas destaca-se a do Paraná,<br />

não só em função do seu potencial como<br />

também devido ao maior percentual em<br />

operação/construção (61.7% de<br />

59 600 MW). Já a Bacia do Uruguai, com<br />

apenas 17 100 MW, possui 83.2% do seu<br />

potencial inventariado, o que permite<br />

afirmar que há possibilidade de<br />

crescimento dos valores atuais de<br />

operação/ construção.<br />

No conjunto brasileiro, as Bacias do<br />

Atlântico Norte/Nordeste, com apenas<br />

3 100 MW, se destacam por apresentar o<br />

maior potencial estimado em termos<br />

percentuais (86,0%). Contrapõe-se<br />

a elas a do Tocantins com 28 300 MW, que,<br />

por sua vez, acusa o menor percentual<br />

estimado (8,5%).<br />

A construção desses grandes<br />

reseNatórios de água vem, nos últimos dez<br />

anos, sendo questionada, em face dos<br />

aspectos negativos provocados pelos<br />

impactos ambientais causados pela<br />

inundação de terras e alterações nos<br />

regimes dos rios. Isso afeta as populações<br />

vizinhas, os meios físico e biológico. Por<br />

outro lado, entre os aspectos positivos<br />

destacam-se o fato de a hidreletricidade<br />

ser uma fonte energética renovável e a<br />

existência de uma enorme experiência<br />

acumulada, para a construção de centrais<br />

hidrelétricas, como também de sistemas<br />

de transmissão a elas associados. Estes<br />

reseNatórios. assim como os açudes,<br />

permitem uma multiplicidade de usos, tais<br />

como: controle de cheias, navegação,<br />

abastecimento de água e irrigação. Como<br />

resposta a esses questionamentos a<br />

ELETROBRÁS vem acompanhando a<br />

construção de usinas, cujos projetos<br />

exigem a formação de lagos, que devem<br />

ser utilizados para finalidades múltiplas.<br />

com usos complementares que os<br />

viabilizem social e economicamente.<br />

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1987.<br />

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ambiente. Águas e Energia Elétrica, Rio de<br />

Janeiro, v. 5, n. 14, p. 50-3, 1988.<br />

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Paulo. Águas e Energia Elétrica, Rio de<br />

Janeiro, v. 5, n. 14, p. 11-12, 1988.<br />

CONCRETO massa no Brasil. Memória técnica:<br />

Centrais Elétricas Brasileiras, Comitê Brasileiro<br />

de Grandes Barragens, Instituto Brasileiro do<br />

Concreto. Rio de Janeiro: ELETROBRÁS, 1989.<br />

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1987/2070. Plano 2010, relatório geral. Rio de<br />

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planejamento urbano. Boletim Informativo<br />

ABRH, São Paulo, n. 36, p. 6, jan./fev. 1989.<br />

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5v.<br />

MOTA, S. Preservação de recursos hídricos. Rio<br />

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PESSOA. M. L. de. Água potável, o que estamos<br />

fazendo com ela! Boletim Informativo ABRH,<br />

São Paulo, n. 36, p. 3-4,jan./fev. 1989.<br />

PLANO diretor do meio ambiente do setor<br />

elétrico, 1991J1993. Rio de Janeiro:.<br />

ELETROBRÁS, 1991.2v.<br />

PLANO 2015: estudos de tansmissão, Projeto 5,<br />

Rio de Janeiro: ELETROBRÁS, jul. 1993.

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