09.12.2016 Views

Brazil Yearbook - 1994_ocr

Brazil Yearbook - 1994_ocr

Brazil Yearbook - 1994_ocr

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1994</strong><br />

RELEVO<br />

l - 75<br />

Depressões com Residuais do<br />

São Francisco<br />

Esta unidade encontra-se limitada pelo<br />

Planalto do Divisor São Francisco-Tocantins,<br />

a oeste, e pelo Planalto do Espinhaço, a<br />

leste, sob a forma de um corredor estrutural<br />

orientado no sentido N-S.<br />

O relevo é formado por extensos planos<br />

inclinados elaborados sobre rochas de<br />

embasamento cristalino do Grupo Bambuí,<br />

além de elevações residuais representadas<br />

por cristas e inselbergs que chegam a<br />

alcançar 900 m de altitude.<br />

Em função da presença de rochas<br />

calcárias são encontradas depressões do<br />

tipo dolinas, sumidouros e grutas.<br />

A rede de drenagem apresenta fraca<br />

dissecação, em geral constituída de cursos<br />

intermitentes, subordinados à bacia do São<br />

Francisco.<br />

Ao longo do médio curso do rio São<br />

Francisco, próximo ao Municlpio de<br />

Xique-Xique, ocorre extensa área de<br />

acumulação eólica formando dunas<br />

longitudinais e parabólicas, com alturas<br />

que chegam a 50 m.<br />

Chapadões e Depressões com<br />

Residuais do Meio-Norte<br />

É encontrada na área de transição do<br />

domínio morfoclimático nordestino para o<br />

da Amazônia Oriental. Compreende<br />

paisagens com características<br />

amazônicas, a noroeste do rio Mearim, do<br />

semi-árido, a nordeste do Piauí e a<br />

sudoeste do Brasil Central.<br />

O relevo é constituído por formas<br />

subtabulares localizadas na borda da<br />

Bacia Sedimentar do Parnaíba,<br />

representado por frentes de cuestas<br />

festonadas, que se apresentam dispostas<br />

em semicírculo ao longo da divisa do Piauí<br />

com os Estados do Ceará, de Pernambuco<br />

e da Bahia, denominadas cuestada<br />

lbiapaba ou Serra Grande, com altitudes<br />

em torno de 950 m.<br />

A partir da margem esquerda do rio<br />

Parnaíba, o relevo assume características<br />

tabulares, constituindo um extenso planalto<br />

dissecado em vales encaixados com fundo<br />

plano, com altitudes que variam entre 300<br />

e500m.<br />

Chapadão Ocidental do São<br />

Francisco<br />

Constitui um extenso conjunto de terras<br />

elevadas, com altitudes que variam de 500<br />

a 900 m, que se estendem do sul do<br />

Maranhão-Piauí até o norte de Minas<br />

Gerais, para oeste penetra nos Estados de<br />

Goiás e do Tocantins, onde termina por<br />

escarpamentos abruptos. Distinguem-se<br />

neste conjunto dois níveis: um primeiro,<br />

mais elevado, que corresponde às<br />

camadas do Arenito Urucuia, de idade<br />

cretácea, e o segundo, talhado em rochas<br />

calcárias pré-cambrianas. A rede de<br />

drenagem apresenta um padrão paralelo,<br />

orientada, predominantemente, no sentido<br />

SO-NE, refletindo uma adaptação às redes<br />

de diáclases, que são responsáveis por<br />

uma dissecação profunda, representada<br />

pela presença de conyons.<br />

Planalto Central Goiano<br />

Esta unidade abrange parte dos<br />

planaltos divisores das águas dos rios São<br />

Francisco, Tocantins e Paraná.<br />

Compreende uma superfície aplainada<br />

bastante fragmentada, entremeada por<br />

depressões intermontanas esculpidas pelos<br />

tributários do rio Tocantins. A<br />

heterogeneidade litológica resultou na<br />

esculturação de formas de relevo bem<br />

diversificadas, representadas por<br />

alinhamento de cristas assimétricas,<br />

escarpas de falhas e vales adaptados a<br />

antigas linhas de fraturas, em terrenos<br />

pertencentes ao Complexo Goiano e ao<br />

Grupo Araxá. No Estado do Tocantins o<br />

planalto é individualizado pela presença<br />

de escarpas abruptas, sob a forma de<br />

frentes de cuestas e superfícies tabulares<br />

estruturais, esculpidas em rochas da Bacia<br />

Sedimentar do Parnaíba.<br />

Planalto dos Pareeis<br />

Abrange uma extensa superfície<br />

planáltica elaborada em terrenos<br />

paleozóicos e cenozóicos, constituindo o<br />

divisor de águas das Bacias do Amazonas<br />

e do Paraguai. O relevo se apresenta<br />

dissecado, em formas tabulares amplas,<br />

elevações residuais com topos aplainados,<br />

limitados por escarpas estruturais<br />

escalonadas. Destaca-se nesta unidade a<br />

Chapada dos Pareeis, que corresponde a<br />

uma extensa superfície aplainada com<br />

altitudes em torno de 550 m, capeada por<br />

um depósito de cobertura concrecionária,<br />

de idade terciário-quaternária. Em<br />

decorrência da retomada da erosão, a<br />

chapada está sofrendo um recuo através<br />

da dissecação em anfiteatros erosivos, que<br />

geralmente se unem, formando vales<br />

amplos e profundos, limitados por<br />

escarpamentos.<br />

Planaltos do Centro-Oeste e do<br />

Sudeste<br />

A Bacia Sedimentar do Paraná constitui<br />

o elemento fundamental na esculturação<br />

do relevo nesta unidade, pois, sobre seus<br />

sedimentos, desenvolvem-se os relevos<br />

planálticos que caracterizam a<br />

morfoestrutura da região. Limita-se a<br />

nordeste com os planaltos modelados em<br />

rochas do embasamento do Maciço<br />

Goiano que, no contato com a bacia<br />

sedimentar, formam a depressão periférica<br />

de Goiás, cujos rios são tributários do rio<br />

Paraná. A noroeste, os limites com os<br />

planaltos paleozóicos se estendem em<br />

direção às bacias fluviais do Xingu e do<br />

Araguaia, sendo profundamente<br />

dissecados pela drenagem desses rios. No<br />

oeste, as formações paleozóicas são<br />

esculpidas pela drenagem dos rios São<br />

Lourenço, Taquari e Miranda, afluentes<br />

pela margem esquerda do rio Paraguai, e<br />

no leste-nordeste limita-se com os rios<br />

Paranaíba e Paraná.<br />

No interior da bacia, o planalto é<br />

mantido por derrames basálticos, sendo<br />

recobertos por arenitos cretácicos, que se

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!