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RELEVO ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>1994</strong><br />

cursos do rio Guaporé, que se<br />

caracterizam por apresentar numerosas<br />

lagoas (baías) conectadas entre si por<br />

pequenos rios chamados de corixos.<br />

Depressão do Pantanal<br />

Mato~Grossense<br />

É constituída por uma extensa área de<br />

relevo rebaixado, drenada pelo rio<br />

Paraguai e seus afluentes pela margem<br />

esquerda - Culabá, Taquari, Negro e<br />

Miranda. No território brasileiro, a<br />

depressão encontra-se embutida por<br />

escarpas de erosão e por blocos<br />

soerguidos, denominados localmente<br />

Serras de Maracaju e São Lourenço.<br />

Por ocasião das cheias, os rios que<br />

formam a Bacia do Paraguai extravasam<br />

seus limites, permitindo que extensas áreas<br />

fiquem inundadas, originando pequenas<br />

lagoas denominadas "baías", que podem<br />

se ligar umas às outras através de canais<br />

chamados corixos. Entre uma "baía" e<br />

outra existe um sistema de elevações, as<br />

"cordilheiras", cuja altitude varia de 3 a 6 m<br />

acima do nível da planície, constituídas de<br />

areias finas de origem eólica.<br />

Depressões do Xíngu e do<br />

Araguaia<br />

Depressão do Xingu<br />

Apresenta-se como um amplo<br />

anfiteatro, limitado pelas Serras do<br />

Roncador, a leste, Formoso, a oeste, e ao<br />

sul pelos planaltos e cuestas divisores da<br />

drenagem dos rios Araguaia (rio das<br />

Mortes) e Xingu (rios Culuene-Teles Pires), e<br />

ao norte pelos cachoeiras Von Martius e<br />

das Pedras com altitudes que variam entre<br />

200 e 500 m. Apresenta um relevo<br />

dissecado em interflúvios tabulares,<br />

consewados por um coroamento de<br />

crostas lateríticas, além de amplas<br />

planícies aluviais formadas pelo<br />

sedimentação holocênica dos rios Xingu,<br />

Suiá-Miçu e Parnaíba.<br />

Depressão do Araguaia<br />

Compreende uma vasta superfície<br />

rebaixada, suavemente dissecado, com<br />

alt!metrias que variam de 200 a 300 m,<br />

elaborada sobre uma grande variedade<br />

de rochas pertencentes ao Complexo<br />

Goiano, ao Grupo Araxá, ao Grupo<br />

Tocantins e ao Complexo Xingu, além de<br />

uma grande extensão de cobertura<br />

detrítico-laterítico e depósitos aluvionares e<br />

coluvionares pleistocênicos.<br />

O relevo se apresenta suavemente<br />

dissecado em formas convexas e<br />

tabulares, destacando-se na paisagem<br />

cristas direcionadas no sentido NE e relevos<br />

residuais representados por pontões e<br />

mesas.<br />

A rede de drenagem é constituída,<br />

principalmente, pelas bacias dos rios<br />

Araguaia, das Mortes e Formoso, que se<br />

caracterizam pela presença de extensas e<br />

contínuas áreas de deposição fluvial,<br />

originando planícies e terraços.<br />

Depressões com Residuais da<br />

Amazônia<br />

Esta unidade compreende duas<br />

extensos regiões. A primeiro se desenvolve<br />

ao norte do rio Amazonas, abrangendo os<br />

Estados do Amapá, do Pará, do Amazonas<br />

e de Roraima. Caracteriza-se por<br />

apresentar uma extensa superfície<br />

rebaixada, levemente dissecado sob a<br />

forma de colinas elaboradas em rochas<br />

pré-cambrianos pertencentes,<br />

principalmente, ao Complexo Guianense,<br />

além de maciços residuais fortemente<br />

dissecados, modelados em rochas ígneas<br />

e sedimentos proterozóicos. denominados<br />

localmente Serras do Tumucumaque, do<br />

Cachorro, do AcarL do lratapuru e outras,<br />

com altitudes que variam de 400 a 800 m.<br />

A segunda regiõo llmíta-se a leste pelo<br />

divisor Xíngu-Aroguaia, no Pará. ao sul com<br />

a borda norte do Chapada dos Pareeis,<br />

em Mato Grosso e em Rondônia, o oeste<br />

estende-se até as nascentes dos rios que<br />

vertem no Guaporé, ou até a fronteira<br />

com a República da Bolívia, em Rondônia,<br />

e ao norte à borda sul da Bacia<br />

Sedimentar do Amazonas, O relevo é<br />

formado por uma superfície baixa e<br />

aplainada, modelada sobre rochas<br />

pré-cambríanas, além de planaltos<br />

dissecados representados por maciços<br />

residuais de topo aplainado, e por um<br />

conjunto de cristas e picos interpenetrados<br />

por faixas de terrenos rebaixados. As<br />

altitudes variam entre 500 e 600 m, com<br />

trechos mais elevados localizados na Serra<br />

dos Carajós, onde atingem 700 m em<br />

média.<br />

Depressões com Residuais do<br />

Nordeste<br />

Correspondem a depressões<br />

interplanálticas !imitadas a leste pelo<br />

Planalto da Borborema, a oeste pela Serro<br />

da lbiopaba, ao norte pelos Tabuleiros<br />

Costeiros e ao sul pela Chapado<br />

Diamantina. Caracterizam-se por<br />

superfícies pediplanadas, litologias<br />

diversificadas e processos de intemperismo<br />

físico, remoçõo dos detritos pelo<br />

escoamento difuso e concentrado,<br />

revestimento generalizado de caatinga<br />

com mudanças eventuais de fisionomia,<br />

em conseqüência de mudanças locais de<br />

clima e de solos, pequena espessura do<br />

manto de alteração das rochas, com<br />

escoamentos difusos, pequena<br />

capacidade de incisão linear decorrente<br />

das próprias características do<br />

escoamento fluvial e relevos residuais.<br />

Destacam-se nesta unidade as<br />

Depressões de Patos (Paraíba), Quixadá<br />

(Ceará), Depressão Periférica da lbiapoba<br />

(Ceará) e Souza (Paraíba).<br />

A rede de drenagem é formada por rios<br />

intermitentes, apresentando cursos<br />

retilíneos, refletindo um controle estrutural<br />

de falhas em fraturas, leitos rasos e<br />

rochosos por vezes preenchidos com<br />

material arenoso e estreitas faixas de<br />

acumulação fluvial.

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