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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL- l 994<br />

CLIMA<br />

l - 57<br />

citados e no litoral da região. A média das<br />

máximas mantém-se em torno de 24º a<br />

27ºC nas superfícies mais elevadas do<br />

planalto, e, nas áreas mais baixas, entre<br />

30º e 32ºC.<br />

No inverno, principalmente em julho, a<br />

temperatura média se mantém<br />

relativamente baixa, oscilando entre 10º e<br />

15ºC, com exceção dos vales do<br />

Paranapanema-Paraná, da Ribeira do<br />

Jaguapé e do litoral do Paraná e de Santa<br />

Catarina, onde as médias são de<br />

aproximadamente 15° a 18ºC. A média<br />

das máximas também é baixa, em torno<br />

de 20° a 24ºC, nos grandes vales e no<br />

litoral, e 16º a 20ºC no planalto. A média<br />

das mínimas varia de 6° a l2°C, sendo<br />

comum o termômetro atingir temperaturas<br />

próximas de OºC ou mesmo alcançar<br />

índices negativos, acompanhados de<br />

geada e neve, quando da invasão das<br />

mossas polares.<br />

Distribuição da Pluviosidade<br />

A pluviosidade média anual oscila entre<br />

1 250 e 2 000 mm, com exceção do litoral<br />

do Paraná e oeste de Santa Catarina,<br />

onde os valores são superiores a 2 000 mm,<br />

e do norte do Paraná e pequena área<br />

litorânea de Santa Catarina, com valores<br />

inferiores a l 250 mm. O máximo<br />

pluviométrico acontece no inverno e o<br />

mínimo no verão, em quase toda a região,<br />

excluindo parte do Paraná, onde o<br />

máximo é no verão e o mínimo no outono,<br />

e o litoral do Paraná e de Santa Catarina,<br />

com o máximo no verão e o mínimo no<br />

Inverno. A região não possui uma estação·<br />

seca definida, exceto a noroeste do<br />

Paraná.<br />

Caracterização Climática<br />

da Região Centro-Oeste<br />

A Região Centro-Oeste é bastante<br />

diversificada quanto à temperatura, em<br />

função do relevo, da extensão latitudinal e<br />

do mecanismo atmosférico, o mesmo não<br />

acontecendo com a pluviosidade que é<br />

mais homogênea.<br />

São três os sistemas de circulação que<br />

Interferem na região: Sistema de Correntes<br />

Perturbadas de O, representado por<br />

tempo instável no verão, decrescendo<br />

para E, Se SE; Sistema de Correntes<br />

Perturbadas de N, representado pela CIT,<br />

que provoca chuvas no verão, outono e<br />

inverno no norte da região; e Sistema de<br />

Correntes Perturbadas de S, representado<br />

pelas frentes polares, invadindo a região<br />

no inverno com bastante freqüência,<br />

provocando chuvas de um a três dias.<br />

Domínio da Temperatura<br />

A continentalidade, a extensão<br />

latitudinaL o relevo e a circulação<br />

atmosférica vão influenciar na distribuição<br />

espacial da temperatura. No extremo<br />

norte a temperatura média anual é de<br />

22º, no extremo sul é de 22º e nas<br />

chapadas varia de 20º a 22ºC. Na<br />

primavera-verão, são comuns<br />

temperaturas elevadas, quando a média<br />

do mês mais quente varia de 24º a 26ºC. A<br />

média das máximas de setembro (mês<br />

mais quente) oscila entre 30° e 36ºC,<br />

embora nas regiões mais elevadas já se<br />

registrassem máximas superiores a 40ºC, e<br />

a nordeste de Mato Grosso, norte de Goiás<br />

e na Planície do Pantanal Mato-Grossense<br />

já ocorressem máximas superiores a 42ºC.<br />

O inverno é uma estação amena, embora<br />

ocorram com freqüência temperaturas<br />

baixas, em razão da invasão do ar polar -<br />

"friagem"-, muito comum nesta época do<br />

ano. A temperatura média do mês mais frio<br />

oscila entre 15º e 24°C, e a média das<br />

mínimas, de 8° a l8°C, não sendo rara a<br />

ocorrência de mínimas absolutas negativas.<br />

Distribuição da Pluviosidade<br />

A caracterização da pluviosidade da<br />

região se deve quase que exclusivamente<br />

ao sistema de circulação atmosférica. A<br />

pluviosidade média anual varia de 2 000 a<br />

3 000 mm ao norte de Mato Grosso,<br />

decrescendo para E e S, onde essa média<br />

atinge níveis em torno de 1 500 mm a E de<br />

Goiás e l 250 mm no Pantanal<br />

Mato-Grossense. Apesar dessa<br />

desigualdade, a região é bem provida de<br />

chuvas. Sua sazonalidade é tipicamente<br />

tropical, com máxima no verão e mínima<br />

no inverno. Mais de 70% do total de chuvas<br />

acumuladas durante o ano se precipitam<br />

de novembro a março. O inverno é<br />

excessivamente seco, as chuvas são muito<br />

raras, tendo pelo menos um mês seco. Ao<br />

sul e a nordeste de Mato Grosso, julho é o<br />

mês mais seco. À medida que se caminha<br />

para o interior a estação seca aumenta,<br />

chegando até quatro meses. A noroeste e<br />

ao sul de Goiás a seca é de quatro meses,<br />

enquanto que a nordeste aumenta para<br />

cinco meses.<br />

Bibliografia<br />

GUSMÃO, R. P. de et ai. Diagnóstico do Brasil: a<br />

ocupação do território e o meio ambiente.<br />

Rio de Janeiro: IBGE, 1990. 170 p.<br />

_. Um modelo metodológico da<br />

classificação de climas. Revista Brasileira de<br />

Geografia, Rio de Janeiro, v. 41, n. 4, p. 59-89,<br />

out./dez. 1983.<br />

NIMER, E. Climatologia do Brasil. 2. ed. Rio de<br />

Janeiro: IBGE, 1989. 421 p.<br />

_. Clíma. ln: GEOGRAFIA do Brasil: Região<br />

Norte. Rio de Janeiro: JBGE, 1977. 5 v. v. l,<br />

p. 39-58.<br />

_. _ . ln: GEOGRAFIA do Brasil: Região<br />

Nordeste. Rio de Janeiro: IBGE, 1977. 5 v. v. 2,<br />

p. 47-84.<br />

_ . _ . ln: GEOGRAFIA do Brasil: Região<br />

Sudeste. Rio de Janeiro: IBGE, 1977. 5 v. v. 3,<br />

p. 51-89.<br />

_. _. ln: GEOGRAFIA do Brasil: Região<br />

Centro-Oeste. Rio de Janeiro: IBGE, 1989, 5 v.<br />

V. l, p. 23-35.<br />

_. _. ln: GEOGRAFIA do Brasil: Região Sul.<br />

Rio de Janeiro: IBGE, 1990, 5 v. v. 2, p. 151-187.<br />

Glossário<br />

anticiclone - centro de alta pressão<br />

dispersar de ventos, com ar calmo e seco<br />

movido por corrente turbilhonar<br />

descendente; massa de ar descendente.

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